As descobertas da vida nos apresentam uma vastidão de
significados e ensinamentos.
O tempo nos lança a determinação de
que tudo está ao nosso alcance, mas que temos de nos apurar
na forma com que devemos lidar com esse instante, que corre por sobre
pedras que deslizam rapidamente ao fundo de nossas
interrupções corpóreas.
Há um significado maior para tudo que vivemos e fazemos
acontecer!
Somos iguais em tudo, não havendo diferenças
maiores que a de um grão de areia ou
significação mais importante que a liberdade em
viver as nossas mais improváveis
emoções.
Podemos não chorar de fome, sede ou por faltar-nos um lugar
para dormirmos, porém, existirão sentimentos que
poderão nos causar um desafeto para o contexto que se faz
presente diante de nossos olhares.
Uma criança que chora por abandono (...) chora com a
força de sua alma, com a suavidade em não saber o
que acontece com seu sentir, porém anseia por seu melhor ao
em vez de se colocar no sofrimento em desacreditar que está
abandonada em meio ao tudo que desconhece.
Somos imparciais com as emoções de outros, somos
egoístas e intransigentes com a verdade que
poderíamos movimentar em nossos
corações.
Falamos repetitivamente em salvação e
desconhecemos o caminho que nos levaria a salvarmos nossos
significativos conceitos de religiosidade.
Transferimos tudo a valores monetários, imputamos
localizações onde a beleza do profano e abusivo
luxo nos lança ao ócio do belo e esplendoroso.
Buscamos justificativa que expliquem a escravidão dos muitos
que trabalham e morrem diante das riquezas que são
divisíveis a poucos em um país qualquer de uma
África subjugada pela fome e muita miséria
social.
Como vemos, praticamos uma demagogia barata, sem fundamentos ou
relevância para toda dor que também é
nossa.
Lamentamos pela falta de sorte que nos impede de fechar um grande
negócio e passamos a ressaltar como sofremos
injustiças por não comprarmos um apartamento novo
ou um belo carro.
Por vezes, sentimos vontade de fazer algo, choramos em frente
à televisão e nos compadecemos temporariamente.
Achamos que nossos sentimentos são sentimentalismos que
não devem ter força, pois a luta da vida deve nos
fazer indiferentes com a origem principal do ser humano: amor!
Sem que tenhamos noção, buscamos uma forma de
amor, que invalide a fonte oriunda do princípio
básico da vida.
Dividimos a solidão, a inexatidão de nossos dias
e o esquecimento do tempo que achamos ter vivido.
Estamos diante de nós mesmos e apresentamos a nossa
história factoides de hologramas que se perderão
no exato instante que não possamos mais existir nesse estado
de desigualdade e presença física.
Só então descobriremos que o amor que
deveríamos praticar uns pelos outros nunca existiu ou sequer
esteve próximo de nosso existir.
Aprenderemos a ver a Deus com significância,
abrangência e realidade.
Seremos intensamente livres de preconceitos que se distribuem junto a
conceitos que nos fazem achar que somos corretos e
imputáveis nas ações que tenhamos
vivido.
O amor é uma palavra que nada agrega quando o que se
manifesta é a exuberância em nos fazer importantes
e dominadores da vontade alheia.
Uma nova fonte de amor não deve existir para descrevermos a
nossa pouca coerência com nossa realidade, pois
somos todos muito iguais!
Desde o nascimento até a morte; desde a sorte e o azar de
nascer em algum lugar onde o desrespeito é compartilhado por
muitos outros continentes.
Afinal, somos humanos e achamos que o pouco que façamos
não resultará em nada de bom que possa haver em
nosso coração.
Eder
Roberto Dias é
Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence...
Editora Gente. www.editoragente.com.br. Contato:
ederoamorsemprevence@bol.com.br. Facebook:
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