Será que estamos realmente comprometidos e
embuídos do sentimento de mudança em nosso
país?
A inconformidade é típica do nosso povo
brasileiro, porém pouco se demonstra quando o assunto
é reivindicar seus direitos.
Parecemos inertes, indiferentes ou acomodados com a
situação.
Estamos passando por um período de
afirmação.
Nosso país desfruta a posição de
emergente em franco desenvolvimento econômico.
Muitos especialistas explicam que o é o maior crescimento
dos últimos anos em comparação a
outras administrações.
Difícil é compactuar com fatos tristes e
lamentáveis que presenciamos diariamente nos
noticiários dos telejornais e que, certamente, nos levam
à seguinte reflexão:
Há quanto tempo deveríamos figurar no quadro dos
países mais desenvolvidos do mundo se não
tivéssemos a corrupção em nosso
país?
E se não existissem analfabetos? Talvez a
violência deixaria de existir se o país fosse de
todos e não de uma minoria dominante que tem como pensamento
alienar os pobres e os menos desavisados.
Se os fatos são verdadeiros ou não cabem
às autoridades competentes atestar os fatos.
Restam as imagens e as declarações e o sentimento
de estar sendo passado para trás.
Acredito muito ainda em uma virada de mesa.
Sou daqueles torcedores fervorosos que acreditam no seu time
até o último minuto.
Não perco as esperanças de que um fato novo
surgirá e certamente as coisas vão acontecer.
Síndrome de utopia talvez ou crise de esperança
positiva por que não.
O fato é que, se as pessoas das mais diferentes
camadas sociais não se conscientizarem de que precisamos
moralizar o nosso sistema, aí sim estaremos cada vez mais
alienados, acomodados e conformados com a
situação.
Quando falo de pessoas, refiro-me a determinados setores da sociedade
brasileira,
principalmente àqueles que exercem cargos de comando, de
decisão sobre
o futuro de todos.
Alguns segmentos da sociedade brasileira estão adormecidos.
Talvez enfraquecidos por experiências frustradas no passado,
dada a falta de apoio e liderança forte.
Esperamos que movimentos de caráter pacífico
voltem a existir, sobretudo aqueles que conduzem a
mobilização de vários setores da
sociedade ao mesmo tempo.
Cidadania deveria estar na moda, por exemplo.
Costumamos lembrar disso em datas comemorativas somente. Precisamos
exercitar mais esse lado.
A impunidade em nosso país continua sendo uma marca
registrada nos últimos anos.
Doença crônica e fatal aos cofres
públicos, bem como aos bolsos dos cidadãos
brasileiros, resultado de dezenas de milhões de reais
consumidos em escândalos milionários envolvendo
autoridades, políticos e gente comum que acaba se
envolvendo.
Corruptos, ladrões, laranjas, personagens
folclóricos da história podre do nosso
país desfilam tranquilamente pelas ruas, pelas cidades,
amparados pela lei porque possuíam
condições de custear um advogado e livrar-se das
acusações.
A responsabilidade é toda nossa. Não cobramos
como se deveria cobrar, não questionamos como se deveria
questionar.
Enfim, somos coniventes mais uma vez.
Pois bem, sou brasileiro. Como tal, amo e acredito nesse
país. Espero que você também acredite.
Cobre mais, não compactue com a vergonha, com o jeitinho,
com a falta de caráter de algumas pessoas. Brasil, eu visto
essa camisa!
Renato
da Costa
é
Graduado em Administração-Comércio
Exterior, palestrante e consultor em marketing.