Para diminuir a desigualdade racial brasileira, o governo
irá aprovar o sistema de cotas para negros no funcionalismo
público, como continuação do sistema
já aprovado para estudantes.
A meta das cotas para negros no funcionalismo público pode
também se estender para o setor privado, dando incentivos
fiscais para empresas que contratarem mais negros, produtores negros e
seus projetos culturais.
Há ainda a intenção de favorecer
cotistas negros com auxílio financeiro, além de
reservar bolsas em universidades estrangeiras com programas
patrocinados pelo Brasil.
As medidas chegam a um patamar quase ultrajante e divide
opiniões, pois o Brasil se encontra num momento
propício ao estímulo à
educação e ao trabalho de forma justa.
Além disso, nosso país conta com belos exemplos
como o Ministro Joaquim Barbosa, que não precisou de cotas
para se tornar o melhor.
O sistema de cotas cria de certa forma uma
discriminação racial em razão da
multimiscigenação encontrada no Brasil.
Assim, brancos, índios e orientais poderiam
também requerer seu direito de cota e proporem medidas
protecionistas como esta.
Uma das chances de aumentar a taxa de aceitação
de pessoas que poderiam ser a favor do projeto seria fornecer
informações claras de como
será mensurado, de forma justa, quem receberá ou
não o benefício de cotas no funcionalismo.
Mas com tanta variedade de tons de peles negras e pardas, que sistema
irá escalonar quem tem ou não direito ao
benefício?
Muitas perguntas e poucas respostas ainda norteiam um sistema infeliz
que corre o risco de favorecer a discriminação de
outras classes raciais.
O próprio Dia da Consciência Negra mesmo, que foi
criado para exaltar o mártir Zumbi dos Palmares, poderia ser
fiel à intenção primeira de sua
criação, ou seja, promover debates
educacionais e alavancar projetos culturais que estimulem o
país.
Assuntos que abordam questões políticas
precisam ser abordados com competência e maturidade pela
escola, pois essas e tantas outras políticas determinam e
regem o nosso país, lugar para o qual os alunos precisam ser
preparados.
Maria
Augusta Ribeiro é
Consultora de Comunicação Corporativa; Formada em
Comércio Exterior e Direito pela Universidade de
Cuiabá; Especializada em Business Consulting pela Universal
Class Tm; Proprietária do Blog "Belicosa"
(
http://belicosa.com.br).