Ensino de Línguas
Flávia Quirino Nogueira  Pós-Graduanda em Administração de Empresas pela FGV e Graduada em Letras pela Universidade do Vale do Paraíba

Promovendo a Inclusão nas Aulas de Inglês - 17/11/2006
Recursos e práticas que auxiliam os deficientes visuais

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A inclusão escolar de alunos portadores de necessidades especiais, tais como os deficientes visuais, em classes comuns, é um processo amparado por documentos legais como as Diretrizes Nacionais para a Educação Básica. Porém, a inclusão ainda é vista e tratada de forma excludente e preconceituosa, impedindo o educando da maior riqueza que possuímos – a educação.

Comprovado por estudos e pesquisas, é possível afirmar que crianças portadoras de necessidades especiais inseridas em classes regulares apresentam um desempenho superior às que só tem acesso à educação para suas necessidades especificas. Sendo assim, se faz necessário promover uma educação igualitária , onde todos possam exercer sua cidadania independente de seus atributos individuais.

A proposta de ensino de uma língua estrangeira, especificamente o inglês, para os deficientes visuais promove tanto a inclusão social como a lingüística, visto que estamos inseridos em um mundo globalizado, em que é necessário o domínio desta língua para lidarmos com situações cotidianas.

Desta forma, os alunos cegos e com baixa visão não devem ser privados do aprendizado de um novo idioma, dado que a sua deficiência não afeta de maneira alguma o proceder do aprendizado. Sendo a língua um fenômeno oral e a escrita decorrência da fala, um deficiente visual não apresenta limitações num curso que enfatize a “Comunicação Oral”.

Cabe ao educador utilizar a metodologia adequada em seu curso, enfatizando sempre as atividades comunicativas e de compreensão oral, considerando-as habilidades essenciais para um aprendizado efetivo de uma língua estrangeira.

As habilidades secundárias como a leitura e escrita, independente da presença de alunos com necessidades especiais em sala de aula, devem ser trabalhadas posteriormente, quando o idioma já tiver sido assimilado pelos alunos.

Os recursos utilizados nas aulas de língua inglesa para os deficientes visuais devem envolver materiais táteis, para que o aprendizado de novos vocabulários se dê pelo toque ao invés de se recorrer ao recurso da tradução literal das palavras. Os materiais de áudio também são muito bem aceitos, por desenvolverem a habilidade de compreensão oral.

A principal limitação, infelizmente, encontra-se na escassez/ausência de materiais didáticos e pedagógicos. A falta de interesse por parte de órgãos governamentais em investir no desenvolvimento destes materiais específicos, leva professores e alunos a buscarem parcerias com institutos de amparo aos deficientes visuais, os quais auxiliam na adequação dos materiais já existentes para o “Braille”.

Caso não haja um material específico para os alunos deficientes visuais, é necessário que o professor organize com antecedência o que será trabalhado nas aulas, para que os alunos tenham tempo suficiente para transcrever os exercícios em “Braille”.

Vale lembrar que, em alguns casos, a parceria com professores especialistas e que também apresentem algum tipo de deficiência visual, pode ser de grande auxilio para o enriquecimento das aulas de inglês e de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

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27 COMENTÁRIOS

1 Gessilene Suzana - João Pessoa, Pb
Obrigada por nos presentear com seu material.Ha muito que procuro algo do gênero para subcidiar minha monografia de pós graduação.É muito importante que investiguemos exaustivamente o assunto, até que o mesmo encontre soluções reais.Sou professora de inglês e já tive aluno portador de deficiência visual.Não apenas por isso,mas também por ter sido colega de um cego.Hoje procuro investigar os meios palpáveis para tornar a vida do portador de deficiência visual, o mais natural possível num ambiente escolar.Se possível gostaria que me enviasse o que você tem sobre o assunto, para análises de estudos acadêmicos.Muito obrigada, que Deus te ilumine!
29/09/2011 17:06:36


