Balançando de um lado ao outro - 02/03/2011
Eder Roberto Dias
Não é preciso estar em um navio ou balançando em um parque de diversões moderno para entender que o conceito humano está perdendo sua origem!
Originariamente, poderíamos amar o tempo e as diretrizes que pudessem nos levar ao fascínio de uma liberdade ajustada e real, mas o que recebemos é um emaranhado de informações que não valorizam o sentimento como algo normal em nossa vida.
Ouvimos dizer que namorar é ultrapassado, que moderno é ficar passando de mão em mão sem ao menos conhecer o sentido de cada abraço ou beijo. Não há um relacionar-se que possa fazer a diferença entre estar sozinho ou acompanhado.
O moderno não deve trazer a solidão ou o desajuste que influencie negativamente a nossa participação. Temos difundido uma doença comportamental sem controle, pois o amanhã não está longe de quem sobrevive a esse estágio e o futuro pode ser ainda mais dolorido que o agora.
É notório que nossos jovens sofrem de anulação de entusiasmo! Compartilham suas vidas com desconhecidos que desconhecem a si mesmos. Não há como ajudarem-se, não há como estabelecerem um contato que não seja apenas o apelo sexual. Nossas novas gerações são livres para criar, para serem unificadores de uma capacitação que não tivemos em nossa época.
O que temos vivido é a incompreensão de uma evolução que parou de crescer e, vem se tornando, uma dúvida para o futuro. Graças a Deus existem criações que não se vendem a um modernismo barato e sem ótica!
Essa visão pode ser encarada como preconceituosa, mas o que não se pode deixar de dizer é que temos jovens inteligentíssimos, com mais recursos e informação. A inteligência vem sendo apagada pela dificuldade inerente a nossa preocupação: o que devemos fazer para mudar tudo isso?
Estabelecer regras comportamentais que validem o respeito e a prática familiar. O moderno deve ser distribuído com a mescla dos ensinamentos passados que nunca passam. São tão atuais quanto à tecnologia do hoje que se desgasta no dia seguinte.
O ser humano não se modifica, evolui! O aperfeiçoamento da mente deve nos servir de crédito e valorização. Esquecemos que o ontem nos trouxe ao hoje e, que o hoje nos levará ao amanhã.
Não devemos perder tempo com despropósitos menores! Os vícios modernos não fazem bem ao amadurecimento de homens e mulheres que se perdem com uma procura que não está no poder de um entorpecente, álcool ou de beijos que não são lembrados no dia seguinte.
Ensinar é uma meta que não deve ser esquecida. Calar-se, anulando a nossa visão ao que acontece apenas ampliará nossa culpa no futuro de nossos rebentos. Balançamos de um lado ao outro quando ouvimos coisas absurdas e sem nexo.
Valores continuam sendo valores! O ciclo natural da vida nos faz envelhecer e recriam as mesmas buscas que atuaram em nossos pais, avós e em nossas vidas. O descaso e a falta de carinho são um termômetro que indica o momento para refazermos nossa própria conduta.
A cultura é o remédio que todos devemos consumir! Deixaremos de ver grupos de jovens que têm dificuldades de estabelecerem uma comunicação expansiva e necessária. A língua portuguesa agradeceria! Não ao conformismo da preguiça, do acomodamento e do se dar sem sentimentos que valham a pena.
Cada momento vivido deve ser uma lembrança a ser lembrada nos instantes difíceis, pois serão elas o conforto com a constatação de nosso envelhecer.
Um beijo com amor, um abraço com emoção, um carinho com desejo trazem conforto e satisfação, anulam o sentimentalismo barato da insatisfação com relação ao nosso estar. Estamos vivos entre a sofisticação de uma tecnologia que nos aproxima do mundo e de todos, porém estamos desaprendendo que o homem é um ser que deve compartilhar emoções.
Enquanto acentuarmos a devassidão como algo moderno, construiremos pessoas inseguras, desumanas e entristecidas. Veja-se no amanhã e em como você deseja estar! Desse modo, saberemos como ensinar sem temermos represárias que nos tornem inseguros no ato mais simples que é desejar uma vida melhor a quem realmente possamos amar.
Eder Roberto Dias é escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente.
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