Ao
sair “pesado” por aí, você
deixa em casa sua mãe aflita e angustiada, buscando
agarrar-se em qualquer sinal de fé, rogando por sua
proteção.
Os “peixes” e as
“onças” que
“compram” as delícias
necessárias a sua vida “loka”
não vão aliviar a sensação
de impotência que ficará no
coração de seu pai ao deparar-se com a
ineficácia de seus conselhos.
A alegria ao ver seus “concorrentes” se definharem
em inveja e revolta passarão tão logo que o
mal-estar da ressaca invadir todo seu organismo, diminuindo
drasticamente sua qualidade de vida.
A exuberância da “top da vila” que,
fascinada pelo luxo que você demonstra ter, nada
significará diante da face marcada pelas rugas de
alguém que ainda espera você voltar para casa em
segurança.
Se a vida que seus pais levam em nada são atrativas para
você, tente compreender que há meios muito mais
coerentes para a busca das melhorias que desejar.
Talvez você nunca tenha entendi o porquê de se
pensar nas fraquezas da vida quando se pode desfrutar loucamente de
tudo o que o dinheiro pode oferecer.
A resposta está na ponta da língua: simplesmente
porque você precisará estar vivo para desfrutar de
cada centavo que, de alguma forma, você
“conquistou”.
Diferente do que se pode pensar, nem mesmo o dinheiro compra a
saúde, esta que é indispensável para
se ter força e conseguir se levantar da cama pela
manhã.
Mesmo depois de ter gastado verdadeiras fortunas com recursos da
medicina do Brasil e do exterior, muita gente teve que se dar adeus
definitivo a alguém querido.
A vida do rico e do pobre, daquele que tem uma ou vinte belas mulheres
à sua disposição, de quem trabalha o
dia todo para pagar as contas e de quem nunca precisou se preocupar com
isso, bom, a vida de nós todos passa muito depressa.
Viver intensamente nada tem a ver com viver sem regras e sem respeitar
os limites naturais da vida de qualquer pessoa.
Ao sair com seu carro em alta velocidade, por exemplo, você
demonstra desrespeito e desconhecimento à fragilidade das
características de seu próprio corpo, pois
não resistirá ao impacto de um acidente.
Mesmo você achando que algumas coisas nunca
acontecerão com você, a sabedoria popular diz que
vida é uma “caixinha de surpresas”.
Olhe para quem está chorando hoje a saudade de
alguém que não voltará mais e
pergunte-se em que você é melhor do que ele.
Olhe para quem hoje está doente e questione-se no que
você é superior para a pessoa enferma ser ele e
não você.
Depois, olhe-se no espelho e reflita se vale mesmo a pena ser vida
“loka”, se compensa mesmo viver do que jeito
loucamente como se o mundo estivesse aos seus pés.
Pense que você é suficientemente capaz de tomar
decisões, mas que para cada uma delas há uma
determinada resposta.
Antes de sair de casa, por exemplo, antes de dar partida no seu
veículo, antes de desrespeitar seu pai e sua mãe,
é você, unicamente você, quem decide.
Decide, entre tantas outras possibilidades, se vai associar velocidade
à bebida alcoólica, se vai atender o celular
enquanto estiver no volante, se vai respeitar o semáforo...
Mas depois de um acidente, principalmente nessas
circunstâncias, as decisões não
serão mais somente suas.
A independência é cara demais, mas não
é comprada com dinheiro. Para tê-la, de fato,
você precisará pensar suas
ações a tempo de não a arriscar diante
de prazeres que desaparecem e o abandonam diante de qualquer desventura.
Assim, pense um pouco mais, busque alternativas saudáveis de
divertimento, pois sua vida vale muito mais do que você
imagina, e não compensa perdê-la vivendo
“loucamente” por aí.