Aprender com as Diferenças
 

Super-Blind em... - 02/10/2006
Eta, vidinha difícil!

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"Brincar, sorrir e sonhar, são coisas sérias!"
Editor: Luís Campos - Blind Joker
Salvador - Bahia - Brasil
 
Super-Blind, o Herói de Bengala.

Mais inteligente que uma loura, mais ranzinza que uma sogra, mais  veloz que o Rubinho, mais forte que o Maguila e mais cego que o  Mister Magoo!
 
Narrador: Lui Macpos, após seu desjejum, como habitual, fazia seu "pumpuzinho" lendo uma revistinha do "Blind Kid, o herói do Agreste", seu cowboy predileto, com o short arriado até o pé.

Assim que o "barro" caiu, o fedor impregnou o ar, causando prejuízo à camada de ozônio. Nem o Lui agüentou:
 
Lui: Zorra! Tô podre!
 
Narrador: De repente, seu ouvido ultrassônico captou uma voz feminina pedindo socorro. Como todo super-herói que se preza, disse a palavra mágica:
 
Lui: Oeoxi!
 
Narrador: Imediatamente transformou-se no audaz Super-Blind e, saindo ao quintal de casa, montou em Akilah que já o esperava, também transformada numa imensa galinha voadora. Morcego, o cachorro de Lui, nestas horas, esconde-se sob a cama e fica uivando!
 
Super-Blind: Aiôôôô, Akilah... Para cima!
 
Narrador: Akilah, com nosso super-herói sobre seu dorso, alçou vôo e ganhou as alturas. Voaram com a velocidade do Schumaker, pois se voassem com a do Rubinho, quando chegassem ao seu destino, certamente não salvariam ninguém...

Como nas histórias em quadrinhos, no quadro seguinte, digo, no segundo seguinte, estavam no local de onde vira o chamado. Akilah pousou num grande pomar e o Super-Blind desceu das suas costas perguntando:
 
Super-Blind: Quem precisa dos meus préstimos?
 
Narrador: Uma voz meiga e dengosa respondeu-lhe:
 
Voz Meiga e Dengosa: Fui eu quem o chamou, Super-Blind!
 
Super-Blind:  Em que posso ajudá-la, doce pequena?
 
Doce Pequena:  M-meu gatinho, Super-Blind!
 
Super-Blind: Seu gatinho? O que houve com seu gatinho, donzela?
 
Donzela: Ele subiu naquela árvore e não sabe como descer!
 
Super-Blind: E por que você não subiu na árvore para tirá-lo de lá, belezura?
 
Belezura: É que papai diz que pode ser perigoso!
 
Super-Blind: Hum! Tudo bem! Deixe comigo, boneca!
 
Boneca: Você vai salvá-lo, não vai, Super-Blind?
 
Super-Blind: Claro! Mas preciso de sua ajuda, minha linda!
 
Linda do Super-Blind: É só dizer o que tenho que fazer, Super-Blind!
 
Super-Blind: Leve-me até a árvore onde está o gatinho, fofa!
 
Narrador: Fofa, segurando o Super-Blind pelo braço, venha!
 
Super-Blind: Por favor, deixe que eu seguro em seu ombro, garota!
 
Garota: Está bem, Super-Blind!
 
Narrador: O Super-Blind foi conduzido até o tronco da árvore que o gatinho havia subido. Durante o trajeto percebeu que a moça tinha o ombro "forrado", isto é, não era daqueles que são "osso-puro", o que lhe dava a certeza que a menina era gordinha. Assim que chegou, subiu pelo tronco e, guiando-se pelos miados do bichano, alcançou o galho no qual estava o animalzinho. Segurou-o delicadamente, mas não tanto, pois super-herói não pode se dar a esses luxos, o enrolou em sua capa e desceu da árvore. Ao chegar embaixo, a moça o abraçou, deu-lhe um beijinho no rosto e suspirou:
 
Moça: Obrigado, meu herói!
 
Super-Blind: De nada, mocinha... Super-herói é pra essas coisas mesmo!
 
Narrador: Nosso herói desembrulhou o gato da sua capa vermelha e o entregou à mocinha.
 
Mocinha: Oh, meu gatinho! Como posso retribuir-lhe o favorzinho, Super-Blind?
 
Super-Blind: Deixando-me usar o sanitário, dona!
 
Dona: Tá assim precisado?
 
Super-Blind: É que ontem comi um caruru na barraca da Filó e ela abusou da castanha, querida!
 
Querida: Eu entendo! Venha, pegue em meu ombro que vou guiá-lo até o banheiro!
 
