Filosofando
 

Uma Forma de Amor... - 16/08/2012
Eder Roberto Dias

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As descobertas da vida nos apresentam uma vastidão de significados e ensinamentos.

O tempo nos lança a determinação de que tudo está ao nosso alcance, mas que temos de nos apurar na forma com que devemos lidar com esse instante, que corre por sobre pedras que deslizam rapidamente ao fundo de nossas interrupções corpóreas.

Há um significado maior para tudo que vivemos e fazemos acontecer!

Somos iguais em tudo, não havendo diferenças maiores que a de um grão de areia ou significação mais importante que a liberdade em viver as nossas mais improváveis emoções.

Podemos não chorar de fome, sede ou por faltar-nos um lugar para dormirmos, porém, existirão sentimentos que poderão nos causar um desafeto para o contexto que se faz presente diante de nossos olhares.

Uma criança que chora por abandono (...) chora com a força de sua alma, com a suavidade em não saber o que acontece com seu sentir, porém anseia por seu melhor ao em vez de se colocar no sofrimento em desacreditar que está abandonada em meio ao tudo que desconhece.

Somos imparciais com as emoções de outros, somos egoístas e intransigentes com a verdade que poderíamos movimentar em nossos corações.

Falamos repetitivamente em salvação e desconhecemos o caminho que nos levaria a salvarmos nossos significativos conceitos de religiosidade.

Transferimos tudo a valores monetários, imputamos localizações onde a beleza do profano e abusivo luxo nos lança ao ócio do belo e esplendoroso.

Buscamos justificativa que expliquem a escravidão dos muitos que trabalham e morrem diante das riquezas que são divisíveis a poucos em um país qualquer de uma África subjugada pela fome e muita miséria social.

Como vemos, praticamos uma demagogia barata, sem fundamentos ou relevância para toda dor que também é nossa.

Lamentamos pela falta de sorte que nos impede de fechar um grande negócio e passamos a ressaltar como sofremos injustiças por não comprarmos um apartamento novo ou um belo carro.

Por vezes, sentimos vontade de fazer algo, choramos em frente à televisão e nos compadecemos temporariamente.

Achamos que nossos sentimentos são sentimentalismos que não devem ter força, pois a luta da vida deve nos fazer indiferentes com a origem principal do ser humano: amor!

Sem que tenhamos noção, buscamos uma forma de amor, que invalide a fonte oriunda do princípio básico da vida.

Dividimos a solidão, a inexatidão de nossos dias e o esquecimento do tempo que achamos ter vivido.

Estamos diante de nós mesmos e apresentamos a nossa história factoides de hologramas que se perderão no exato instante que não possamos mais existir nesse estado de desigualdade e presença física.

Só então descobriremos que o amor que deveríamos praticar uns pelos outros nunca existiu ou sequer esteve próximo de nosso existir.

Aprenderemos a ver a Deus com significância, abrangência e realidade.

Seremos intensamente livres de preconceitos que se distribuem junto a conceitos que nos fazem achar que somos corretos e imputáveis nas ações que tenhamos vivido.

O amor é uma palavra que nada agrega quando o que se manifesta é a exuberância em nos fazer importantes e dominadores da vontade alheia.

Uma nova fonte de amor não deve existir para descrevermos a nossa pouca coerência com nossa realidade, pois somos todos muito iguais!

Desde o nascimento até a morte; desde a sorte e o azar de nascer em algum lugar onde o desrespeito é compartilhado por muitos outros continentes.

Afinal, somos humanos e achamos que o pouco que façamos não resultará em nada de bom que possa haver em nosso coração.

Eder Roberto Dias é Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente. www.editoragente.com.br. Contato: ederoamorsemprevence@bol.com.br. Facebook: www.facebook.com/ederroberto.dias. Blog: erobertodias.blogspot.com.br/.

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