O Jardineiro Fiel - 07/04/2006
Os “vampiros de almas” e o “continente perdido”
Quando o governo brasileiro brigou, há poucos anos atrás, com a indústria farmacêutica internacional pelo direito de quebrar patentes e baratear os custos de remédios destinados ao combate da AIDS, poucas pessoas pensaram a respeito do tamanho e poder do oponente com o qual se confrontava nosso pobre país.
Bilhões de dólares são anualmente movimentados por empresas que detêm o monopólio de fórmulas e também a primazia das pesquisas na área de medicamentos. São muito potentes e dispõe de muitos recursos (humanos, financeiros, materiais) os laboratórios e os conglomerados que representam a indústria de remédios estabelecida em países do primeiro mundo.
Esses conglomerados movimentam somas que superam o PIB (Produto Interno Bruto) da grande maioria dos países do mundo em que vivemos. Qualquer queda de braço com esses gigantes estabelece uma repetição da bíblica e mítica luta entre David e Golias. Para a sorte e esperança dos crédulos na justiça e na ética há sempre a possibilidade de acertar uma estilingada precisa entre os olhos desses assustadores oponentes...
O Jardineiro Fiel, baseado no livro do inglês John Le Carré e filmado pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles (que a cada nova produção comprova seu inegável talento e maestria em trabalhos que demonstram qualidades próprias de um habilidoso, inteligente, criativo e sedutor artesão), levanta questões relativas aos duvidosos interesses e práticas de “fictícias” empresas de grande porte do setor farmacêutico.
Remontando ao cinema político de qualidade que nos foi proporcionado por cineastas do porte de Visconti, Costa-Gravas e Pontecorvo, o filme de Meirelles costura sua trama a partir de denúncias e questionamentos, idas e vindas dos personagens, reviravoltas surpreendentes e um trabalho precioso de fotografia, edição, montagem e cenografia.
Há também um parentesco com filmes recentes, lançados a pouco tempo nos cinemas ou em DVDs, como O Informante, de Michael Mann, acerca das trapaças e negócios escusos engendrados pela indústria do tabaco a partir de suas matrizes norte-americanas.
Se não bastasse esse caráter crítico e questionador, O Jardineiro Fiel ainda nos coloca em contato com a devastadora realidade de um continente perdido, a África. Abandonada pelos países ricos, sobrevivendo à custa de doações que constituem migalhas, partilhada entre tiranos locais que nada mais são do que títeres do capital internacional, a África se decompõe e se torna cada dia mais terra de ninguém em grandes porções de seu território.
Suas reservas naturais continuam (como durante todo o século XX) sendo pilhadas pelos modernos “Pizarros” e “Hernán Cortez” em seus bem cortados ternos e com modernos celulares e notebooks. O pior, no entanto, é perceber que ocorre o esgotamento progressivo das reservas humanas. Como autênticos “vampiros de almas”, os “investidores” internacionais “sugam” o sangue, as energias e utilizam os pobres e esquálidos corpos africanos numa nova versão da escravidão dos tempos coloniais...
O que fazer? Denunciar, iniciar moções internacionais, ativar a participação das ONGs em favor do berço da humanidade, levar essa causa ao grande público e mobilizar esforços em favor dessa pobre e humilhada população. É nesse sentido que a produção de Fernando Meirelles, O Jardineiro Fiel ganha mais crédito e pertinência aos olhos do grande público. Há causas, mocinhos e bandidos, propósitos escusos e dignidade, traição e justiça (ainda que poética)...
O Jardineiro Fiel é vacina que contém poderosos anticorpos que ajudam no combate a corrupção de valores e práticas. Imunize-se! Assista já!