2 Fernanda Lopes - Santo André
Boa noite...gostei muito do seu artigo!! Sou professora de Inglês e pós graduanda em Educação Inclusiva na USP! Minha monografia será justamente sobre esse tema! Se vc puder me enviar alguma bibliografia sobre isso, ficaria muito grata!!! OBRIGADA DESDE JÁ E PARABÉNS PELO TRABALHO!!!
25/07/2011 20:55:23


3 rebeca lima - Fortaleza
Boa tarde gostaria de mais informação: de materias relacionada sobre deficiencia Visual.. e sobre a Faculdade de Cegos na Inglaterra...
11/07/2011 15:48:23


4 Cursos para professores de inglês - São Paulo
Cursos para professores de inglês com reconhecido Teacher Trainer britânico John Kay em São Paulo. Aproveite os valores promocionais para matrículas antecipadas. http://www.angusti.com.br/professor
30/06/2011 15:51:47


5 marilene conceição dos santos - curitiba
tenho um filho deficiente visual, no principio não concordei muito com a idéia dele estudar em escola municipal, mas agora meu filho já está na quinta série, e até agora não tive problemas, meu medo era de iguinorarem meu filho, mas ao contrário todos o respeitam muito e o amam.
11/05/2011 17:26:49


6 Patrícia Rezende de Abreu - Pontalina
Sou professora de Língua Estrangeira Moderna de Inglês e Espanhol. Em 2009 fiquei sabendo que irámos receber uma aluna cega e procurei estudar braille através de um curso on line. Como a turma era pequena, eu conseguia ditar os textos para a aluna copiar, consegui avaliála através da escrita de ideias centrais dos textos, confecção de mini cartazes e conversação. Este ano, a turma onde ela estuda possui 49 alunos. É uma sala superlotada, porém os alunos são muito interessados,indagadores, rápidos para fazer as atividades, o que está limitando meu tempo para a aluna cega. ultimamente, pedi à coordenação ao grupo gestor que comprasse uma reglete para eu poder escrever os textos para ela. Tive outra surpresa. Descobri que há diferenças entre o braille de língua Portuguesa, inglesa e espanhola. Eu aprendi, pois ainda tenho muitas dificuldades em Português. Muitas vezes é a aluna que me ensina. Devido ao fato de não conseguir incluila em todas as atividades em sala de aula, estou oferecendo aulas de conversação em outro período. Eu queria saber se o que estou fazendo está correto, o que posso fazer mais por esta aluna. Preciso de ajuda. Este site já aliviou um pouco minha tensão, dizendo que eu não preciso me preocupar muito com a escrita, mas sim com a comunicação, porque é onde estou conseguindo ensinála. O site é ótimo.
03/03/2011 14:13:19


7 iara - itu
tenho uma aluna que apresenta paralisia parcial do corpo lado esquerdo e que afeta o aprendizado, pois tem grande dificuldade de memorização e compreensão escrita. Que tipo de atividades, ou material pedagógico poderia utilizar com ela. obrigada. Iara
02/03/2011 11:23:36


8 Joel Gomes - MaritubaPa
Sou professor de inglês há 12 doze anos. E até então nunca tinha enfrentado uma situação que este ano me apresenta. Terei 2 alunos deficientes visuais e, mesmo estando ansioso por mais este desafio, não sei como começar e por onde pesquisar alternativas para uma didática e metodologia para eles, sem excluílos e, sim, fazêlos sentirse utéis para a sociedade, fazendo de suas limitações, os seus diferenciais. Sou pai, assim como quero o bem para o meu filho, quero o bem para eles. Aceito sugestões. Parabéns pelo belíssimo artigo. Joel Gomes, professor de língua inglesa do ensino fundamental e médio, email: crashoverred@hotmail.com
01/03/2011 10:10:21


9 Renata Tami Oshiro - SP
Bem, Flávia! Assim como os colegas aí em cima, também te parabenizo pelo artigo e peço bibliografia referente ao Ensino de Línguas estrangeiras ao deficiente visual. Sou professora de inglês da Rede Estadual de Ensino e gostaria de estudar mais sobre esse assunto. Grata! Renata Tami
12/02/2011 02:33:59


