Carpe Diem
João Luís de Almeida Machado é consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

A inevitabilidade da dor e a opcionalidade do sofrimento - 22/08/2006
Autoria Desconhecida

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A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

(Autor Desconhecido)

Nosso egoísmo constantemente nos compele a reclamar da vida. Achamos ruim porque o trânsito está congestionado. Resmungamos em virtude da fila do banco. Nos sentimos infelizes por nossos saldos bancários. Invejamos aqueles que têm mais do temos. Queremos a onipotência e a onipresença que nos garanta estar em todos os cantos desfrutando de autoridade e força perante qualquer um...

Quando fazemos isso despertamos, inconscientemente, a fúria dos céus. Como ousamos reclamar tanto se temos saúde? O que nos leva a desfilar nosso rosário de queixas se estamos empregados e trabalhando? Por que queremos ter mais do que temos se vivemos confortavelmente? Que motivos nos fazem infelizes se desfrutamos do amor e do carinho de nossos mais próximos entes?

Parece que em momento algum de nossas vidas nos sentimos totalmente bem, da forma como tanto almejamos. Somos escravos de um modo de vida consumista e nos perdemos diante de tantos desejos que são propositalmente colocados em nossas cabeças. Somos pequenos demais para compreender que as maiores alegrias de nossas vidas podem ser resumidas apenas nos sentimentos mais puros que temos em relação aos amigos e familiares e que, em contrapartida, recebemos dos mesmos...

Nos descabelamos por motivos banais. Arremetemos muitas vezes essa nossa insatisfação em direção às pessoas que fazem a vida valer a pena. Destilamos nosso rancor e amargura em nosso ambiente de trabalho e acabamos magoando pessoas que só nos querem bem. Já parou para pensar nisso? Quantas pessoas queridas você magoou somente por não ter conseguido aquela promoção ou o carro novo com que sonhava?

Não podemos permitir que sejamos prisioneiros dessas pequenas e injustificadas faltas ou ausências materiais. O que nos resta depois de toda a vida percorrida senão o abraço forte, o afago carinhoso, o beijo apaixonado ou a mão que nos ajuda a levantar quando somos derrotados? É desse memorial que devemos tirar a razão de viver.

Temos que arriscar mais. Não podemos deixar a vida passar sem ter dito com plenas palavras o quanto amamos alguém. A chuva que cai lá fora está lhe convidando para um reconfortante e refrescante caminhar, porque não ir? O mergulho na água do mar está lhe fazendo falta, o que lhe impede de estar lá, aproveitando a vida? A ausência de uma pessoa querida o magoa e fere a ponto de doer o coração, que tal ir de encontro a esse amor?

Não permita que a vida passe ao largo sem que você possa curtir cada momento precioso que temos nesse mundo. Sorria para a vida e para as pessoas. Temos apenas alguns anos de existência e cada minuto deles deve ser sorvido como a melhor refeição que já tivemos a oportunidade de experimentar. Dê a si mesmo o maior de todos os presentes, a felicidade...

O autor trouxe a nós a alegria a partir de suas poesias e textos. Deixou-nos um legado de valor inestimável e através de suas palavras nos permite vôos altos rumo a imensidão dos céus e mergulhos profundos em direção a necessária compreensão de nossas almas e existências. Sorver cada uma de suas preciosas letras é também um exercício de satisfação na busca pela paz interior que tanto desejamos...

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19 COMENTÁRIOS

1 LILIAN JANE - MONTES CLAROS/MG
AMIGA ELLENMOSSORÓ, VIVA O HJ..... SEJA FELIZ!... DEIXE QUE OS OUTROS TB O SEJA! NO MUNDO MUITA COISA SE CRIA MAS A MAIORIA SE COPIA!.... BASTA QUE SE COLOQUEM AS REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. PARA RELEMBRAR: O QUE SOU HJ NÃO O SOU SOZINHA... SOU UM POUCO DOS MEUS PAIS, DA MINHA DOUTRINA CRISTÃ, DOS MEUS PROFESSORES DE INFÂNCIA, DO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR.... DOS MEUS PATRÕES, DIRETORES..... DOS MEUS ALUNOS E PAIS DOS MEUS ALUNOS, DOS MEUS VIZINHOS..... AFINAL, CONVIVEMOS!.....
27/05/2011 00:15:07


2 Danielle Figueira Bonfim - CaçapavaSP
Admiro os textos de Carlos Drummond de Andrade, pois sempre nos fazem enxergar os verdadeiros valores de nossas vidas.
12/02/2010 15:57:09