O Filme
Quando o diplomata Justin Quayle (Ralph Fiennes, em mais uma sóbria e elegante aparição) termina sua palestra e se prepara para responder as perguntas dirigidas a ele pelo público ali presente ele nem imagina que a história de sua vida está começando a ser reescrita. Entre as pessoas que estão no recinto encontra-se Tessa (Rachel Weisz, em premiada e exuberante atuação), a mulher de sua vida e também a pessoa que modifica completamente a sua visão de mundo.
Enquanto ele é um ascendente jovem no complexo e disputado mundo da diplomacia internacional representando a Inglaterra no continente africano, sua jovem e sedutora esposa é uma ativista política envolvida em causas humanitárias que está no lugar mais explorado e desumano do mundo.
Essa explosiva combinação entre o talento, a argúcia e o engajamento de Tessa e as desigualdades e injustiças vividas pelos africanos é o motor de uma intricada trama de interesses econômicos escusos de grandes indústrias farmacêuticas do primeiro mundo e a morte/desaparecimento de pobres e desfavorecidos “cidadãos” africanos.
A partir de suas investigações a jovem Tessa chega a descobertas surpreendentes que envolvem não apenas bilhões de dólares em investimentos em pesquisa e aperfeiçoamento de remédios pelas indústrias que atuam nesses países africanos, mas também os governos de importantes nações do mundo ocidental “civilizado”, inclusive a própria Inglaterra...
Essas descobertas condenam a militante política à morte e também a indignidade perante seu próprio e amado esposo. Quayle, que além de suas reconhecidas habilidades no campo das relações entre países, é um devotado jardineiro a combater as ervas daninhas de seu impecável quintal tem que, a partir de investigações individuais retomar a trilha de sua mulher.
A partir disso ele entra no jogo dos bilhões em busca do resgate do nome de sua esposa e da verdade que envolve a morte de inocentes paupérrimos no já devastado e desolado cenário africano. Sua cabeça passa então a valer muito para os caçadores de recompensas e suas imunidades diplomáticas são então esquecidas e invalidadas...
Sobreviva ao jogo de caça entre gato e rato. Resista à tentação dos milhões de dólares em sua conta bancária pelo seu silêncio. Prenda a respiração e assista a mais esse imperdível, fascinante e envolvente filme de Fernando Meirelles. Cinema de primeira!
Para Refletir
1- Até que ponto “os fins justificam os meios”? Lucrar não é proibido. O que não pode ser admitido é que os lucros sejam obtidos a partir de qualquer tipo de exploração humana. Escravidão, baixos salários, condições insalubres para o exercício de suas funções, horas excessivas de trabalho e tantas outras indignidades e crimes contra o trabalhador e, principalmente ofensivas a própria condição humana devem ser extirpadas do mundo em que vivemos. Isso é posição corrente assumida pelos países signatários dos tratados e convenções internacionais promovidos pela ONU. Há, no entanto, uma evidente distância entre o que está no papel e aquilo que vivemos. É justamente nesse impasse/contra-senso que o mundo se encontra. O que fazer? O primeiro passo é que sejamos mais éticos e dignos em nosso cotidiano, em nossas práticas pessoais e profissionais, nos contextos em que vivemos...
2- Num segundo momento temos que nos sintonizar com os fatos e acontecimentos do mundo em que vivemos e nos posicionar em relação às injustiças e desmandos que presenciamos ou percebemos. Não podemos continuar sendo impassíveis e insensíveis espectadores de uma realidade vil, carregada de erros, explosiva devido à intolerância, corrompida e violenta. A participação em ONGs favoravelmente a causas como ecologia, educação, cultura, combate ao preconceito, suporte aos idosos, apoio a crianças carentes, auxílio a deficientes e tantas outras nobres empreitadas não pode ser exceção, deve se tornar a tônica, prática regular em nosso cotidiano... Temos que levantar nossas vozes e articular nossas forças em favor de um mundo mais justo, harmonioso e equilibrado.
3- Na escola, enquanto educadores, temos que demonstrar a nossa indignação perante as injustiças praticadas no mundo em que vivemos. Não somos seres apolíticos, pelo contrário, Aristóteles já nos caracterizava na Grécia Antiga como “animais políticos”, articulados, cheios de idéias, mobilizados por nossas paixões. Nossos alunos têm que perceber nosso envolvimento com causas nobres, entender nossas motivações, acompanhar nossos esforços. Somente assim iremos instá-los a envolver-se numa importante, imprescindível e efetiva luta em favor do bem, da ética e da dignidade humana.
4- A África, que chamei de continente perdido, é o berço da humanidade, o local de onde se originou a vida humana. É também, pelo rumo da história que estamos vivendo, a região do planeta aonde essa vida irá, num primeiro momento, se extinguir... Estamos nos matando por dinheiro. Aniquilamos crianças, mulheres, jovens, homens, idosos e quem mais for por um pretenso progresso da ciência ou então pelo crescimento da economia mundial... É preciso abraçar a África, num esforço coletivo em favor daquele continente e de toda a vida nele contida. Não podemos continuar dando as costas aos dramas políticos, sociais e econômicos dos países pobres do continente negro. Nesse sentido um primeiro e importante passo em direção a redenção da África passa pela inclusão desse rico universo cultural nos currículos escolares e na pauta das notícias veiculadas pelos principais canais de comunicação do mundo. Temos que fazer com que da África saiam boas notícias e, principalmente, que nela floresçam novas vidas e esperanças...
Ficha Técnica
O Jardineiro Fiel
(The Constant Gardener)
País/Ano de produção: EUA, 2005
Duração/Gênero: 129 min., Drama
Direção de Fernando Meirelles
Roteiro Jeffrey Caine de baseado no livro de John Le Carré
Elenco: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Daniele Harford, Danny Huston,
Hubert Koundé, Richard McCabe, Gerard McSorley,
Pete Postlethwaite e Anneke Kim Sarnau.
Links
- Site Oficial: www.theconstantgardener.com
-http://www.adorocinema.com.br/filmes/jardineiro-fiel/jardineiro-fiel.asp
- http://www.cinemaemcena.com.br/cinemacena/crit_editor_filme.asp?cod=2950
1 ariana - RS Porto alegre
eu gostei muito,muito mesmo do filme e nao tenho muitas palavras para dizer como este filme È bom meus parabens muito legal mesmo
24/02/2012 14:00:00
2 Alexandra. -
Parabéns pela postagem, excelente.
01/09/2011 19:08:55
3 adriana - piumhi
bom dia ja assisti varias vezes o filme o jardineiro fiel mas me perdi em uma questão de trabalho escolar. A questão é qual a contribuição do filme para a disciplina quimicase puder me ajudar agradeço muito.
01/05/2011 12:52:56
4 Kelry Raianny - GurupiTo
Olá, gostaria de saber porque o nome do filme é O Jardineiro Fiel,por favor me responda o mais breve possível...será porque Justin cuidava de flores e foi fiel com a esposa? aguardo...obrigada
23/11/2010 12:48:17
5 Daiane - salvador
eu gostei muito desse filme porque nem todas as pessoas arriscam a propria vida para salvar e defender os direitos entao Tessa fez isso tentava ajudar as pessoas mas ela acabou morta e o marido dela continuo como ela mas ele se sentia sozinho e solitario, um critica que eu tenho pra dar e que alguma pessoa ou politico que comanda a africa deveria com o dinheiro da copa lá deveria pegar o dinheiro e investir na africa fazer casas hospitais para que essas pessoas possa ter uma vida melhor,eu desejo pra todas essas pessosque seja felizes e que deus ajude essas pessoas amém.
11/07/2010 17:35:46
6 thais -
amei continue assim!!
31/05/2010 19:16:14
7 Eliana - Highway
Esse filme é fenomenal, pois trata da alienação dos quenianos e até mesmo de Justin Ralph Fiennes, o capitalismo dos ingleses e a barbarie contra a vida humana, . Esse filme pode ser comprado aos pensamentos de Theodor W. Adorno, que atribuiu a educação a tarefa de transformação da sociedade, atraves da formação de pessoas conscientes e emancipadas, capazes de erradicar e prevenir qualqur tipo de violência.
17/05/2010 10:37:14
8 Sara Cristina Silva - UberlândiaMG
Esse filme demonstra a barbaridade do capitalismo frente a quem não possue o principal protagonista desse sistema: o dinheiro. O lucro é mais importante que a vida humana.Esse sistema, por si só, traz a desigualdade social, o individualismo e a ganância. A classe dominante articula com a máscara da ajuda,oculta seus reais interesses econômicos, políticos e particulares.E aquela classe excluída, que não possue condição de vida adequada e não têm a quem recorrer, fica a mercê da bondade.Podese dizer que não há políticas sociais que efetivamente busque uma transformação daquela realidade dura e cruel, fazem políticas pobres para pobres, não há um olhar mais denso dos políticos para aquela situação.Em um olhar ambicioso, eles não rendem lucros, não têm perpectiva de vida, então, por quê se preocupar?
29/04/2010 23:55:25
9 Auriluce - ItaremaCE
Creio que deveríamos assistir mais filmes como O Jardineiro Fiel pois é um desses filmes que não pripicia a alienação, mas suscita reflexão e criticidade tanto com relação a questões humanitárias quanto com relação aos podres poderes que governam no mundo.
22/11/2009 21:40:20
10 Mateus Brathio - Nova Iguçu RJ Caiçara!
O filme leva a todos a refletir, até que ponto o homem consegue maquinar sem, importar com vidas humanas, ética, príncipios etc... Pena que tudo isso acontece e vem acontecendo no mundo inteiro, pelos Sr. Doutores com seus cursos de Graduação, Pós Graduação Mestrado Doutorado... em nenhum momento dos cursos não ouviram a falar ao menos a palavra ÉTICA !!!
12/11/2009 17:35:48
11 Marcos Nascimento - Jandira SP
O filme leva a todos a refletir, até que ponto o homem consegue maquinar sem, importar com vidas humanas, ética, príncipios etc... Pena que tudo isso acontece e vem acontecendo no mundo inteiro, pelos Sr. Doutores com seus cursos de Graduação, Pós Graduação Mestrado Doutorado... em nenhum momento dos cursos não ouviram a falar ao menos a palavra ÉTICA !!
23/09/2009 19:20:27
12 marta - goiania
o filme é maravilhoso, e nos faz refletir sobre alguns pricípios, alguem pode me ajudar: cenas ética e não étíca e cometários sobre ambas
12/09/2009 01:08:36
13 Brito - Feira de Santana
O Fernando Meireles foi perfeito nesse filme. Não deve nada a nenhum outro diretor desse planeta.
O capital precisa de rédeas. Não é lógico que assistamos passíveis o redundamento de todas nossa ações a cifras apenas. Parabéns ao Dr. João Luís de Almeida Machado pelo bem escrito artigo.
10/09/2009 13:58:01
14 Fernanda do Amaral - Dois Irmãos RS
Em tempos de gripe suina, um filme como o Jardineiro Fiel contribui com a abertura de olhos ingênuos para os interesses econômicos que norteam questões de saúde pública e qual a posição real que países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, para usar um termo politicamente correto ocupam no contexto mundial.
18/08/2009 12:40:00
15 Rosana Veiga - Salvador
Gostei muito do filme. Ele mistura amor, natureza, realismo e todos os pecados humanos movidos pelo dinheiro.
