Universo Escolar
 

Excelência em Educação, Compromisso de Todos - 14/09/2011
Deise Urias de Morais

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A escola não sabe o poder que tem. Essa afirmação pode parecer um simples chavão ou mesmo uma espécie de ideologia simplista. Nem um, nem outro.

A escola é o cerne das transformações sociais (ou deveria ser), pois é onde ocorre (parafraseando Paulo Freire) “a humanização do ser humano”.

No entanto, para que o fenômeno da transformação/humanização do ser (e, por conseguinte da sociedade) ocorra de maneira eficiente, devemos pensar a escola como um organismo vivo, tão vivo quanto nosso próprio corpo.

Analogamente, pensemos: para que possamos nos manter saudáveis (física e mentalmente) e socialmente ativos, precisamos de harmonia e equilíbrio no funcionamento de nossos órgãos (todos eles).

Se, por qualquer motivo, parte desse sistema se danifica ou se compromete, as probabilidades de apresentarmos problemas no funcionamento do nosso organismo são elevadas.

Tais problemas apenas não ocorrem, ou pelo menos não de maneira acentuada, quando outro órgão “assume” a função desempenhada pela parte comprometida.

De maneira análoga, a escola pode (e deve) ser vista como o todo que abarca o funcionamento de partes várias (os órgãos da escola).

O professor, os alunos, o gestor, os funcionários (da limpeza, da secretaria etc.), os pais de alunos e todos aqueles que, de maneira direta ou não, interferem no cotidiano da escola são responsáveis pelo bom funcionamento do “organismo escolar”.

Dessa forma, cada um deve tomar ciência de sua “indispensabilidade” dentro do macrocosmo escola.

E mais: devemos nos apressar em aprender a ser o órgão valente, que traz para si maior carga de labor em nome do bom funcionamento do organismo.

E não se trata de trabalhar pelos outros, mas de cumprir de maneira real o que lhe é de dever. E também de escolha.

Afinal, educar é, antes de tudo, um ato de escolha: constituir-se como agente educador transcende, indubitavelmente, a posse de um certificado de graduação; implica comprometimento social e responsabilidade humanitária.

Por isso, a busca pela excelência em educação exige mudança de postura dos indivíduos envolvidos no processo.

Necessitamos com urgência do comprometimento e da responsabilidade dos agentes; não de uns poucos, mas de TODOS.

No momento em que cada um se assumir como órgão de um só corpo e se comprometer com suas funções (inclusive e principalmente sociais), veremos aflorar as transformações passíveis de serem realizadas pela escola, pois essa terá descoberto seu poder.

Deise Urias de Morais é Graduada em Letras pela Universidade de Taubaté - Unitau, pós-graduanda em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Gama Filho. Atua como professora, palestrante, consultora de Língua Portuguesa (com foco no ensino de produção de textos) e revisora de artigos e trabalhos científicos. Autora de material didático para o curso de Letras a distância - Unitau, disciplina Linguagem e Interação (d.uriasdemorais@gmail.com).

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3 COMENTÁRIOS

1 SANDRA CRISTINA - pindamonhangaba
INFELIZMENTE MUITOS PROFESSORES AINDA NÃO SE ASSUMIRAM COMO´ ÓRGÃO DE UM SÓ CORPO E NEM SE COMPROMETERAM VERDADEIRAMENTE COM SUAS FUNÇÕES,MUITOS AINDA ESTÃO PROFESSORES E NÃO SÃO PROFESSORES. QUANDO ISSO MUDAR CCHEGAREMOS A EXCELÊNCIA DA EDUCAÇÃO.
19/09/2011 22:42:23


2 Mateus Corrêa - Pindamonhangaba
Parabéns pelo texto, Professora Deise! Destaco o seguinte trecho para nossa reflexão diária: Necessitamos com urgência do comprometimento e da responsabilidade dos agentes não de uns poucos, mas de TODOS.
19/09/2011 19:47:21


3 Célia Ascenço - Pindamonhangaba
O que fica? Assumirmos nosso papel de educadores, tomarmos a responsabilidade que nos pertence,colocarmos nossa alma de formadores a serviço do outro, contribuindo para que as mudanças que desejamos em nossa vida, em nossa sociedade,possam brotar no interior das escolas em direção a um mundo melhor, com mais e melhores oportunidades a todos. Parabéns pelo texto, companheira!
16/09/2011 00:36:52


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