Planeta Educação

Carpe Diem

João Luís de Almeida Machado é consultor em Educação e Inovação, Doutor e Mestre em Educação, historiador, pesquisador e escritor.

A inevitabilidade da dor e a opcionalidade do sofrimento
Autoria Desconhecida

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

(Autor Desconhecido)

Nosso egoísmo constantemente nos compele a reclamar da vida. Achamos ruim porque o trânsito está congestionado. Resmungamos em virtude da fila do banco. Nos sentimos infelizes por nossos saldos bancários. Invejamos aqueles que têm mais do temos. Queremos a onipotência e a onipresença que nos garanta estar em todos os cantos desfrutando de autoridade e força perante qualquer um...

Quando fazemos isso despertamos, inconscientemente, a fúria dos céus. Como ousamos reclamar tanto se temos saúde? O que nos leva a desfilar nosso rosário de queixas se estamos empregados e trabalhando? Por que queremos ter mais do que temos se vivemos confortavelmente? Que motivos nos fazem infelizes se desfrutamos do amor e do carinho de nossos mais próximos entes?

Parece que em momento algum de nossas vidas nos sentimos totalmente bem, da forma como tanto almejamos. Somos escravos de um modo de vida consumista e nos perdemos diante de tantos desejos que são propositalmente colocados em nossas cabeças. Somos pequenos demais para compreender que as maiores alegrias de nossas vidas podem ser resumidas apenas nos sentimentos mais puros que temos em relação aos amigos e familiares e que, em contrapartida, recebemos dos mesmos...

Nos descabelamos por motivos banais. Arremetemos muitas vezes essa nossa insatisfação em direção às pessoas que fazem a vida valer a pena. Destilamos nosso rancor e amargura em nosso ambiente de trabalho e acabamos magoando pessoas que só nos querem bem. Já parou para pensar nisso? Quantas pessoas queridas você magoou somente por não ter conseguido aquela promoção ou o carro novo com que sonhava?

Não podemos permitir que sejamos prisioneiros dessas pequenas e injustificadas faltas ou ausências materiais. O que nos resta depois de toda a vida percorrida senão o abraço forte, o afago carinhoso, o beijo apaixonado ou a mão que nos ajuda a levantar quando somos derrotados? É desse memorial que devemos tirar a razão de viver.

Temos que arriscar mais. Não podemos deixar a vida passar sem ter dito com plenas palavras o quanto amamos alguém. A chuva que cai lá fora está lhe convidando para um reconfortante e refrescante caminhar, porque não ir? O mergulho na água do mar está lhe fazendo falta, o que lhe impede de estar lá, aproveitando a vida? A ausência de uma pessoa querida o magoa e fere a ponto de doer o coração, que tal ir de encontro a esse amor?

Não permita que a vida passe ao largo sem que você possa curtir cada momento precioso que temos nesse mundo. Sorria para a vida e para as pessoas. Temos apenas alguns anos de existência e cada minuto deles deve ser sorvido como a melhor refeição que já tivemos a oportunidade de experimentar. Dê a si mesmo o maior de todos os presentes, a felicidade...

O autor trouxe a nós a alegria a partir de suas poesias e textos. Deixou-nos um legado de valor inestimável e através de suas palavras nos permite vôos altos rumo a imensidão dos céus e mergulhos profundos em direção a necessária compreensão de nossas almas e existências. Sorver cada uma de suas preciosas letras é também um exercício de satisfação na busca pela paz interior que tanto desejamos...

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