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De Olho na História

 

Brasil: Eu Visto essa Camisa!
Renato da Costa


Será que estamos realmente comprometidos e embuídos do sentimento de mudança em nosso país?

A inconformidade é típica do nosso povo brasileiro, porém pouco se demonstra quando o assunto é reivindicar seus direitos.

Parecemos inertes, indiferentes ou acomodados com a situação.

Estamos passando por um período de afirmação.

Nosso país desfruta a posição de emergente em franco desenvolvimento econômico.

Muitos especialistas explicam que o é o maior crescimento dos últimos anos em comparação a outras administrações.

Difícil é compactuar com fatos tristes e lamentáveis que presenciamos diariamente nos noticiários dos telejornais e que, certamente, nos levam à seguinte reflexão:

Há quanto tempo deveríamos figurar no quadro dos países mais desenvolvidos do mundo se não tivéssemos a corrupção em nosso país?

E se não existissem analfabetos? Talvez a violência deixaria de existir se o país fosse de todos e não de uma minoria dominante que tem como pensamento alienar os pobres e os menos desavisados.

Se os fatos são verdadeiros ou não cabem às autoridades competentes atestar os fatos.

Restam as imagens e as declarações e o sentimento de estar sendo passado para trás.

Acredito muito ainda em uma virada de mesa.

Sou daqueles torcedores fervorosos que acreditam no seu time até o último minuto.

Não perco as esperanças de que um fato novo surgirá e certamente as coisas vão acontecer.

Síndrome de utopia talvez ou crise de esperança positiva por que não.

O fato é que, se as pessoas das mais diferentes camadas sociais não se conscientizarem de que precisamos moralizar o nosso sistema, aí sim estaremos cada vez mais alienados, acomodados e conformados com a situação.

Quando falo de pessoas, refiro-me a determinados setores da sociedade brasileira, principalmente àqueles que exercem cargos de comando, de decisão sobre o futuro de todos.

Alguns segmentos da sociedade brasileira estão adormecidos.

Talvez enfraquecidos por experiências frustradas no passado, dada a falta de apoio e liderança forte.

Esperamos que movimentos de caráter pacífico voltem a existir, sobretudo aqueles que conduzem a mobilização de vários setores da sociedade ao mesmo tempo.

Cidadania deveria estar na moda, por exemplo.

Costumamos lembrar disso em datas comemorativas somente. Precisamos exercitar mais esse lado.

A impunidade em nosso país continua sendo uma marca registrada nos últimos anos.

Doença crônica e fatal aos cofres públicos, bem como aos bolsos dos cidadãos brasileiros, resultado de dezenas de milhões de reais consumidos em escândalos milionários envolvendo autoridades, políticos e gente comum que acaba se envolvendo.

Corruptos, ladrões, laranjas, personagens folclóricos da história podre do nosso país desfilam tranquilamente pelas ruas, pelas cidades, amparados pela lei porque possuíam condições de custear um advogado e livrar-se das acusações.

A responsabilidade é toda nossa. Não cobramos como se deveria cobrar, não questionamos como se deveria questionar.

Enfim, somos coniventes mais uma vez.

Pois bem, sou brasileiro. Como tal, amo e acredito nesse país. Espero que você também acredite.

Cobre mais, não compactue com a vergonha, com o jeitinho, com a falta de caráter de algumas pessoas. Brasil, eu visto essa camisa!

Renato da Costa é Graduado em Administração-Comércio Exterior, palestrante e consultor em marketing.

Avaliação deste Artigo: 5 estrelas