Narrador: Super-Blind novamente segurou naquele ombro de seda. Ao chegarem ao WC, a moça abriu a porta, acendeu a luz e disse ao nosso herói:
 
Moça: À esquerda, está a pia e após esta o vaso! Fique à vontade! Vou fazer um chá de banana verde pra você!
 
Narrador: Super-Blind trancou a porta e disse a palavra mágica, voltando a ser o Lui Macpos e encontrar-se na mesma situação em que estava antes de atender ao pedido de socorro da garota... Até a revistinha do Blind Kid reapareceu em sua mão. Procurou onde ficava o papel higiênico e descobriu que este estava à direita do vaso... de quem senta!

Meia hora depois, aliviado, Lui pronunciou a palavra mágica e voltou a ser o Super-Blind e foi cuidar da higiene pós-pumpum! Achou a torneira, lavou as mãos, procurou a toalha, enxugou as mãos no traje, ajeitou os óculos escuros, abriu a porta e... o fedor tomou conta da casa! Seu superolfato não o enganara... Estava podre mesmo!

Deu um tempo e chamou a menina:
 
Super-Blind:  Menina! Menina!
 
Narrador: A moça chegou ao seu lado, prendeu a respiração, apagou a luz do banheiro e disse-lhe:
 
Menina: Venha, Super-Blind! O chá já está pronto e vai segurar seu intestino!
 
Super-Blind: Que bom! Dor de barriga em super-herói não está em nenhum gibi! Ahahahahahahahahah!
 
Menina: É verdade!... Nem nos desenhos animados! Hahahahhahahah!
 
Narrador: E assim, sorrindo, a mocinha o conduziu até uma mesa e colocou a mão do Super-Blind no espaldar de uma cadeira. Ele sentou, puxando a cadeira mais para frente e tateou com cuidado a mesa até encontrar a xícara. O chá cheirava a cravo e banana e tinha um sabor agradável!

Super-Blind, espertamente curioso, disse:
 
Super-Blind: Muito obrigado, Senhorita...
 
Senhorita: Lara Mara!
 
Super-Blind: Que interessante!
 
Lara Mara: O que achou interessante em meu nome?
 
Super-Blind: A coincidência!
 
Lara: Que coincidência?  Não entendi!
 
Super-Blind: É que tenho um amigo chamado Lui Macpos, entendeu agora?
 
Lara: Claro! A coincidência das iniciais do meu nome e do dele, né?
 
Super-Blind: Já vi que você não é loura! Ahahahahah!
 
Lara: Pior é que sou... E legítima! Hahahhahahhaha!
 
Super-Blind: Eu estou só brincando... nada contra as louras... nem morenas... nem negras!
 
Lara: Eu sei! Eu também, só de sacanagem, brinco com as louras! Hahhahahhahahha!
 
Super-Blind: Ahahahahhahahhahah! Lara, o papo está ótimo, mas tenho que ir... O dever me chama!
 
Lara: É cedo! Tome mais uma xícara de chá! Vai lhe fazer bem!
 
Super-Blind: Já que você insiste e a companhia é agradável, tomarei mais uma xícara!
 
Lara: Que bom, quero dizer, obrigada!
 
Super-Blind:  Assim que acabar irei embora!
 
Lara: E quando o verei de novo?
 
Super-Blind: Quando precisar de mim é só chamar!
 
Lara: Farei isto! Tomara que o Pipo suba novamente numa árvore! Hahahhahahhahah!
 
Super-Blind: Ahahahahahah! Você esqueceu uma coisinha!
 
Lara: Que coisinha?
 
Super-Blind: "Gato escaldado tem medo de água fria!" Ahahahahaha!
 
Lara: É mesmo! Hahhahahhahhaha!
 
Super-Blind: Bem, vamos lá!
 
Narrador: Lara Mara colocou-se diante do Super-Blind que segurou em seu ombro e foi levado ao quintal aonde AKilah o esperava. Akilah abaixou-se e nosso herói subiu em suas costas.
 
Super-Blind: Que bairro é este, Lara Mara?
 
Lara: Nós estamos em Itapuan... Perto da Lagoa do Abaeté!
 
Super-Blind: Certo! Até mais ver, Lara... Foi um prazer conhecê-la!
 
Lara: O prazer foi meu, Super-Blind... Espero revê-lo breve! Até outro dia e grata pela força!
 
Super-Blind: Aiôôôô, Akilah... Para cima!
 
Narrador: Lara Mara ficou olhando o Super-Blind e sua galinha gigante voadora sobrevoar os coqueiros de Itapuan, até que desaparecessem na linha do horizonte!

Fim.

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1 COMENTÁRIOS

1 lara paes - salvador.
cara essa é de matar de rir. super hiper megar legal.
16/09/2008 13:17:29


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