Planeta Educação

Educação Profissional

 

A Hora da Geração Empreendedora
Fernando Dulinski

Foto de Fernando Dulinski, autor do artigo Já se foi o tempo das grandes indústrias que monopolizam o mercado e das pessoas que buscam uma carreira dentro de uma grande companhia, que mesmo sabendo do risco que correm de serem substituídas ou demitidas antes dos 50 anos, acreditam que esta é a melhor saída.

Foi-se o tempo em que, nesta relação, a empresa era o ator principal.

Uma nova era foi desencadeada, gerando mudanças radicais, criando, reinventando e destruindo indústrias.

Uma nova era onde o grande valor está na colaboração e na generosidade! Onde seus pensamentos e ideias valem mais do que seu diploma.

O que estamos experimentando hoje é radical. A era da indústria com seus gritos mortais abre espaço para a era das pessoas conectadas e que compartilham.

Vamos ter que entender que as escolas como estão estruturadas hoje não servem mais para atender os desejos, os anseios e os sonhos de nossos jovens atuais.

Ainda vivenciamos escolas hierárquicas do século XIX e alunos do século XXI. Até quando vamos insistir com aulas cronometradas e espaços concretos?

Colocamos nossos jovens em uma mesma latinha achando que todos são iguais e que todos têm os mesmos pensamentos, desejos e sonhos.

Errado! Devemos explorar o potencial de cada um.

Por que pensar que o aluno que não tira boas notas é “burrinho”? Por que achar que os “bagunceiros” não vão dar certo na vida? Que só os bons alunos, os comportados é que vão dar certo?

Velhos pensamentos e paradigmas que a sociedade nos colocou e que precisamos mudar urgentemente.

Acredito que o papel do professor de hoje é inspirar, explorar e desvendar cada aluno.

Mais do que despejar toneladas de conteúdos e, ao final do trimestre, ver o quanto ele está “apto” a prosseguir, precisamos de professores que despertem o espírito empreendedor de cada aluno.

Precisamos ensiná-los a encarar desafios, a testá-los a assumirem riscos, a enxergarem oportunidades.

Engaje-os em suas aulas, não faça com que sejam meros coadjuvantes no processo de sua própria aprendizagem.

Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando à extraordinária oportunidade de ter ensinado seus alunos a serem pessoas melhores no futuro.

Precisamos de pessoas que mudam, que tenham impacto positivo nesta sociedade caótica em que vivemos.

Sim, é possível fazer uma educação mais empreendedora! Todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. É mais do que sexo ou dinheiro.

Fomos criados para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, caminhando sempre com um saco de interrogações numa mão e uma caixa de possibilidades na outra.

Tão importante quanto inventar-se é reinventar-se.

Eu era gordo, fiquei magro. Era criativo, virei empreendedor. Era gaúcho, virei também carioca, paulista, global.

Mas o mundo só vai querer ouvir você se você falar alguma coisa para ele.

O que você tem a dizer para o mundo? Ou, melhor, o que você tem a dizer para seus alunos?

Fernando Dulinski é Graduado em Administração de empresas pela Universidade Anhembi Morumbi. Formado em Design Thinking pela Perestroika, com especialização em Fluxo de Conversação, Game Thinking e Hiperdialética.

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas