Educação Profissional
Bruna Cristina Honorato Ferreira Graduada em Pedagogia pela Universidade Salesiana de São Paulo – campus Lorena (UNISAL). Instrutora Técnica do Programa Informática Educacional, em Lorena, São Paulo.

O porquê trabalhar com uma educação inclusiva e não com uma educação integradora - 16/06/2016
Bruna Cristina Honorato Ferreira

'

garoto cadeirante em sala de aula

A prática da integração nos faz pensar sobre uma forma condicional de inserção em que depende do aluno, ou seja, do nível de sua capacidade de adaptação as opções do sistema escolar, seja em uma sala regular, em uma classe especial ou mesmo em instituições especializadas. Trata-se de uma alternativa em que tudo se mantém e nada se questiona do esquema em vigor. O vocabulário “ integração” é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos. A meta primordial da inclusão é a de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, como ressalta uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan, “existe a necessidade de romper com o velho modelo escolar, uma vez que se procura a inclusão e não a integração.” As escolas inclusivas devem propor um modo de constituir o sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos, e que é estruturado em virtude dessas necessidades. Com a capacidade de entender e reconhecer o outro que temos o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós, acolhendo todos sem exceção, afinal a inclusão deve causar uma mudança de perspectiva educacional. Como ressalta Mantoan “A perspectiva de se formar uma nova geração dentro de um projeto educacional inclusivo é fruto do exercício diário da cooperação e da fraternidade, do reconhecimento e do valor das diferenças, o que não exclui a interação com o universo do conhecimento em suas diferentes áreas”.

Além de tudo isso a educação inclusiva deve acontecer no âmbito social, na aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana e a aprendizagem através da cooperação. Vale ressaltar que estamos ainda em um processo de transição da educação integradora para a educação inclusiva, mas devemos contribuir para que esse processo se fecunde.


MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.



Leia também…

# Ainda sobre Educação Inclusiva

# Precisamos falar sobre Educação Inclusiva


Avaliação deste Artigo: Matéria ainda nao avaliada.
COMPARTILHE

DeliciusDelicius     DiggDigg     FacebookFacebook     GoogleGoogle     LinkedInLinkedIn     MySpaceMySpace     TwitterTwitter     Windows LiveWindows Live

AVALIE O ARTIGO





INDIQUE ESTE ARTIGO PARA UM AMIGO










0 COMENTÁRIOS
ENVIE SEU COMENTÁRIO

Preencha todos os dados abaixo e clique em Enviar comentário.



(seu e-mail não será divulgado)


Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.