10 Lauricio menezes chaves - Santa maria
Gostei do seu artigo Flavia estou fazendo meu tfg baseado nas dificuldades dos professores de linguas estrangeiras em sala de aula. Estou de acordo com o seu artigo referente à inclusão do deficiente visual em sala de aula de idiomas estrangeiros e não só do inglês. Certamente a ênfase do meu TFG e nas dificuldades professor a deverá identificar e superar ao promover um trabalho todo especial voltado para o aluno ou alunos deficientes visuais. Será que você Flávia poderia darme alguns subsídios para que eu possa conversar à respeito se possível ou você tiver materiais ou bibliografias pode ser sobre os alunos com defiencia visual ou outras deficiências conseqüentemente. Agradeço antecipadamente qualquer ajuda que possam darme sobre o assunto. Lauricio
06/02/2011 14:11:17


11 tatiane souza - rondonopolis
Nossa, gostei muito da iniciativa de vocês,tenho muito interesse em desenvolver projetos voltados à alunos com deficiência visual. Se possível, gostaria muito que me mandassem algum tipo de material, pois tenho pesquisado sobre o assunto e não encontro muito. Quero muito apoiar essa inclusão que só está na teoria. e saber como o deficientes podem aprender outro idioma, ja que são totalmente capazes de aprender qualquer língua. Espero algum retorno.
28/01/2011 21:34:58


12 saionara - Petrolina Pernambuco
Boa noite, parabéns pelo artigo. Também concordo com a inclusão do aprendizado da lingua inglesa para os alunos portadores de deficiencia, tanto visual quanto auditiva. Gostarias muito, se possível,que você me enviasse algum material sobre esse assunto, pois estou desenvolvendo meu projeto de pesquisa referente a esse assunto, e não estou encontrando muita coisa. Obrigada.
01/04/2010 21:37:08


13 Marizete A.A.Canto - Nova Friburgo RJ
Excelente artigo! Sou educadora há 36 anos Português e Inglês e ganhei de Deus 2 alunos com deficiência visual. Trabalho na rede pública, precisa falar mais? Não tenho NENHUM recurso, quando está aí a lei de inclusão. Não basta criar as leis, precisa de envolvimento de todos que têm o poder nas mãos. Realmente, preciso de ajuda!!Conto com a boa vontade de quem pode ajudar...
15/02/2010 13:01:02


14 anaildes macedo santana mota - salvador
É bom saber que existe pessoa que faz a diferença na vida de outros. Continue assim
22/10/2009 16:50:31


15 debora - porto alegre
muito legal esse projeto para as pessoas deficietes
27/08/2009 18:25:04


16 Rosa Maria da Silva Marques - Poços de Caldas
Parabens pelo seu trabalho,gostei muito ,estou procurando informaçoes sobre a inclusao para construçao de pastas de atividades e materiais pedagogicos para crianças especiais.
26/06/2009 18:49:09


17 Maria de Jesus - Uberlândia
Este artigo foi de grande importância, pois estou fazendo um trabalho para de língua inglesa sobre deficiência visual, no meu curso de Letras, e precisava ler algo para poder fazer um relatório, e este artigo veio no momento certo.
13/06/2009 21:51:30


18 Telma Damasceno - Feira de Santana
Estou desenvolvendo um projeto de pesquisa cujo tema e a Inserção do Deficiente Visual nas Escolas.Gostaria se alguem tivesse algum material,se possível me enviar.Agradeço
12/05/2009 16:48:12


19 Eliete Miranda - Macapá AP
Excelente texto, porque chama a atenção para a falta de investimento em acessibilidade por parte dos órgãos públicos em especial as áreas de educação. Sou assistente Social e em busca de imagens para ilustrar material para minhas palestras e cursos descobri o planeta educação. Não me perco mais, parabéns pela matéria.
22/04/2009 18:29:48


20 Albeniza - PetrolinaPE
Muito bom este artigo, procuro algo à respeito a muitos dias,estou fazendo um projeto e futuramente a monografia, pela demora de não encontrar algo mudeu o tema O deficiente e o Mercado de Trabalho:necessidade de adquir abilidade e conhecimento. pode me ajudar com ele?
14/11/2008 21:40:51


