“Não
tenha sentimento de culpa se não
souber muito bem o que quer da vida. As pessoas mais interessantes que
eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma ideia
do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que
conheço ainda não sabem”. Trecho
extraído do vídeo Filtro Solar.
Por que demoramos tanto para encontrarmos nossa real
vocação?
Desde pequenos, somos altamente influenciados e pressionados a decidir
por uma carreira que nos gere sucesso em tudo: pessoal, profissional,
financeiro, social e por aí vai.
Os primeiros influenciadores são nossos pais, que por muitas
vezes desejam realizar em nós seus sonhos não
realizados. Depois, os pais de nossos amigos, vizinhos, parentes e
até celebridades.
Julgo que a maior dificuldade em descobrimos nossa
vocação e o que realmente nos fará
felizes é o fato de darmos mais importância aos
resultados que serão alcançados, ou seja,
às consequências de nossas escolhas, do que
propriamente à prática de atividades prazerosas.
Mas como aliar todas as necessidades de conquistas materiais com a
prática de atividades profissionais prazerosas?
Meu conselho começa pela quebra de paradigmas, e
aí é como mexer num vespeiro.
Primeiro, é necessário acreditarmos profundamente
que dinheiro é consequência e não
causa. No entanto, até chegarmos nessa maturidade,
é preciso que enfrentemos muitos desafios, como os
“pessimistas de plantão”.
Pessimistas de plantão são aquelas pessoas
medrosas, por muitas vezes fracassadas ou que invejam o sucesso alheio
e, para que outras pessoas não venham a serem sucedidas,
fazem de tudo para desestimulá-las de suas
crenças e sonhos.
Outros dois aspectos fundamentais são: Planejamento e
Coragem.
É importante ter um planejamento claro e com datas definidas
para se saber quanto tempo será necessário atuar
profissionalmente para atender as necessidades básicas e
obter uma boa reserva financeira como segurança.
Já a coragem deve estar presente em todos os momentos de
tomada de decisão; desde a escolha da atividade a ser
exercida à quantidade de tempo e
dedicação que serão investidos, e com
todos os riscos a correr.
Na prática, aconselho que aproveite ao máximo
todas as chances de trabalho, procurando diversificar os segmentos,
cargos e funções.
Não se restrinja a permanecer vinculado a uma empresa pelo
que ela oferece apenas de remuneração e
benefícios, mas sim no reconhecimento e oportunidade de
satisfação. Mude tantas vezes quantas forem
necessárias.
Por fim, acredite que suas realizações,
profissional e financeira, serão resultados da sua
satisfação e entrega pessoal.
Afinal, você só descobrirá que o sabor
de uma pizza poderá ser mais gostoso e prazeroso quando for
à pizzaria e ousar mudar o pedido tradicional.
“Deus nos deu o talento. Cabe-nos fazer descobrir, despertar
e mantê-lo vivo”.
Maurício
Seriacopi
é
palestrante, coach, gestor e consultor empresarial com mais de trinta
anos de experiência nas áreas comercial e
gestão de pessoas liderando equipes multiprofissionais em
empresas de todos os portes.