Especialista fala como incluir o hábito de estudar em meio a
tantas obrigações familiares e profissionais.
Conquistar uma vaga pública, fazer um curso superior ou
atualizar o currículo profissional.
Esses são alguns dos motivos que levam milhares de pessoas
de volta à rotina de estudos.
Para o psicólogo especialista em ciências
cognitivas, Fernando Elias José, é
possível conciliar esta tarefa em meio à rotina
de obrigações, desde que a pessoa esteja disposta
a se dedicar.
“O que eu recomendo é que os estudantes estejam
por “inteiro” em cada momento em que estiverem
vivendo, ou seja, quando estiverem estudando prestem
atenção no estudo e quando estiverem com a
família ou no trabalho vivam esse momento.” fala o
especialista.
Para quem se identifica com essa situação, a dica
do profissional é manter a disciplina e a
organização.
“A frequência do estudo deve ser feita a partir de
um planejamento que deverá ser realizado com metas reais e
palpáveis. Se a pessoa se organizar em estudar uma
hora por dia, por exemplo, deverá fazer isso todos os dias,
pois dessa maneira estará educando seu cérebro
para essa rotina de estudos.” fala Fernando.
Não
se apegue ao “se”
Ao assumir uma rotina de estudos junto ao dia a dia atribulado,
é comum que o sentimento de culpa apareça quando,
às vezes, o que foi proposto não é
cumprido.
Neste momento, a pessoa pode começar a desenvolver
pensamentos que criam verdadeiros empecilhos na hora do estudo.
São pensamentos como: “Ah, se eu tivesse mais
tempo”, “Ah, se eu não tivesse que
trabalhar!”, entre outras situações
para justificar aquilo que deveria ter sido feito.
Em casos como estes, o Dr. Fernando recomenda a troca de pensamentos
destrutivos por pensamentos mais saudáveis, que possam
trazer solução e resultados positivos ao
estudante.
“Ao perceber este erro, o estudante deve sair do
papel de vítima e assumir a postura de
responsável por seus atos, se propondo a resolver a
situação com um novo plano de estudos e
organização.” comenta o especialista.
Fernando
Elias José
é psicólogo, mestre em
Cognição Humana na PUCRS, especialista em
Psicoterapia Cognitivo-Comportamental pela WP Centro de Psicoterapia
Cognitivo-Comportamental, com Curso de Extensão em
Psicoterapia Cognitiva na UFRGS. Ministra palestras e é
membro da Federação Brasileira de Terapias
Cognitivas. Há doze anos dedica-se à pesquisa em
Ciências Cognitivas e vem trabalhando com
preparação para provas e concursos. Realiza
também atividades como consultor comportamental em empresas.