Aprender com as Diferenças
Reinaldo Bulgarelli É sócio-diretor da Txai Consultoria, em São Paulo, empresa que assessora organizações no tema sustentabilidade e responsabilidade corporativa. Entre as empresa às quais presta consultoria estão os Bancos HSBC, Real, Santander, Bradesco, Itaú e as empresas Wal-Mart, Grupo Cofra, Whirlpool, Alcoa, Philips, entre outras. É educador, conferencista e é co-coordenador e professor no curso Princípios e Práticas de Responsabilidade Social Empresarial, da Fundação Getúlio Vargas/São Paulo (FGV/SP).

Perguntas e Respostas - 26/07/2006
Reinaldo Bulgarelli

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Estamos cercados de respostas por todos os lados.

Queremos respostas e elas estão diante de nós em todos os lugares, em cada nascer do sol, cada flor que se abre, cada bicho que nasce, cada criança, cada adulto ou idoso em seus cotidianos variados.

O que não temos são as perguntas no tempo certo para dar conta de tantas respostas.

Muitas perguntas são formuladas muito tempo depois que as respostas foram dadas.

E ainda tem gente que se dedica a buscar respostas e não a formular perguntas.

Ainda tem gente achando que o mais importante e concreto são as respostas importantes e concretas para aquelas mesmas questões que estão formulando há séculos.

Mudem as perguntas, façam outras, invertam a ordem, busquem resignificar as coisas e seus nomes que talvez a gente encontre mais rápido soluções novas para os desafios que a cada dia vamos inventando e sofisticando.

Tudo é muito complexo para ficarmos repetindo perguntas ou para nos darmos ao luxo de não formulá-las.

Saramago nos diz isso em sua frase genial:

“Tudo no mundo está dando respostas, o que demora é o tempo das perguntas”.

O tempo das perguntas é por demais demorado quando queremos, como Einstein nos ensinou, resolver novos desafios com antigas soluções.

“O mundo não vai superar a crise usando o mesmo pensamento que a criou.”

Nossas organizações em geral, empresas, escolas, Ongs, sindicatos, governos, precisam urgentemente repensar a forma como produzem perguntas e aí a diversidade tem um papel fundamental.

Com cabeças que pensam e perguntam diferente, enxergamos respostas que antes eram invisíveis.

Quanto mais tornamos invisíveis algumas pessoas por serem diferentes do padrão dominante que criamos, mais invisíveis ficam as soluções que precisamos dar no momento atual do mundo.

Marcel Proust, para quem o olhar era tudo, disse que:

"A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos."

Ou seja, tudo indica que a diversidade pode nos ajudar a pensar de outra forma, a formular novas perguntas e a ver as paisagens com outros olhos.

Inserir diversidade na tomada de decisões é exatamente acolher novos pensamentos, perguntas e olhares na busca de soluções e resultados efetivos para nossos desafios.

Faça outra pergunta para o mesmo problema e quem sabe a resposta não estará diante de você.

Boa sorte!

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2 COMENTÁRIOS

1 raquel - ribeirão preto
demaisssssssssss
07/06/2009 14:14:38


2 João Pereira Pinto - Araraquara
Não tenho o que comentar. Simplesmente sensacional. Objetivo. Conclusivo. Óbvio. Genial. Simples.
19/04/2007 19:13:05


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