O Professor Ideal - 14/12/2009
Qualidades indispensáveis para melhorar a educação
- Possui autonomia intelectual
- É capaz de estabelecer diálogo crítico com o mundo
- Facilita aprendizagem
- Interage com o contexto social e cultura dos alunos
- Tem consciência de que deve se manter atualizado
"É um profissional do desenvolvimento da
dimensão humana, da cultura e das interações sociais"
Características essenciais para os cursos
- Formação deve estar associada à prática
- Devem ter fundamentos da educação em história, psicologia, sociologia
- Devem ter disciplinas de formação pedagógica
- Devem ter disciplinas dos conteúdos das séries em que vai lecionar
(Fonte: Revista Educação, Ed. 150, Artigo: Raio X para novas práticas)
Procura-se o professor ideal. Quem é ele? A Revista Educação apresentou, como pudemos ver no início deste texto, algumas indicações daquilo que se espera deste profissional. Há algum tempo, em outros artigos, trabalhei informações do Estadão, através das quais se falava de um educador antenado, ligado nas tecnologias, capaz de estar presencial e virtualmente próximo de seus alunos.
Nesta apreciação da Revista Educação, o foco é outro... Fala-se sobre formação mais qualificada, associação da prática profissional com aquilo que se aprende na graduação, da necessidade de sólidos fundamentos em pedagogia (com destaque para história, sociologia e psicologia), do domínio e segurança no trabalho com os conteúdos específicos de cada disciplina e ano escolar com o qual o trabalho vai ser realizado, da qualificação didática do profissional da educação. Temas que deveriam ser basilares para os professores e, mais ainda, cobrados, pelos estudantes e também pelo MEC, das universidades e faculdades que formam esta tão imprescindível seara profissional no país.
Agora, também surgiram pormenores da formação que estão associados não apenas à graduação e às especializações na área... Fala-se de autonomia intelectual, criticidade na relação com o mundo, capacidade de facilitar a compreensão e o trabalho do aluno em sala de aula, atualização quanto ao que ocorre no mundo e, ainda, capacidade de interagir e se relacionar com os alunos, conhecendo sua realidade e valorizando seus saberes prévios...
Fico feliz ao ver tudo isto sendo colocado... Tenho pessoalmente levantado estas bandeiras através do Planeta Educação e do blog Escolhendo a Pílula Vermelha desde que comecei a atuar nesta frente virtual de comunicação e troca de ideias, socializando a necessidade destas práticas desde 2002!
Como disse, melhorar a formação dos professores na universidade é elemento primordial dessa transformação. Para os que já estão no mercado de trabalho cabe buscar aquilo que ainda não é parte de seu acervo de saberes e práticas, participando de novos cursos, formações, debates, oficinas, palestras e, também, lendo muito, trocando ideias com os colegas, experimentando e não apenas se acomodando com o que já possui ou realiza...
É decisivo para a educação, o país, os professores e, principalmente, para nossos alunos, que estejamos conscientes e engajados para que o professor qualificado, pleno e próximo do ideal, esteja nas salas de aula brasileiras... E digo próximo do ideal porque não podemos nos iludir pensando que em algum momento já chegamos lá... Sempre precisaremos de mais subsídios, intercâmbio, informações, cursos, leituras e, neste sentido, estamos em permanente construção...
1 Lucas Augusto Monteiro de Castro - PirangaMG
O texto lembra as 10 competências de Philippe Perrenoud, mostrando a importância do envolvimento profissional e da valorização do docente por sua busca ou mérito. Algumas ponderações precisam, no entanto, ser feitas. Existe o professor ideal? Será que o magistério representa uma imprescindível seara profissional no país? É claro que, através de um olhar mais apurado sobre o texto, notamos o discurso patronal da formação continuada dos docentes, da busca por novas pesquisas e conhecimentos e da aplicação desta prática em sala de aula. Considero estes argumentos válidos e importantes para uma escola melhor. Como leitor dos editoriais e frequentador do site, continuo cobrando editoriais que publiquem, por exemplo, matérias sobre a gestão política e estratégica de recursos para a educação, artigos que mostrem de maneira mais clara a política assistencial e eleitoral de esmolas que norteia a educação básica, textos que abordem a participação das comunidades e conselhos populares no planejamento escolar, idéias que dão ênfase à gestão democrática descentralizada do processo hierárquico e decisório em cada escola através dos PDE`s, comentários que citem os envolvimentos das escolas públicas de educação básica em parcerias com o setor produtivo privado e, principalmente, que falem com ênfase sobre a real política de recursos humanos para os profissionais do magistério. Esta diversidade de situações, amplia ainda mais o horizonte de perspectivas educacionais. Concordo que os temas acima colocados são algumas vezes citados, mas sem o tom de cobrança que se observa com relação aos professores, eternos responsáveis diretos pelo fracasso escolar. A cobrança feita aos docentes , direta ou indireta como mostra o texto, é sistêmica neste editorial. Ela é importante, mas está sujeita a virar lugar comum se outros enfoques de aperfeçoamento e de exigência não forem colocados em prática. Tenho plena consciência que o foco dos problemas da educação brasileira é complexo e multifacetado. Espero, algum dia, ter a alegria de ver um editorial com os títulos: O gestor ideal! A privatização ideal na educação! Educação e Estado mínimo ideal! Educação e concentração ideal de renda! Sucateamento ideal do Estado e os nós que estrangulam a política educacional no Brasil! É possivel sonhar com esperança quando aproximamos o ideal da realidade. Um abraço.
14/01/2010 11:13:31
2 Giselle Valladao - Rio de Janeiro
Amei o artigo...é muito lindo!!!!
Ser professor é mais que uma profissão, é um dom!!!!
15/12/2009 11:41:12
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