É comum nos nossos dias se ouvir falar em desgaste,
cansaço físico e mental.
São problemas de saúde que, dia a dia, se agravam
ou surgem a partir de períodos de estresse,
reclamações e insatisfação
de diversas ordens.
Tudo isso afeta diretamente nossa relação com o
nosso trabalho e como desempenhamos nossa função.
Além disso, afeta nossa convivência em
família e comunidade, pois, quando algo não
está bem em nossa vida, transferimos para outras
áreas aquilo que nos está fazendo mal.
Assim, tudo acaba sendo prejudicado como consequência de uma
ou outra insatisfação.
A verdade é que faz parte da realidade da grande maioria das
pessoas uma vida fundamentada em compromissos, tabeladas a partir de um
relógio e, consequentemente, desgastada por um mau
aproveitamento do tempo.
Vivemos em função das nossas
obrigações, fazendo, na medida do
possível, nosso melhor.
Nessa correria, muitas e muitas vezes levamos trabalho para casa e,
hora ou outra, a casa para o trabalho.
Quando nos damos conta, tudo virou uma mistura, momento em que nossa
vida pessoal atrapalha a profissional, sendo que a
profissão, muitas vezes, é a própria
causadora dos problemas pessoais.
E assim caímos num ciclo quase sem volta, onde, a vida
pessoal afeta o trabalho e o trabalho afeta a vida pessoal.
Como consequências, nossos relacionamentos são
bombardeados pelas frustrações e desgastes do
trabalho.
Sem perceber, podemos levar para o trabalho os problemas pessoais
resultantes de relacionamentos desestruturados e afetados, estes que,
por sua vez, podem ser resultados de uma vida desregrada no que tange a
trabalho x vida pessoal.
Como lidar com todo o desgaste? Se tudo já está
numa situação crítica, como podemos,
pelo menos, começar a amenizar tais
situações que nos são tão
prejudiciais?
Ao diagnosticar que o início do ciclo das
problemáticas vivenciadas está na
profissão, é necessária uma
intervenção imediata.
Acumular estresse e deixar que uma situação
não satisfatória continue só
irão agravar ainda mais uma problemática,
prejudicando, a longo e médio prazo, a saúde, a
família e, até mesmo, o emprego do
indivíduo.
Com o ritmo frenético em que vivemos, algumas
circunstâncias passam despercebidas, mas são nelas
que, possivelmente, encontramos alguns fatos que podem contribuir para
melhoria na vida profissional e pessoal.
Muitas vezes, o simples olhar para o lado e perceber a
situação que alguém de nosso trabalho
está passando pode nos fazer enxergar a oportunidade de
reverter algum quadro de estresse e desgaste.
Essas são possibilidades simples que vemos diariamente e
constituem a vida em comunidade, permitindo-nos contribuir para
melhoria dentro do nosso local de trabalho.
Quando a “visão romântica” da
profissão está desgastada, as tentativas do
profissional de querer enxergar como tudo sendo lindo e perfeito podem
ser ainda mais prejudiciais a ele, pois isso não condiz com
a realidade que ele está enxergando.
Nesse caso, ele precisará abrir sua visão e
diagnosticar
os problemas, bem como abrir a mente para refletir sobre
as circunstâncias que o cercam.
Ele terá que avaliar o todo, adquirindo, assim, uma
visão macro da situação, que o
permitirá abrir também o
coração para tratar os problemas, encarando-os.
Numa equipe, é fundamental a prática da
observação.
Se em sua maioria houver integrantes frustrados e desanimados, temos a
propensão de que eles afetem toda a equipe com suas
reclamações e indagações.
Por outro lado, se houver, em sua maioria, pessoas animadas e
motivadas, temos a propensão de que elas transmitam tais
pensamentos a toda equipe.
Para melhoria na qualidade da nossa vida profissional, tudo o que temos
que fazer é nos colocar na situação de
motivadores.
É necessário partir de nós palavras e
atitudes de motivação, a qual é capaz
de gerar perseverança.
Quando um integrante da equipe enxerga motivação
no outro, ele passa a enxergar a possibilidade de reverter sua
situação e tornar-se, apesar das dificuldades, um
profissional que persevera na busca para reverter
situações críticas.
Como consequência, quando há
perseverança por parte, pelo menos, de uma pessoa,
há motivação por parte das outras
também.
É fato que em nossas vidas existem problemas, dificuldades e
situações desanimadoras.
Contudo, que sejamos nós os primeiros a tornar-nos
motivadores.
Para isso, que partam de nós palavras e atitudes que
promovam pensamentos de perseverança nos outros integrantes
da equipe.
Perseverança gera motivação, e a
motivação nos faz perseverar!
Júnior
Silveira é
Pedagogo, formado em Artes Cênicas, intermediário,
e atua como Coordenador-Pedagógico em Arte e Cinema e
Educação no município de Votorantim,
São Paulo.