Melhoria Contínua - 19/04/2010
Wellington de Souza
Muito se fala sobre melhoria contínua hoje em dia. Mas como explorar máximo de nós mesmos? Vou usar uma parábola, li num livro há cerca de um ano.
O livro, “O DOADOR DE SONHOS, de Bruce Wilkinson, traz uma em se tratando de rotina, motivação, comodismo, entre outros assuntos. A personagem principal é um jovem chamado Comum. Ele recebe esse nome justamente para que o leitor identifique-se com a personagem.
Comum, acordava todos os dias bem cedo para o seu trabalho usual. O nome do trabalho tem a mesma função do nome da personagem, assim como o nome da cidade onde nasceu e morava: Familiar. E, finalmente, quem nasce em Familiar é o famoso Zé-ninguém.
A história começa com a cidade Familiar, lugar onde a rotina reinava soberana. Nada acontecia na cidade. Pelo menos nada que já não tivesse acontecido. Dessa forma era fácil saber o que iria acontecer no dia que se iniciava, sendo que esse sossego e segurança eram muito atraentes para todos os felizes zés-ninguéns.
A vida de um Zé-ninguem em especial, o Comum, resume-se em sair para seu trabalho usual, voltar para casa, assistir TV, dormir e, no dia seguinte, tudo novamente. Até que um dia, Comum teve sonho. Um grande sonho. Tão grande que seria impossível realizá-lo na pequena Familiar.
Comum, neste momento, vê-se diante de um dilema: continuar na cômoda Familiar ou ir em busca de seu sonho. Uma escolha aparentemente difícil. Não para Comum que, empolgado, escolheu buscar seu sonho. Muitos tentaram o convencer do contrário, e o problema é que a maioria deles era pessoas que ele amava e que queria seu bem. Não foi fácil atravessar a fronteira. Pior ainda foi conviver com incertezas e privações ao longo do caminho que o separava de seu sonho.
Resumindo, apesar de tudo o que passou, Comum realizou seu sonho. Porém a alegria, o prazer e a euforia passaram após algum tempo. Até que chegou um dia em que Comum já sabia o que iria acontecer no dia seguinte. O que era grande demais para ele se transformara em rotina novamente. E, de novo, Comum sente-se um Zé-ninguém. Até que ele tem um novo sonho. Grande sonho. Tão grande que seria impossível...
Essa parábola é realidade na vida de muita gente. A cidade Familiar representa a nossa zona de conforto, limite que nós mesmos colocamos, é confortável fazer apenas aquilo que dominamos. Buscar cargos mais elevados, maiores responsabilidades traz problemas e nos faz sentir medo. Mas é impossível crescer sem experimentar esse sentimento. Existem pessoas que dizem não conhecer a palavra medo. Se for verdade, isso significa que tal pessoa não costuma arriscar muito, pois no momento em que alguém investe tudo o que tem num negócio ou assume um cargo de destaque e responsabilidade na empresa, é normal sentir insegurança e medo.
Isso não significa que essa pessoa seja medrosa. Coragem não é ausência de medo, mas é a ação apesar do medo e da insegurança. Medo e insegurança não podem limitar você, não podem impedi-lo de vencer e de ser melhor.
O que caracteriza uma pessoa medrosa ou covarde é justamente o fato de que este tipo de pessoa abre mão do crescimento, do sucesso profissional e pessoal por medo de arriscar.
Aprendemos mais uma coisa com a história de Comum. Observe que após Comum ter conquistado seu sonho, cresceu tanto que se tornou uma pessoa capaz de feitos muito maiores. Mas o detalhe mais importante é o título do livro: “O DOADOR DE SONHOS”, quem é ele?
É o próprio Deus, que sabe que podemos ser muito melhores que somos e nos dá sonhos para nos motivar a crescer. Quando abrimos mão de nossos sonhos, abrimos mão de nosso crescimento e de nosso sucesso. Lembre-se da sutil diferença entre uma pessoa corajosa e uma pessoa medrosa, não está na presença ou na ausência do medo, mas está na atitude tomada apesar do medo.
Lembre-se: Melhorar continuamente depende de ação.
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