Filosofando
 

Educar para a complexidade - 31/07/2007
Antoni Zabala

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É impossível participar ativamente desta sociedade se não se dominam estratégias de análise e de ação na e para a complexidade.

O ensino que herdamos compartimentou o conhecimento em áreas cada vez mais alijadas da finalidade para as quais foram criadas: de serem meios para a compreensão de algum aspecto da realidade. Essa separação em saberes estanques teve uma resposta perversa na escola ao criar um ensino baseado na aprendizagem das disciplinas como um fim em si mesmo.

Quer dizer, a matemática pela matemática, a língua pela língua, a física pela física, etc. A partir dessa ótica, o importante não é ser competente, e sim dispor de um "conhecimento disciplinar". Para se opor a isso é imprescindível não uma nova disciplina, mas algo capaz de integrar os princípios e métodos filosóficos em qualquer conteúdo de aprendizagem.

Não tem sentido aprender nada que o aprendiz não saiba situar como meio para a compreensão de um mundo que é sempre complexo. Não serve para nada um conhecimento para aquele que é incapaz de fazer perguntas relevantes.

Antoni Zabala
Educador Espanhol

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