É consenso nacional que fraternidade e saúde
estão gravemente enfermas.
Má gestão de recursos materiais e financeiros,
infraestrutura e instalações
precárias, saneamento básico,
qualificação dos profissionais de
saúde, mais particularmente os médicos,
governantes, educação, cidadãos,
políticas e políticos estão no eixo
central da sofrível realidade.
Não esperem melhorias por conta das denúncias dos
meios de comunicação, muito menos dos inflamados
discursos nos palcos e púlpitos.
Fazendo analogia, só é possível
endireitar galhos de árvore se a medida for tomada
precocemente.
Tentar endireitá-los quando adultos é
inútil; eles quebram e secam. Portanto, a gênese
da maioria dos problemas aqui referidos é a
família.
A riqueza número um da Pátria brasileira
é o cidadão educado que valoriza a vida, a
saúde, a ética, o estudo, o trabalho, a
fraternidade e a espiritualidade.
Acima de tudo, cidadania é luta apaixonada contra a morte
evitável, a enfermidade, a maldade, a desonestidade, a
corrupção, a mentira.
Desordem social e familiar, descumprimento dos deveres e
agressão contra a natureza não perdoam; cedo ou
tarde cobram preço alto.
Por conta disso, é fundamental saber defender-se das coisas
e situações que comprometem a saúde, a
estima e os relacionamentos harmônicos e pacificadores.
Droga, bebida em excesso, estresse, obesidade, ódio, raiva e
sedentarismo são fatores de risco pessoais, familiares e
comunitários.
Nos últimos 50 anos, a família brasileira vem
sofrendo as piores consequências de todos os tempos.
Ninguém pode negar que a falta de planejamento familiar
é a principal causa.
Crianças e jovens perderam 75% do tempo de contato com os
pais. Isso é uma catástrofe. Sob todos os
critérios, a presença e o afeto são
necessários e essenciais.
Portanto, é missão das autoridades e
lideranças, das Igrejas e das escolas reorganizarem e
prepararem a nova família, se queremos trabalhar integrada e
sistematicamente para reconstruir a verdadeira fraternidade, preservar
o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida e de saúde
das futuras gerações.
A cooperação faz a diferença.
É principal fonte gratuita, disponível e
abundante de energia, por meio da qual crescem e se realizam os seres
humanos, pobres e ricos, cultos e iletrados.
A par do saneamento da família, a saúde
pública melhoria significativamente se o cidadão
fosse mais responsável e realizasse exames preventivos,
praticasse exercícios físicos regularmente,
controlasse a gula e a bebida.
Álcool, drogas, violência,
desestruturação familiar e desamor à
vida congestionam consultórios, leitos e UTIs.
Está na hora de começar a mudar esse
cenário que lesa a todos os brasileiros, indistintamente se
bons ou maus.
Pedro
Antônio Bernardi é
Jornalista, economista e professor. Contato: pedro.professor@gmail.com