Embora
as taxas de desocupação indiquem que estamos
caminhando para um cenário de pleno emprego no Brasil, o
crescimento econômico demandará novas habilidades
e competências dos profissionais do País.
Resta saber se os brasileiros estão preparados para as novas
exigências do mercado, já que os dados das
últimas pesquisas são alarmantes.
A produtividade do Brasil é cinco vezes menor que a dos
Estados Unidos, quando medida em termos de produto interno bruto (PIB)
por pessoal ocupado.
Segundo a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), somente 11 a cada 100 brasileiros entre 25 e 64 anos
detêm um título de nível superior.
Já nos países ricos, 31 a cada 100 passaram por
algum tipo de educação terciária.
Não obstante, o governo federal prepara um plano ambicioso
para atrair mão de obra estrangeira altamente qualificada. O
ministro Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da
República, lidera o projeto.
A intenção do governo é aumentar de
0,3% para 3% o número total de estrangeiros na
população brasileira. Desse modo, seis
milhões de imigrantes passarão a prospectar
empregos no mercado nacional.
O próprio ministro reconhece que a
educação dos brasileiros seria a melhor
ferramenta para o País alcançar o desenvolvimento
necessário. Contudo, "é um caminho mais
demorado", ele confessa. Por esse motivo, pretende tornar o Brasil um
destino prioritário para os estrangeiros.
Não é um cenário para medo, pavor,
xenofobia ou protecionismo. É preciso lembrar que cerca de 4
milhões de brasileiros vivem no exterior, sendo os Estados
Unidos, Japão e diversos países europeus os
principais destinos.
Muitos saem em busca de uma nova vida, trabalho e estudos. Aqueles que
ousarem aprender com as renomadas instituições
estrangeiras ou buscarem qualificação no
país em que moram, estarão aptos a competir
globalmente mediante as novas conjunturas.
Há algum sentido nos bordões
midiáticos que reforçam "o apagão da
mão de obra no Brasil", afinal, esses bordões
comprovam os gargalos do desenvolvimento que existem por aqui. Contudo,
as soluções estão cada vez mais
aparentes.
A entrada de estrangeiros no País vai não
só atrair mão de obra qualificada, mas
também incentivar o brasileiro a buscar mais
formação dentro e fora do Brasil com o objetivo
de garantir seu espaço.
Experiências internacionais em universidades como UC
Berkeley, Babson College, Columbia, Johns Hopkins e Jiao Tong
são uma ótima opção de
destinos para aqueles que querem atender a demanda por mão
de obra qualificada e estratégica.
Profissionais que procuram esse tipo de formação
já perceberam a urgência de se qualificarem de
modo a melhorar a produtividade, capacidade tecnológica e
base de inovação do Brasil e, assim,
alcançarem mais destaque em um mercado cada vez mais
competitivo.
Alexander
Damasceno
é
diretor do B.I. International, escola global de
educação executiva com foco em empreendedorismo e
inovação.