16/08/2009 01:56:41
16 Pâmela Stelle - Patos de Minas
Olá, tendo visto o filme por indicação de um professor de metodologia científica e da pesquisa, comecei a procurar artigos que falassem do filma para que eu tivesse aquela mãozinha na hora do relatório, e encontrei... porém queria saber se alguém pode me dar uma dica de como ver esse filme sob uma pesquisa, métodos de pesquisa e outras coisas mais, para que minha mente possa se clarear... Obrigada!!! Att. Pâmela
08/08/2009 14:44:58
17 Elliane guimaraes - Cáceres
Trabalhamos com um projeto social em que a ação e levar os saberes, valores... através de filmes. Já assistimos à este, e concordamos que é excelente. Esta de acordo com toda a matéria escrita. Parabéns pelo trabalho!
06/07/2009 11:41:38
18 Débora Pâmela Barbosa Silva - ImperatrizMA
Gostei muito do filme pois mostra a realidade nua e crua.
27/06/2009 14:19:38
19 Líria Bordinhão - São Paulo
O filme nos faz refletir sobre as indústrias que direcionam o mote do mundo. A gripe suína, por exemplo, pode ser curada com um remédio único fabricado ,por uma única empresa farmacêutica que por um acaso estava `a beira da falência há pouco tempo.
Será que o livro é ficção? Será que é baseado em fatos reais? Como nos dias de hoje morre tanta gente com doenças consideradas erradicadas em alguns países? Por que somente em alguns?
17/05/2009 14:24:42
20 cindeca - Brasília
Patrícia Lauj, creio que o título do filme se refere ao personagem principal, ele gostava de praticar jardinagem, e o tem po que tinha disponível era para isso, ao contrário de sua esposa que era uma fervorosa ativista, ele estava concentrado em seu próprio mundo, alheio ao que acontecia ao seu redor. Depois do desaparecimento de sua esposa, ele se tornou obcecado por encontrála. Creio que por isso o título.
Ótimo artigo, na minha opinião , filme maravilhoso, um dos melhores que já assisti.
04/05/2009 01:34:54
21 Patricia Lauj - Sao Paulo
GOSTARIA DE SABER SE ALGUEM SABE O PORQUE DO NOME ``O JARDINEIRO FIEL`` ! E SOBRE O FILME, ESPETACULAR, MUITO BOM MESMO !! REFLEXAO 100.
09/03/2009 22:07:06
22 Fernanda Cruz - SP
Adorei a análise do filme e como estou escrevendo um artigo sobre ele, gostaria de fazer a citação do prof. Machado, mas, não encontrei a data de publicação desta matéria.
Seria possível me repassarem?
Grata,
Fernanda
OBS Parabéns mais uma vez!
02/11/2008 21:04:37
23 mariana - sao paulo
Bom, estou no primeiro ano de farmácia, minha professora de Biossegurança pediu para relacionarmos o filme com a Biossegurança, fica claro para mim a desigualdade e falta de amor ao próximo, falta de humanidade o mais absurdo usar da simplicidade para ter uma conta milhonária para que? por que? falta de amor nos corações, chorei o filme inteiro porém não basta chorar, é preciso fazer algo para que a miséria mundial acabe
01/06/2008 18:27:55
24 margareth machado - alagoinhas-ba
Excelente filme, onde podemos ter uma visão das desigualdades e injustiças existentes e como o continente africano continua sendo tratado pelos países desenvolvidos que contribuíram desde o processo de colonizaçâo para o seu quadro social desolador.
06/08/2007 11:42:16
25 ROGERIO KLORIVALDO PEREIRA - GOIANIA
MUITO INTERESSANTE ESTE FILME PORQUE ELE NOS REVELA O QUONTO A ALMA HUMANA E MA E NAO TEM LIMITE
14/05/2007 17:56:04
26 Silvana Marghetti - Orleans-sc
Muito interessante este filme, e o artigo acima, com certeza nos faz refletir ainda mais sobre o abuso, a inadimplencia das industrias farmaceuticas, que desreitam os pirncipios morais e eticos a fim do lucro financeiro. sem medir as consequencias.
20/03/2007 17:21:08
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