Aprendizado e a Síndrome de Down - 04/08/2008
Fábio Adiron
Bem antes do Melero (que o Gil, eu e muitos outros por aqui temos como referência), um educador, psicólogo e ativista americano negro chamado Kenneth Bancroft Clark já declarava que "Crianças que são tratadas como ineducáveis, quase que invariavelmente, tornam-se ineducáveis”.
Na época ele se referia aos negros americanos marginalizados, colocados em classes especiais (sim, porque afinal, eles eram outra raça, com necessidades específicas, padrões de aprendizagem próprios...) e, a priori, definidos como pessoas que não eram educáveis.... não tinham a mesma capacidade dos brancos, eram mais intuitivos que racionais e, pior, estavam num estágio
inferior de civilização.
Ah...também os negros eram considerados pessoas que só podiam aprender trabalhos manuais e tarefas repetitivas.
E diziam que eles não tinham capacidade de abstração...
Claro que, como não eram educados, continuavam sem educação. Sem educação não tinham trabalho. Sem trabalho não tinham sequer perspectiva de vida.... e continuavam marginalizados.
Clark foi o primeiro professor negro do City College em Nova York, depois acabou sendo convidado também para dar aulas em Columbia, Harvard e Berkeley.
Nos seus estudos , Clark concluiu que a segregação provocava danos
psicológicos às pessoas e seus estudos levaram à decisão da Suprema Corte Americana que baniu a educação segregada. Sabem qual foi a base do estudo dele? O estudo da preferência das crianças por bonecas brancas...
Quando eu falo a respeito dos negros as pessoas certamente concordam comigo que essa situação não era provocada pela cor da pele, mas pela sociedade que os cercava. Poderia falar das mulheres (que foram segregadas antes, e ainda o são em alguns países) e também todos concordariam que o problema é da sociedade e da cultura.
Por que que, quando falamos que "o ser deficiente" tem um componente social e cultural que provoca essa situação em relação à educação (ou seja, a tal da especialização), ficamos tão resistentes à essa afirmação? Ah... porque a pessoa com deficiência tem um componente biológico específico....ué (ou uai, como mineiramente diria o Gil), mas as mulheres também têm componentes biológicos diferentes dos homens, vamos separar de novo a educação em
classes por gênero? Ah.... porque a pessoa com deficiência tem um laudo médico...(já ouvi tanto isso de professores), se o problema for de laudo médico, também podemos fornecer a respeito dos negros (têm melanina em excesso).
O nosso modelo "pseudoeducativo" (entre aspas mesmo como escreve o Melero) que defende essa escola "especial" é meramente assistencial e caritativo. É um modelo que define a deficiência das pessoas como única causa dos seus problemas de aprendizagem, tudo isso apoiado médica e psicologicamente. Esse mesmo modelo que nunca busca uma possível causa na sociedade e na cultura.
O modelo de intervenção (sim, porque é uma intervenção e não uma estratégia pedagógica) é individualizado e o currículo definido pelo déficit, ressaltando as incapacidades e não nas possibilidades dos alunos.
Por isso que eu também defendo que esse é um problema ideológico, mais do que um problema pedagógico, pois está focado na homogeneidade e não na diversidade. Na defesa de uma estrutura sociocultural que não pode ser mudada (status quo). Mudança implicaria desestruturar os modelos de ensino e avaliação de séculos (até porque a escola foi uma das coisas que menos evoluiu estruturalmente na nossa história). Ideológico porque combate
o modelo assistencialista (que é fundamentalmente um modelo baseado na crença de que fazer bem ao próximo significa tratá-lo como um coitadinho que merece nossa pena).
Ou confiamos que as nossas crianças (e qualquer criança) seja capaz de aprender ou vamos educá-los para serem adultos inúteis, marginalizados e dependentes (dos pais, do "paizão" governo ou de entidades que os acolham).
Todos vão aprender matemática? Duvido. Eu, até hoje, não consegui entender um monte de coisas que me ensinaram (não sei até hoje para que serve saber o que é um dígrafo ou uma oração coordenada assindética)... e duvido que qualquer pessoa seja capaz de se declarar conhecedor de todas as ciências, artes e ofícios.
Matemática suficiente para a autonomia para todos (seja com calculadora, computador ou sorobã). Algoritmos para alguns. Português, ciências, literatura, história.... para todos, e que cada um vá adiante naquilo que gostar mais, mas que a nenhum seja sonegada a oportunidade de conhecer tudo e de todas as formas.
Um abraço.
Fábio Adiron - Inclusão: ampla, geral e irrestrita (http://br.groups.yahoo.com/group/sindromededown/
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=74419)
1 julia celeste g. solaz - pelotas
É importante frisar esta responsabilidadeconjugada engloba os próprios alunos, os professores,as equipes diretivas e pedagógicas,os funcionários,e, finalmente ,os gestores do projeto político pedagógico.Particularmente as experiêcias com meus alunos tem sido mioto gratificante e sou a favor da inclusão.Devese contudo dizer que tem muita dor ,muita caminhada e muitas brigas para avnçar dentro do que a priori.E jubnto ainda precisamos muitos recursos interdisciplinar nos acessorando.E ainda muito estudo e humildade.
20/12/2010 18:47:45
2 gil - rj
oi gente uns tres anos atras começaram os sintomas começou com uns pequenos desiquilibrio ,hoje ja tenho muita dificuldade em andar e ao falar hoje vou fazer 25 anos , demorei muito tempo para acha o diagnostico certo para saber o problema que vem me afetando fui no otorrindo e muitos outros medicos até que descobri que meu tio tinha o
mesmo problema e fui no neurologista que pediu para mim bater uma ressonancia do cranio gente eu sei que este tipo de doença náo tem tem cura aos olhos do homem + creio no meu deus todo poderoso que cura salva e liberta.
