Diário de Classe
Camila Hayashi Psicopedagoga pelo Instituto Nacional de Pós-Graduação, cursando MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas; Coordenadora Educacional da empresa Planeta Educação. E-mail: camila.hayashi@fk1.com.br

Dislexia e o processo de aprendizagem - 16/02/2011
Camila Hayashi

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A Dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na leitura, escrita e soletração. É uma condição genética e hereditária, com alterações no padrão neurológico, e não está relacionada à alfabetização deficiente ou à personalidade.

Para diagnosticar esse distúrbio, é necessário consultar um profissional que dará as orientações e estímulos corretos para tratar o problema. Na maioria dos casos, a dislexia é diagnosticada na infância em que as manifestações são mais claras, mas isso não significa que o diagnóstico seja fácil.

Os principais sintomas aparecem na idade escolar e, entre os mais comuns, destacam-se:

- apresentar dificuldade de escrever ou ler / baixo rendimento escolar;

- entender o que lê somente quando lê em voz alta, para poder ouvir o som da palavra;

- omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;

- estar no “mundo da lua”; dispersão;

- ter dor de barriga na hora de ir para a escola e ter febre alta em dias de prova;

- pensar por meio de imagem e sentimento, não com o som de palavras;

- não ter atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;

- com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído.

E de que forma a dislexia pode influir nas relações familiares ou vice-versa? Primeiramente, é preciso estar atento ao desenvolvimento da criança. Qualquer sintoma deve ser um alerta para os pais e educadores, que devem procurar ajuda médica.

Os sintomas mais comuns se manifestam na pré-escola. A dislexia costuma provocar dificuldades de relacionamento, inicialmente na escola e depois na própria família com os pais e irmãos.

Por conta do baixo rendimento escolar, dispersão e baixa autoestima, as crianças se sentem incapazes de realizar muitas tarefas e lidam com o medo, pressões e sentimentos de rejeição.

Nesse momento, é fundamental o apoio da família! As dificuldades serão superadas com mais êxito se a criança se sentir amada e protegida por aqueles que são sua referência de vida. Independentemente de os pais passarem por alguma crise no casamento ou crise financeira, os filhos precisam ser preservados desses problemas ao máximo. São muitos os benefícios quando os pais e os educadores trocam informações e buscam apoio e estímulos em prol da criança.

O profissional mais adequado para trabalhar com o disléxico é o fonaudiólogo, pois sua principal dificuldade é fazer a relação letra e som. Mas dependendo do grau da dislexia (leve, média ou severa) e do tipo (visual, auditiva ou mista), um psicopedagogo também poderá acompanhá-lo.

Os adolescentes e adultos disléxicos normalmente têm a autoestima muito rebaixada e necessitam de acompanhamento psicológico. Em alguns casos, quando a dislexia não é tratada, a criança tende a se tornar um adulto com dificuldades emocionais (de relacionamentos, trabalhos e tomada de decisões).

O desequilíbrio emocional traz depressão e ansiedade e pode levar ao consumo de álcool e drogas. ou seja, quanto antes for diagnosticado, melhor.

Dicas para combater a dislexia

- Ler histórias que estejam de acordo com a faixa etária da criança.

- Tornar a leitura parte do cotidiano, solicitando à criança que leia textos de seu interesse 10 minutos ao dia.

- A tecnologia também é uma aliada muito importante! Softwares educativos desenvolvem a leitura, a memória, a atenção e outras áreas importantes do cérebro.

- Demonstre conceitos abstratos. Por exemplo: água passando do estado líquido para o estado de vapor.

Apesar das complicações, engana-se quem pensa que o disléxico não é inteligente. Com o passar dos anos, ele saberá contornar as dificuldades e encontrará alternativas para lidar com as suas próprias limitações.

Trabalhar os estímulos em um disléxico desde a infância é de extrema importância. Ao fazer o tratamento, cada paciente ao seu tempo, os resultados vão garantir ao disléxico uma vida mais saudável e equilibrada. No presente e no futuro!

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2 COMENTÁRIOS

1 LILIAN JANE - MONTES CLAROS/MG
CAMILA E DEMAIS COMPANHEIROS DE OFÍCIO, SUGIRO DE CORAÇÃO QUE ASSISTAM AO FILME LIKE STARS ON EARTH DE TAARE ZAMEEN PAR. COMO ESTRELAS NA TERRA. É LINDO E RETRATA MTÍSSIMO BEM A QUESTÃO DA DISLEXIA. RECENTEMENTE NO COLÉGIO TIVEMOS UM ENCONTRO PEDAGÓGICO EM QUE A MÃE DE DUAS CRIANÇAS DISLÉXICAS NOS OPORTUNIZOU O FILME E, JT DAS PROFESSORAS DELES COM RELATOS MARAVILHOSOS ELES EXPUSERAM SOBRE O TRABALHO E A FELICIDADES DAS CRIANÇAS AO SEREM TRABALHADAS COM AMOR. TDS OS FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ASSISTIRAM AO VÍDEO. TDS CHORARAM, EMOCIONARAM COM O FILME. PERFEITO MESMO!!!.... TDA ESCOLA DEVERIA SENSIBILIZAR SEUS FUNCIONÁRIOS NÃO SÓ PROFESSORES DESDE O INÍCIO DO ANO!... QUEM SABE ASSIM TERÍAMOS EDUCADORES E NÃO APENAS PROFESSORES!.... FICA A MINHA SUGESTÃO!....
27/05/2011 00:58:10


2 Rafaella Souza - Pindamonhangaba/SP
A Dislexia, está mais presente do que imaginamos, mesmo que sem laudo, conseguimos detectar dificuldades de aprendizagem, mas será que conseguimos lidar com todas essas inclusões? Penso que sim, é preciso primeiramente entender o que significa, e, ainda que pouco, tentar mudar a situação! Assim como atecnologia é um aliado para os dislexos, também para nós, existem na rede muitas dicas em como trabalhar com essas pessoas! Parabéns Camila por compartilhar informações tão importantes e necessárias para nós educadores!
14/03/2011 11:40:26


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