Educação Profissional
 

Perseverança que Motiva - 18/10/2012
Júnior Silveira

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É comum nos nossos dias se ouvir falar em desgaste, cansaço físico e mental.

São problemas de saúde que, dia a dia, se agravam ou surgem a partir de períodos de estresse, reclamações e insatisfação de diversas ordens.

Tudo isso afeta diretamente nossa relação com o nosso trabalho e como desempenhamos nossa função.

Além disso, afeta nossa convivência em família e comunidade, pois, quando algo não está bem em nossa vida, transferimos para outras áreas aquilo que nos está fazendo mal.

Assim, tudo acaba sendo prejudicado como consequência de uma ou outra insatisfação.

A verdade é que faz parte da realidade da grande maioria das pessoas uma vida fundamentada em compromissos, tabeladas a partir de um relógio e, consequentemente, desgastada por um mau aproveitamento do tempo.

Vivemos em função das nossas obrigações, fazendo, na medida do possível, nosso melhor.

Nessa correria, muitas e muitas vezes levamos trabalho para casa e, hora ou outra, a casa para o trabalho.

Quando nos damos conta, tudo virou uma mistura, momento em que nossa vida pessoal atrapalha a profissional, sendo que a profissão, muitas vezes, é a própria causadora dos problemas pessoais.

E assim caímos num ciclo quase sem volta, onde, a vida pessoal afeta o trabalho e o trabalho afeta a vida pessoal.

Como consequências, nossos relacionamentos são bombardeados pelas frustrações e desgastes do trabalho.

Sem perceber, podemos levar para o trabalho os problemas pessoais resultantes de relacionamentos desestruturados e afetados, estes que, por sua vez, podem ser resultados de uma vida desregrada no que tange a trabalho x vida pessoal.

Como lidar com todo o desgaste? Se tudo já está numa situação crítica, como podemos, pelo menos, começar a amenizar tais situações que nos são tão prejudiciais?

Ao diagnosticar que o início do ciclo das problemáticas vivenciadas está na profissão, é necessária uma intervenção imediata.

Acumular estresse e deixar que uma situação não satisfatória continue só irão agravar ainda mais uma problemática, prejudicando, a longo e médio prazo, a saúde, a família e, até mesmo, o emprego do indivíduo.

Com o ritmo frenético em que vivemos, algumas circunstâncias passam despercebidas, mas são nelas que, possivelmente, encontramos alguns fatos que podem contribuir para melhoria na vida profissional e pessoal.

Muitas vezes, o simples olhar para o lado e perceber a situação que alguém de nosso trabalho está passando pode nos fazer enxergar a oportunidade de reverter algum quadro de estresse e desgaste.

Essas são possibilidades simples que vemos diariamente e constituem a vida em comunidade, permitindo-nos contribuir para melhoria dentro do nosso local de trabalho.

Quando a “visão romântica” da profissão está desgastada, as tentativas do profissional de querer enxergar como tudo sendo lindo e perfeito podem ser ainda mais prejudiciais a ele, pois isso não condiz com a realidade que ele está enxergando.

Nesse caso, ele precisará abrir sua visão e diagnosticar os problemas, bem como abrir a mente para refletir sobre as circunstâncias que o cercam.

Ele terá que avaliar o todo, adquirindo, assim, uma visão macro da situação, que o permitirá abrir também o coração para tratar os problemas, encarando-os.

Numa equipe, é fundamental a prática da observação.

Se em sua maioria houver integrantes frustrados e desanimados, temos a propensão de que eles afetem toda a equipe com suas reclamações e indagações.

Por outro lado, se houver, em sua maioria, pessoas animadas e motivadas, temos a propensão de que elas transmitam tais pensamentos a toda equipe.

Para melhoria na qualidade da nossa vida profissional, tudo o que temos que fazer é nos colocar na situação de motivadores.

É necessário partir de nós palavras e atitudes de motivação, a qual é capaz de gerar perseverança.

Quando um integrante da equipe enxerga motivação no outro, ele passa a enxergar a possibilidade de reverter sua situação e tornar-se, apesar das dificuldades, um profissional que persevera na busca para reverter situações críticas.

Como consequência, quando há perseverança por parte, pelo menos, de uma pessoa, há motivação por parte das outras também.

É fato que em nossas vidas existem problemas, dificuldades e situações desanimadoras.

Contudo, que sejamos nós os primeiros a tornar-nos motivadores.

Para isso, que partam de nós palavras e atitudes que promovam pensamentos de perseverança nos outros integrantes da equipe.

Perseverança gera motivação, e a motivação nos faz perseverar!

Júnior Silveira é Pedagogo, formado em Artes Cênicas, intermediário, e atua como Coordenador-Pedagógico em Arte e Cinema e Educação no município de Votorantim, São Paulo.

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