15/05/2010 22:18:47
3 Eduardo gil barroso - arujá/sp
Oí eu queria saber sobre as pesquisa recentes sobre ataxiaFA.OBRIGADO
22/10/2009 14:18:21
4 lindalva de Freitas Martins - Anchieta ES
Gostaria de saber tudo sobre ataxia pesquisas remédios o que tiver pois meu esposo tem ataxia e parece ser adquirida já que os exames de DNA possíveis de serem feitos deram negativos se possivel me informar sobre todas as possibilidades de se adquirir este problema.Desde ja agradeço.....
16/09/2009 15:57:34
5 Paula Juliana - Caruaru PE
Adorei esse site...estou fazendo um relato de caso em pacts. com ataxia telangiectasia SINDROME DE LOUIS_BAR gostaria de receber artigos que falam sobre essa patologia
Desde jà fico grata!
13/08/2009 20:36:21
6 Alesandro Sanchez - Jaú
oi, tenho 34 e tenho ataxia nao identificada trato em ribeirao preto , percebo que minha coordenacao motora esta piorando tomo os medicamentos selegine e rivotril. por favor se alguem souber de algum lugar ou q tenha mesma ataxia que tome outros medicamentos .. me escreva le_jausanchez@hotmail.com Obrigado
02/08/2009 20:27:44
7 Lucilene Muniz - FortalezaCE
Foi diagnosticado recentemente em minha mãe ataxia da marcha. Inicialmente ela começou o tratamento como doença de Alzheimer. O mesmo foi descartado por não apresentar nenhuma rigidez ou tremores nos membros inferiores, superiores e cabeça. A conclusão clinica através do exame eletroneuromiografia foi a possibilidade de radiculopatia LS baixa, com predomonio crônico, principalmente de L5 à direita. Recomendando a correlação clínica. Gostaria de orientações sobre tratamento adequado, para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mesma. Ela está no momento com 82 anos e tem muita vontade de viver.
25/07/2009 17:44:47
8 adilson silva junior - guarulhos
para aqueles que se identificam com os sintomas de ATAXIA, antes de se dirigirem ao Hospital São Paulo, estejam em mãos o encaminhamento de seu médico,pois por não possuir o mesmo eu não fui atendido
08/07/2009 15:55:05
9 geovane de souza passos - Goiânia GO.
Depois de tentar em várias especialidades, exames, encontrei a palavra ataxia, em que, pelo menos na teoria, se trata de todos os sintomas que sinto. Aqui em Goiânia, não estou tendo suporte para tentar diagnosticar meu problema....Já perdi até o emprego. Vocês podem me ajudar?
03/07/2009 18:15:58
10 fernanda - ourinhos
meu pai descobriu que tem ataxia de marcha eu ,gostaria de receber informações sobre tratamento , já que não tem cura tratamento que melhora a vida dele
30/05/2009 12:06:33
11 MARCELO MIRANDA - RIBEIRAO PRETO
EU GOSTARIA DE SABER SE VCS JA VIU ALGUM CASO COMO O MEU.
TENHO 40 ANOS,COM 38 ANOS FIZ UMA CIRURGIA DE APENDICE,SÓ QUE DEU ADERENCIA DE INTESTINO,PEGUEI SEPTICEMIA,FIQUEI 10 DIAS EM COMA INDUZIDO,FIZ DIALISE,TIVE CANDIDA,CONFUSAO MENTAL,AVITAMINOSE,EMAGRECI 20 KILOS,FIQUEI 48 DIAS INTERNADO,TIVE ALTA E QUANDO EU COMECEI A ANDAR PERCEBI QUE NAO TINHA EQUILIBRIO,MINHA FALA COMEÇOU A FICAR ENROLADA,PROCUREI UM NEUROMUSCULAR,JA FIZ DEZENAS DE EXAMES,BIOPSIAS E CIRURGIAS E NAO ACHAM NADA.ESTOU FAZENDO FISIOTERAPIA.VOCES TEM ALGO QUE PODE ME AJUDAR,POIS EU NAO AGUENTO MAIS. MEU TEL.É 01639664248
12/01/2009 16:37:08
12 Rúbia Simey - Petrolina Pe
Essa matéria me foi muito útil. Acabei de descobrir que minha filha de 5 anos tem ataxia,
procuro informações e ajuda.
21/10/2008 09:44:26
13 Marilene - RJ
Gosto muito das informações que recebo só não consegui ainda fazer contato com portadores da Machado Joseph.
11/10/2008 17:24:25
14 CRISTIANA - BIRIGUI
ESTE DOCUMENTARIO É MUITO IMPORTANTE PARA QUEM TEM ATAXIA , PRINCIPALMENTE PORQUE TEM OS CONTATOS , MAS SERA QUE É TÃO FACIL CONSEGUIR OS CONTATOS?
TENHO LUTADO MUITO PARA CONSEGUIR MÉDICOS ESPECIALIZADOS MAS ESTÁ DIFÍCIL , POIS NINGUÉM DA MUITA ATENÇÃO PARA ESSE TIPO DE PROBLEMA.
26/09/2008 12:48:59
15 ris - birigui
este documentario é muito iportante para quem tem ataxia
20/09/2008 08:23:09
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