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Fraternidade e Saúde
Pedro Antônio Bernardi

É consenso nacional que fraternidade e saúde estão gravemente enfermas.

Má gestão de recursos materiais e financeiros, infraestrutura e instalações precárias, saneamento básico, qualificação dos profissionais de saúde, mais particularmente os médicos, governantes, educação, cidadãos, políticas e políticos estão no eixo central da sofrível realidade.

Não esperem melhorias por conta das denúncias dos meios de comunicação, muito menos dos inflamados discursos nos palcos e púlpitos.

Fazendo analogia, só é possível endireitar galhos de árvore se a medida for tomada precocemente.

Tentar endireitá-los quando adultos é inútil; eles quebram e secam. Portanto, a gênese da maioria dos problemas aqui referidos é a família.

A riqueza número um da Pátria brasileira é o cidadão educado que valoriza a vida, a saúde, a ética, o estudo, o trabalho, a fraternidade e a espiritualidade.

Acima de tudo, cidadania é luta apaixonada contra a morte evitável, a enfermidade, a maldade, a desonestidade, a corrupção, a mentira.

Desordem social e familiar, descumprimento dos deveres e agressão contra a natureza não perdoam; cedo ou tarde cobram preço alto.

Por conta disso, é fundamental saber defender-se das coisas e situações que comprometem a saúde, a estima e os relacionamentos harmônicos e pacificadores.

Droga, bebida em excesso, estresse, obesidade, ódio, raiva e sedentarismo são fatores de risco pessoais, familiares e comunitários.

Nos últimos 50 anos, a família brasileira vem sofrendo as piores consequências de todos os tempos.

Ninguém pode negar que a falta de planejamento familiar é a principal causa.

Crianças e jovens perderam 75% do tempo de contato com os pais. Isso é uma catástrofe. Sob todos os critérios, a presença e o afeto são necessários e essenciais.

Portanto, é missão das autoridades e lideranças, das Igrejas e das escolas reorganizarem e prepararem a nova família, se queremos trabalhar integrada e sistematicamente para reconstruir a verdadeira fraternidade, preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida e de saúde das futuras gerações.

A cooperação faz a diferença. É principal fonte gratuita, disponível e abundante de energia, por meio da qual crescem e se realizam os seres humanos, pobres e ricos, cultos e iletrados.

A par do saneamento da família, a saúde pública melhoria significativamente se o cidadão fosse mais responsável e realizasse exames preventivos, praticasse exercícios físicos regularmente, controlasse a gula e a bebida.

Álcool, drogas, violência, desestruturação familiar e desamor à vida congestionam consultórios, leitos e UTIs.

Está na hora de começar a mudar esse cenário que lesa a todos os brasileiros, indistintamente se bons ou maus.

Pedro Antônio Bernardi é Jornalista, economista e professor. Contato: pedro.professor@gmail.com

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas