Filosofando
 

Um poeta sem limites - 17/05/2012
Éder Roberto Dias

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Eu não faço questão de ser tudo! Mas posso ser o que eu queira ser diante do muito que me cerca e condensa a viver os muros de muitas lamentações.

Que transpassam a realidade de meus sonhos, que moram em casas vazias e distantes do meu lapso de existência. Não faço questão de ser tudo!

Pois o tudo é um nada que se apresenta mentirosamente diante da afeição de nobres mortais que morrem de cansaço e tristeza por olhar o que não existe.

O que somos ou podemos ser? Talvez poetas sem limites de aprisionamento ou intercâmbio com um mundo que deposita dejetos em terras férteis e inocentes.

Somos o acaso da opressão, a liturgia de um bêbado que cai na sarjeta de seu nobre e importante desfalecer alcoólico.

De relevante não levamos nada ou tão pouco teremos a tremedeira da dependência de um vicio que nos corrói a decência e o direito a vida.

Desejaremos ser um frite paralisante qualquer a nos misturarmos com os medos que nos impede de voar por nossos vales floridos de luz e cor. Quem realmente somos?

Uma realidade morta diante a sepulturas que nos impedem de ver, sentir e aplicar-se com hegemonia e muita luz ao que sentimos e projetamos.

Esquecemos que um poeta serve de referência as muitas intransigências que não devemos viver.

Loucos saudáveis diante a normais adoecidos pela pressa em chegar além de seus próprios limites que se limitam a sonhos de muros, concreto e moedas monetárias de troca e riquezas.

E qual é a troca que existe nisso? Talvez a da morte dos sentimentos e do tempo em refletir sobre sua própria verdade! Por onde anda a nossa verdade?

Ela está na poeira dos ônibus, nos gases contaminados que respiramos junto ao oxigênio que não oxigena mais os nossos tão sofridos e mal trabalhados cérebros. Ninguém entende ninguém!

As falas são dialetos exclusivos a alguns que nada sabem ou sentem. Somos acionadores de botões que explodem uma bomba atômica na exclusividade de nossa intimidade.

O corpo torneado e volumoso em músculos invade a sabedoria que uma mente saudável não consegue encontrar em suplementos energéticos ou exercícios que alimentam um consumo do corpo e não do espírito.

Eu não faço questão de ser tudo! Pois ainda movimento uma força que fazem de meus heróis pessoas normais que praticam seus erros e se encontram com seus melhores acertos.

Sou um poeta sem autenticação, validade ou legalidade, mas que segue uma indisciplina que não me limita a nada ou a coisa nenhuma.

Não desejo ser um frite paralisante qualquer ou uma bomba que explode diante de meus medos e dificuldades.

Sou um poeta sem limites para o amor, para a beleza e aceitação que morrerei diante do comportamento egoísta e intransigente de muitos, porém serei vivo aos muitos anos que me farão livre de posturas que enterrem o meu sentir.

O poeta não morreu, foi a inferno e voltou! Para remover a dor dos que se culpam por não verem o florir das flores no sol de setembro.

Por não assistirem ao verão das águas que bronzeiam os olhares dos vivos de esperança. Por todos àqueles que desperdiçam as folhas que caem nas tardes de ventos de nosso melhor e importante outono.

E, por fim, o inverno que nos trás a necessidade do aconchego e da proximidade.

Agora, eu me descubro um poeta que na verdade tem muitos limites a serem vencidos!

Esses limites estão na minha força em ser diferente ante as mesmices que nos são impostas por nossas próprias impossibilidades.

Eu não faço questão de ser tudo!

Mas o tudo pode nos ser o nada!

Éder Roberto Dias: Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente. www.editoragente.com.br. Contato com o autor: ederoamorsemprevence@bol.com.br. Trecho de uma palestra realizada em 10/03/2012. Tema: Não tema o seu amanhã.

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