Já
se foi o tempo das grandes indústrias que monopolizam o
mercado e das pessoas que buscam uma carreira dentro de uma grande
companhia, que mesmo sabendo do risco que correm de serem
substituídas ou demitidas antes dos 50 anos, acreditam que
esta é a melhor saída.
Foi-se o tempo em que, nesta relação, a empresa
era o ator principal.
Uma nova era foi desencadeada, gerando mudanças radicais,
criando, reinventando e destruindo indústrias.
Uma nova era onde o grande valor está na
colaboração e na generosidade! Onde seus
pensamentos e ideias valem mais do que seu diploma.
O que estamos experimentando hoje é radical. A era da
indústria com seus gritos mortais abre espaço
para a era das pessoas conectadas e que compartilham.
Vamos ter que entender que as escolas como estão
estruturadas hoje não servem mais para atender os desejos,
os anseios e os sonhos de nossos jovens atuais.
Ainda vivenciamos escolas hierárquicas do século
XIX e alunos do século XXI. Até quando vamos
insistir com aulas cronometradas e espaços concretos?
Colocamos nossos jovens em uma mesma latinha achando que todos
são iguais e que todos têm os mesmos pensamentos,
desejos e sonhos.
Errado! Devemos explorar o potencial de cada um.
Por que pensar que o aluno que não tira boas notas
é “burrinho”? Por que achar que os
“bagunceiros” não vão dar
certo na vida? Que só os bons alunos, os comportados
é que vão dar certo?
Velhos pensamentos e paradigmas que a sociedade nos colocou e que
precisamos mudar urgentemente.
Acredito que o papel do professor de hoje é inspirar,
explorar e desvendar cada aluno.
Mais do que despejar toneladas de conteúdos e, ao final do
trimestre, ver o quanto ele está “apto”
a prosseguir, precisamos de professores que despertem o
espírito empreendedor de cada aluno.
Precisamos ensiná-los a encarar desafios, a
testá-los a assumirem riscos, a enxergarem oportunidades.
Engaje-os em suas aulas, não faça com que sejam
meros coadjuvantes no processo de sua própria aprendizagem.
Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor,
não jogue fora, se acomodando à
extraordinária oportunidade de ter ensinado seus alunos a
serem pessoas melhores no futuro.
Precisamos de pessoas que mudam, que tenham impacto positivo nesta
sociedade caótica em que vivemos.
Sim, é possível fazer uma
educação mais empreendedora! Todo homem
é um milagre e traz em si uma
revolução. É mais do que sexo ou
dinheiro.
Fomos criados para construir pirâmides e versos, descobrir
continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de
interrogações numa mão e uma caixa de
possibilidades na outra.
Tão importante quanto inventar-se é
reinventar-se.
Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era
gaúcho, virei também carioca, paulista, global.
Mas o mundo só vai querer ouvir você se
você falar alguma coisa para ele.
O que você tem a dizer para o mundo? Ou, melhor, o que
você tem a dizer para seus alunos?
Fernando
Dulinski é
Graduado em Administração de empresas pela
Universidade Anhembi Morumbi. Formado em Design Thinking pela
Perestroika, com especialização em Fluxo de
Conversação, Game Thinking e
Hiperdialética.