Planeta Educação

A Semana - Opiniões

Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

É Mesmo Bom Ser Vida "Loka"?
Conselhos e Reflexões para uma Vida Independente

Foto-de-Erika-de-Souza-Bueno-autora-do-artigoAo sair “pesado” por aí, você deixa em casa sua mãe aflita e angustiada, buscando agarrar-se em qualquer sinal de fé, rogando por sua proteção.

Os “peixes” e as “onças” que “compram” as delícias necessárias a sua vida “loka” não vão aliviar a sensação de impotência que ficará no coração de seu pai ao deparar-se com a ineficácia de seus conselhos.

A alegria ao ver seus “concorrentes” se definharem em inveja e revolta passarão tão logo que o mal-estar da ressaca invadir todo seu organismo, diminuindo drasticamente sua qualidade de vida.

A exuberância da “top da vila” que, fascinada pelo luxo que você demonstra ter, nada significará diante da face marcada pelas rugas de alguém que ainda espera você voltar para casa em segurança.

Se a vida que seus pais levam em nada são atrativas para você, tente compreender que há meios muito mais coerentes para a busca das melhorias que desejar.

Talvez você nunca tenha entendi o porquê de se pensar nas fraquezas da vida quando se pode desfrutar loucamente de tudo o que o dinheiro pode oferecer.

A resposta está na ponta da língua: simplesmente porque você precisará estar vivo para desfrutar de cada centavo que, de alguma forma, você “conquistou”.

Diferente do que se pode pensar, nem mesmo o dinheiro compra a saúde, esta que é indispensável para se ter força e conseguir se levantar da cama pela manhã.

Mesmo depois de ter gastado verdadeiras fortunas com recursos da medicina do Brasil e do exterior, muita gente teve que se dar adeus definitivo a alguém querido.

A vida do rico e do pobre, daquele que tem uma ou vinte belas mulheres à sua disposição, de quem trabalha o dia todo para pagar as contas e de quem nunca precisou se preocupar com isso, bom, a vida de nós todos passa muito depressa.

Viver intensamente nada tem a ver com viver sem regras e sem respeitar os limites naturais da vida de qualquer pessoa.

Ao sair com seu carro em alta velocidade, por exemplo, você demonstra desrespeito e desconhecimento à fragilidade das características de seu próprio corpo, pois não resistirá ao impacto de um acidente.

Mesmo você achando que algumas coisas nunca acontecerão com você, a sabedoria popular diz que vida é uma “caixinha de surpresas”.

Olhe para quem está chorando hoje a saudade de alguém que não voltará mais e pergunte-se em que você é melhor do que ele.

Olhe para quem hoje está doente e questione-se no que você é superior para a pessoa enferma ser ele e não você.

Depois, olhe-se no espelho e reflita se vale mesmo a pena ser vida “loka”, se compensa mesmo viver do que jeito loucamente como se o mundo estivesse aos seus pés.

Pense que você é suficientemente capaz de tomar decisões, mas que para cada uma delas há uma determinada resposta.

Antes de sair de casa, por exemplo, antes de dar partida no seu veículo, antes de desrespeitar seu pai e sua mãe, é você, unicamente você, quem decide.

Decide, entre tantas outras possibilidades, se vai associar velocidade à bebida alcoólica, se vai atender o celular enquanto estiver no volante, se vai respeitar o semáforo...

Mas depois de um acidente, principalmente nessas circunstâncias, as decisões não serão mais somente suas.

A independência é cara demais, mas não é comprada com dinheiro. Para tê-la, de fato, você precisará pensar suas ações a tempo de não a arriscar diante de prazeres que desaparecem e o abandonam diante de qualquer desventura.

Assim, pense um pouco mais, busque alternativas saudáveis de divertimento, pois sua vida vale muito mais do que você imagina, e não compensa perdê-la vivendo “loucamente” por aí.

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas