Carpe Diem
Marcelo Guilherme Moreira Diretor de Produto da Planeta Educação: - Mestrando em Direção Estratégica pela Universidad Europea del Atlántico, Santander ES; - Graduado em administração pela Universidade Federal de Ouro Preto; - Tecnólogo em Processamento de Dados pela Universidade São Judas Tadeu.

Ao vencedor, as batatas! - 07/07/2010
Marcelo Moreira

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Como explicar o sentimento de perda diante de uma não vitória? Há como?

Penso que a história muitas vezes nos mostra que sim. É grande a galeria de desportistas campeões que não nos saem da lembrança

Mas existem exemplos claros que a competição sadia valoriza a todos que se propõe a participar, a brigar, a dar sangue, a dar amostras de seus talentos.

Não quero aqui ressaltar o jargão politicamente correto que diz “O importante é competir”. Não! O importante é fazer, é mostrar, é realizar e, partindo deste princípio, não existe um vencedor, existem vencedores.

Vencer é bom, gostoso, alimenta nosso ego, mas não se pode esquecer o caminho percorrido, a realização que é fazer, que é construir uma história por meio do que se pode sonhar.

Provavelmente pouca gente se lembra da vencedora da maratona feminina das olimpíadas de 1984 (http://www.youtube.com/watch?v=t2_Xu7AXAdY), duvido que alguém queira ver um velho vídeo da americana vencedora, no qual ela está ultrapassando a linha de chegada...

Mas existe uma imagem desta prova que está eternizada. A 37a colocada, a Suíça Gabriele Andersen de 39 anos que adentrou o estádio olímpico de Los Angeles toda torta e passando mal, caminhava com muita dificuldade, mas não tirava os olhos da linha de chegada.

Eu me lembro como se fosse hoje, eu tinha 13 anos, os olhos de minha mãe lacrimejavam ao ver aquela mulher sem forças caminhando como se estivesse bêbada.

Em um determinado momento, um médico correu pra ela, mas ela não permitiu aproximação. O médico então passou a andar do seu lado e, comovido, gritava palavras de incentivo.

Outros profissionais de saúde passaram a andar na beira da pista, sem se aproximar. Gabriele, sem forças, cruzou a linha de chegada e caiu, mas os três médicos não deixaram que o corpo daquela gigante tocasse o chão.

Naquele momento Gabriele entrou pra história. O mundo aplaudia e chorava de boca aberta pela 37a colocada. A primeira colocada, esta é apenas mais uma campeã.

Não quero aqui minimizar a conquista dos campeões, a eles os louros e o mérito de ter mostrado algo diferente que os colocou nesta condição.

O que quero aqui é exaltar aqueles que tinham na competição um motivo para desfilar seu talento, mostrar seu trabalho, tenho certeza que, neste caso, a mensagem terá sido transmitida.

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1 COMENTÁRIOS

1 Verônica B dos Santos - Corumbá
Adorei seu texto, para refletirmos que na vida é gostoso ter vitórias, mas o que realmente faz a vida é o cotidiano de se fazer da melhor forma possível, mesmo que para isso não se ganhe lauréis, mas sim a consciência do dever cumprido.
11/07/2010 22:11:04


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