3 Maria Elidia Garcia Costa - Guaraçaí
Não me importei em saber ao certo o autor dos textos, adorei ter lido e eles nos fazem bem, nos fazem refletir na transitoriedade da vida e quanto desperdiçamos nosso tempo com coias insignificantes. Parabéns prá que postou.
24/09/2009 19:15:18


4 monique franciele - mauá
Belissimo texto, me faz refletir e perceber que damos imortância a coisas mesquinhas nessa vida. E que muitas vezes o pouco ou o que é simples que nos faz realmente felizes.
28/07/2009 08:42:05


5 marina adriana de santis coneglian - lençois paulista
quando lemos poemas frases como carlos drumon de andrade acordamos para avida como e bela realmente nos e que complicamos por isso vamos ser feliz
22/06/2009 13:53:18


6 Ellen - Mossoró
COMPLETANDO, DIRETO DO BLOG. Deixem Drummond em paz O texto é atribuído a Carlos Drummond de Andrade e ao Desconhecido. É mais um Frankstein. O original e de autoria da Musa do Autor Desconhecido, nossa amiga Martha Medeiros, que deve ter colado chiclete na cruz ou servido kisuco na Santa Ceia. No texto que recebi por email, existem alguns enxertos, frases traduzidas que alguém achou que cairiam bem para completar a idéia. Comeram o título, tiraram boa parte do primeiro parágrafo. Foi crime premeditado. Não entendo por que essas pessoas não escrevem seus próprios textos ao invés de sair por aí alterando o texto dos outros. Alteraram até o formato. Não se trata de poesia, mas de prosa. E é um comentário dela sobre uma frase de um poeta mineiro. Deixa eu destrinchar a coisa para que você entenda melhor: Eis o texto original, da Martha Medeiros, publicado no site Almas Gêmeas : AS POSSIBILIDADES PERDIDAS 20 de agosto de 2002 Martha Medeiros Fiquei sabendo que um poeta mineiro que eu não conhecia, chamado Emilio Moura, teria completado 100 anos neste mês de agosto, caso vivo fosse. Era amigo de outro grande poeta, Drummond. Chegaram a mim alguns versos dele, e um em especial me chamou a atenção: Viver não dói. O que dói é a vida que não se vive. Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais. Um dos enxertos: A cada dia que vivo, mais me convenco de que o desperdicio da vida... Esta no amor que nao damos, nas forças que nao usamos, Na prudencia egoista que nada arrisca e que, esquivandose do sofrimento, tambem perde a felicidade. Mary Cholmondeley Every day I live I am more convinced that the waste of life lies in the love we have not given, the powers we have not used, the selfish prudence that will risk nothing and which, shirking pain, misses happiness as well. Mary Cholmondeley O enxerto final é retirado do livro You gotta keep dancin` de Tim Hansel, um livro de motivação escrito por quem sofreu um acidente e foi perseguido por fortes dores. Ele diz, entre outras coisas, que não podemos evitar a dor, mas podemos evitar a alegria. http://www.amazon.com/gp/product/1564767442/10418336973288713?vglance&n283155 Pain is inevitable, but misery is optional. We cannot avoid pain, but we can avoid joy. Tim Hansel A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Nós não podemos evitar a dor, mas podemos evitar a alegria Tim Hansel You Gotta Keep Dancin` by Tim Hansel An amazing book by an amazing man who shares his thoughts, faith and even journal entries through his battle with chronic pain. Stress, disappointment, heartache, hurt all are part of the human condition. But while PAIN IS UNAVOIDABLE, MISERY IS OPTIONAL! The freeing message of this book is that no matter what your circumstances, with God`s help, you can choose to be joyful. He speaks from experience. E, por fim, o poema do autor mineiro que inspirou o plagiado texto da Martha Medeiros: Canção Emilio Moura Viver nao dói. O que dói é a vida que se não vive. Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida. Viver não dói. O que dói é o tempo, essa força onírica em que se criam os mitos que o proprio tempo devora. Viver não dói. O que dói é essa estranha lucidez, misto de fome e de sede com que tudo devoramos. Viver não dói. O que dói, ferindo fundo, ferindo, é a distância infinita entre a vida que se pensa e o pensamento vivido. Que tudo o mais é perdido. O textofrankstein em uma de suas versões: Viver não dói Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivandose do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional. . Desvendado por Vanessa Lampert 5:03 AM
02/10/2008 16:36:25


