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Mais Cotas Raciais?
Maria Augusta Ribeiro (Blog Belicosa)

Para diminuir a desigualdade racial brasileira, o governo irá aprovar o sistema de cotas para negros no funcionalismo público, como continuação do sistema já aprovado para estudantes.

A meta das cotas para negros no funcionalismo público pode também se estender para o setor privado, dando incentivos fiscais para empresas que contratarem mais negros, produtores negros e seus projetos culturais.

Há ainda a intenção de favorecer cotistas negros com auxílio financeiro, além de reservar bolsas em universidades estrangeiras com programas patrocinados pelo Brasil.

As medidas chegam a um patamar quase ultrajante e divide opiniões, pois o Brasil se encontra num momento propício ao estímulo à educação e ao trabalho de forma justa.

Além disso, nosso país conta com belos exemplos como o Ministro Joaquim Barbosa, que não precisou de cotas para se tornar o melhor.

O sistema de cotas cria de certa forma uma discriminação racial em razão da multimiscigenação encontrada no Brasil.

Assim, brancos, índios e orientais poderiam também requerer seu direito de cota e proporem medidas protecionistas como esta.

Uma das chances de aumentar a taxa de aceitação de pessoas que poderiam ser a favor do projeto seria fornecer informações claras de como será mensurado, de forma justa, quem receberá ou não o benefício de cotas no funcionalismo.

Mas com tanta variedade de tons de peles negras e pardas, que sistema irá escalonar quem tem ou não direito ao benefício?

Muitas perguntas e poucas respostas ainda norteiam um sistema infeliz que corre o risco de favorecer a discriminação de outras classes raciais.

O próprio Dia da Consciência Negra mesmo, que foi criado para exaltar o mártir Zumbi dos Palmares, poderia ser fiel à intenção primeira de sua criação, ou seja, promover debates educacionais e alavancar projetos culturais que estimulem o país.

Assuntos que abordam questões políticas precisam ser abordados com competência e maturidade pela escola, pois essas e tantas outras políticas determinam e regem o nosso país, lugar para o qual os alunos precisam ser preparados.

Maria Augusta Ribeiro é Consultora de Comunicação Corporativa; Formada em Comércio Exterior e Direito pela Universidade de Cuiabá; Especializada em Business Consulting pela Universal Class Tm; Proprietária do Blog "Belicosa" (http://belicosa.com.br).

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