Educação Profissional
Felipe Barbosa Miléo  Orientador Educacional do Programa Línguas Estrangeiras na empresa Planeta Educação; Graduado em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi e Pós-Graduado em Administração Hoteleira pela University of Birmingham – Inglaterra; Tem larga vivência em grandes empresas no exterior e experiência no ensino da Língua Inglesa. E-mail: felipe.mileo@fk1.com.br

O que faz a diferença na hora de encarar o mercado de trabalho - 26/07/2012
Educação Profissional

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Escolher uma profissão é algo a ser discutido desde que o aluno ingressa no ensino médio.

Ao final do ensino médio, alguns poucos sortudos possuem algumas qualidades e habilidades que se fazem valer na opção profissional: fluência na língua inglesa; vivência no exterior decorrente de intercâmbios culturais e acadêmicos; muito mais afinidade com certos assuntos e matérias; entre outras.

Passada essa primeira fase, dependendo da tal escolha, durante a faculdade alguns desses alunos acima citados participam ativamente do âmbito acadêmico de várias formas e estagiam em grandes empresas no Brasil e no exterior desde o 1º ano — e, ao terminar a faculdade, estão empregados com ótimos cargos.

Aí vem a “segunda fase” daquele pensamento de “não errar ao escolher”. E agora? O que eu faço? Continuo nesse ótimo cargo e construo um plano de carreira? "Aventuro-me" e me especializo na minha área acadêmica, talvez até em outro país?

Na época, com 22 anos, eu decidi que iria partir para a aventura. Como eu já tinha a segunda língua e, nessa época duas experiências internacionais (no 2º ano da faculdade, trabalhei para a Walt Disney World Resorts num programa de estágio que virou efetivo), consegui um trainee operacional na seção hoteleira da 2ª maior empresa de entretenimento do mundo – o Tussaud’s Group UK, na Inglaterra.

Durante um ano, descobri que a Universidade de Birmingham tinha um núcleo dedicado ao turismo e à hotelaria. Gostei da ideia e então realizei duas ações: prestei a prova da pós graduação em administração hoteleira juntamente à prova que me garantia 35% de bolsa de estudos na universidade. Consegui os resultados esperados e, de “bônus”, conquistei um emprego na maior empresa de consultoria hoteleira da Inglaterra.

As coisas estavam indo muito bem e, portanto, eu não "tinha errado ao escolher". Mas precisei voltar ao Brasil. Pensei comigo: "Com o currículo que tenho, facilmente encontrarei um emprego muito bom". Porém, a realidade não foi bem essa.

É aquela história: quando você tem pouco, não o contratam; quando você tem muito, também não o contratarão. Então mudei de área. Entrei para a educação. Tornei-me professor de inglês, fui me aperfeiçoar e estudar mais ainda. Hoje, trabalho no departamento de línguas estrangeiras de uma grande empresa que fornece soluções para a educação pública.

Não tenha medo do novo, de sair de sua zona de conforto. Eu creio que o “errar ao escolher” pode se tornar uma grande oportunidade a médio e longo prazos se você conseguir enxerga-lo como tal.

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