21 Janice Cristina da Silva - Ituiutaba MG
Ao ler o artigo escrito por Flávia Quirino Nogueira pude esclarecer algumas dúvidas e saber onde encontrar auxílio para ajudar meus alunos especiais inclusos cada um em salas numerosas. Até então estava sem saber como atendêlos da melhor forma para que pudessem usufruir melhor de nossas aulas de inglês. Agradecimentos, professora Janice Escola Municipal Machado de Assis
14/09/2008 18:25:48


22 marcos menezes - feira de santana bahia
bom dia, estou desenvolvendo um projeto de pesquisa cujo tema é: o ensino de língua estrangeira para defecientes visuais, algum dica sobre quem desenvolve esse tipo de trabalho no Brasil e quem já realizou pesquisas com esse tema? muito obrigado, Marcos menezes
02/08/2008 11:19:32


23 silvana de oliveira - Caçapava SP
Bom dia, Estou interessada em realizar um curso braille,para auxiliar a entidade em q trabalho, mas tem sido difícil encontrar um mais próximo da cidade em q moro e trabalho.Se puder me ajudar agradeço. Obrigada pela atenção silvana
17/07/2008 10:15:20


24 SILVIA LETÍCIA CARVALHO - uberlândia
É de suma importância que haja inclusão social na prática, não só na lei, no papel. O começo do aprendizado da língua estrangeira deveria acontecer logo que o aluno deficiente iniciasse sua alfabetização na língua materna, para que não houvessem déficits de aprendizado . infelizmente em nosso país, fala-se muito em melhoria da educação, mas investe-se pouco no ramo, onde estaria a solução para grande parte dos problemas sociais no Brasil, pricipalmente: a violência. É de suma importância que os educadores se mobilizem , para que desta forma haja um comprometimento maior com a aprendizagem não só do aluno normal, como também do deficiente, haja uma interação entre educando e educador, onde todos ganham, principalmente o deficiente, o qual se incluirá devidamente `a sociedade. Preconceito é coisa ultrapassada o que vale na verdade é a inclusão, somos diferentes, no entanto cada um tem seus talentos, basta moldá-los. Silvia Letícia, estudante de Letras Universidade Federal de Uberlândia
24/06/2008 12:20:38


25 Gilson Felix da Silva Freitas - PAUDALHO
Estou de acordo com o artigo e quero parabenizar a autora Flavia. Realmente faz-se necessário a inserção de pessoas portadoras de necessidades especiais e quanto a inserção de outra língua estrangeira na grade Curricular também é de extrema necessidade. Hoje dizem que vivemos uma democracia porém, o fato do idioma inglês ser tão forçadamente imposto, não me faz ter certeza disto. Espero que o acesso a aprender língua estrangeira seja posto de forma mais democrática.
11/04/2008 18:06:52


26 Marli - Recife
Estou de acordo com o artigo escrito por Flavia referente à inclusão do deficiente visual em sala de aula de idiomas estrangeiros e não só do inglês. Certamente o professor(a) deverá promover um trabalho todo especial voltado para o aluno ou alunos deficientes visuais. Será que Flávia podería dar-me alguns subsídios para que eu possa conversar à respeito com a Diretoria e consequentemente ver se aceitam os alunos tema do artigo. Agradeço antecipadamente qualquer ajuda que possam dar-me sobre o assunto. Marli Silva
27/02/2008 08:23:23


27 Claudia Falabella - Vitoria, ES
Concordo plenamente com a Flavia no que diz respeito a inclusão de alunos com baixa visão/audição. Havendo boa vontade da escola/professor, podem perfeitamente ter ótima participação em sala de aula. Minha questão está em como proceder com alunos do ensino fundamental 2 (5a a 8a) com déficit cognitivo e não alfabetizados. Não seria melhor que usassem esse tempo das aulas de linguas para alfabetização ? Como trabalhar leitura se não tem essa habilidade nem a compreenção oral ? Agradeço se puderem me enviar bilbiografia de apoio para solução de tais questões. Obrigada, Claudia Falabella Coordenadora de LE Escola da Ilha-Florescer Vitoria, ES
17/04/2007 12:42:23


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