7 Ellen - Mossoró
Excelente texto e comentários. Gostei muito da mensagem e de tudo nesse site. Estou sempre antenada procurando novas idéias, novos textos e esse site é um prato cheio. Entretanto aconteceu algo comigo, que espero não se repetir. Fiquei tão entusiasmada com essa reflexão que resolvi passar adiante e foi aí que descobri que esse texto não pertence a belíssima obra literária de Carlos Drummond de Andrade. E paguei o maior mico, uma vez que ensino literatura. Então observei que foram postados aqui alguns textos que não estão com a assinatura dos seus verdadeiros autores como, por exemplo, o “Morre lentamente” atribuído a Neruda. O título do texto que abre esse tópico chamase AS POSSIBILIDADES PERDIDAS e é da Martha Medeiros”. Seria interessante que o autor dessa coluna procurasse saber quem realmente escreveu os textos que serão objetos de análise e reflexão. Uma dica é o site: http://www.autordesconhecido.blogger.com.br/ Esse site é uma verdadeira caça aos autores “Desconhecidos”, que eu descobri graças a essa coluna risos.
02/10/2008 16:26:40


8 davi - paulo afonso
Caríssimos, O ser humano necessita se conhecer, interiorizarse, compreender que a vida é uma grande pergunta que merece uma grande resposta, que não temos pronta. É o buscar diaadia que nos faz enxergar toda a grandeza da obra do criador o ser humano. Precisamos pois, reconhecer nossas fraquezas, enxergar que não somos melhores do que ninguém e saber partilhar com nossos irmãos e irmãs nosso próximo nossos melhores dons: a solidariedade, a humildade e a serenidade. A dor é suportável até quando as pessoas nos abandonam, mas insuportável quando agente abandona a si mesmo. Fiquem com Deus. Davi
23/09/2008 15:03:08


9 Tereza - Gjá
No momento, entendi que o poema nos leva a refletir sobre sermos solidários quando fingimos não ver, perseverar por um amor não correspondido, incentivar atos de coragem, e sermos simples, vivermos em paz respeitando-nos uns aos outros...Sobre o sofrimento, fica a critério de cada um dependendo de sua visão ante ao problema, à situação. Quero dizer, uns reagem mais afloradamente que os outros. Questão de ponto de vista, talvez. Mais tarde releio o poema. Escapar da dor é que são elas!!
27/05/2008 21:50:18


10 Byron Emanuek de Oliveira Ramos - Aracaju -Sergipe
Belissimo texto.Gostaria de conversar com o autor
22/05/2008 06:29:03


11 Lêda Maria - Salvador- Ba
Excelente mensagem de reflexão e ensinamento. O homem precisa se dar conta de que a vida é vida e só isso que importa, acima de tudo devemos ser mais humanos. Aproveitar as "pequenas coisas que estão ao nosso redor" e certamente mais adiante vamos descobrir que elas não eram "tão pequenas o quanto imaginavamos".
25/03/2008 21:21:58


12  Dicelia - DF - Taguatingua _DF
Amei essa reflexão,pois trabalho com crianças e adolescentes e preciso estar sempre em contato com esse tipo de texto,para desenvolver neles a consciencia de que na vida, o mais importante sao os valores,as pessoas...Enfim, obrigada por esse momento tao sublime!
27/01/2008 18:02:25


13 Fernanda - Araçuaí
A mensagem é maravilhosa pois, serve de lição de vida para todas as pessoas que não vivem por ter medo de sofrer, de amar e com isto ser feliz. Assim é muito gratificante encontrar mensagens tão contagiantes e que nos fazem sentir mais vivos e humanos.
01/09/2007 22:58:36


14 Carolina Cidrão - Fortaleza
Excelente reflexão... Importante análise, para que possamos nos dar conta que a vida passa muito rápido, e que a única coisa que realmente podemos tirar dele é a FELICIDADE!! Sejamos felizes agora e sempre!!
31/07/2007 15:40:48


15 catarina muniz ferreira - itaperuna-rj
estou feliz por encontrar tão lindos textos como este na net. autores assim fazem-nos refletir sobre a nossa vida e de como podemos melhorar nossa conduta e assim errar menos na educação dos jovens a nosso cargo.
17/06/2007 20:59:09


16 juvenal leodoro - porto alegre
a vida não é cartesiana, o destino sim e aí está o problema. Viveremos a vida e somente descobriremos o porquê de tudo em outro endereço.
10/06/2007 17:31:48


17 marcia - Minas Novas - MG
Excelente o texto. Nos faz refletir sobre nossas atitudes ( ou na falta de atitudes), nossos relacionamentos e na inercia que muitas vezes vivemos por pura convenção.
16/04/2007 16:43:27


18 Neide Kobayashi - Bauru
Foi muito bom ler este artigo, poi às vezes nos perdemos na correria do dia a dia e nos esquecemos de olhar para o que realmente importa.
12/04/2007 12:39:01


19 monica - vitoria
textos bons
15/03/2007 00:56:16


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