A Semana - Opiniões
Erika de Souza Bueno Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação; Professora e consultora de Língua Portuguesa pela Universidade Metodista de São Paulo; Articulista sobre assuntos de língua portuguesa, educação e família; Editora do Portal Planeta Educação (www.planetaeducacao.com.br). E-mail: erika.bueno@fk1.com.br

Rancor: Um Peso Insuportável - 03/12/2012
Conflitos da Vida Pessoal

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A começar pelo significado da própria palavra, o rancor é uma das causas mais frequentes que, diariamente, levam tantas pessoas a buscar auxílio médico.

Trata-se de um ressentimento (re-sentir ou sentir novamente) agudo e perverso, que revisita incessantemente episódios que nos causaram alguma forma de dor.

O pior de tudo é que nem nossas crianças ficam isentas desse mal, uma vez que adultos de sua convivência acabam transferindo a elas a angústia que há dentro de si.

É um peso insuportável, é como se colocássemos sobre frágeis taças de vidro um fardo muito superior à estrutura delas.

Em pouco tempo, qualquer pessoa que por ali passar não verá nada mais além do que cacos espalhados em algum lugar qualquer.

Com pessoas, entretanto, tudo é diferente, pois ninguém parece estar disposto a encarar que não conseguirá suportar por muito tempo o peso indescritível do rancor.

O fracasso pessoal, em casos assim, é apenas um dos aspectos mais visíveis, pois dentro de cada rancoroso há “re-sentimentos” que o torturam impiedosamente, roubando-lhe preciosas noites de sono e insubstituíveis dias de paz.

Às crianças, tudo isso é transferido por meio desprezo, do mau humor, da impaciência e do pessimismo.

Esses ressentimentos, contudo, não precisariam, nem ao menos, existir.

Se soubéssemos nos amar de verdade, se tivéssemos aprendido a “seguir”, se fôssemos capazes de não esperar recompensas de pessoas tão passíveis de falhas como nós...

Ah, se conseguíssemos nos reger mais adequadamente, nada disso precisaria nos sufocar tanto.

Seríamos recompensados com um viver mais desejável, uma velhice mais sadia, uma juventude menos conflituosa e uma infância mais feliz.

Mas não podemos voltar no tempo e dar um novo “tom” à música que nos submetemos a dançar em algum momento de nossa história.

Então, respire fundo e recomece...

Não dê mais moradia ao rancor e ao ressentimento, abra espaço para sentimentos mais saudáveis.

Eles, certamente, irão beneficiar não somente a sua vida, mas o viver de todos aqueles que, direta ou indiretamente, fazem parte do seu mundo.

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