Assaltaram a Gramática
Prof. Eduardo Fernandes Paes  Formado em Letras (Português-Literatura) pela Universidade Gama Filho - RJ -, com especialização em Tiflopedagogia. Promove cursos de Atualização em Língua Portuguesa, Informática para cegos e Sistema Braille.

Um toque na língua - 19/06/2008
Aulas 11 e 12 do Professor Edu

'

Lição 11

Lição 12

"A competência para grafar corretamente as palavras está diretamente ligada ao contato íntimo com essas mesmas palavras. Isso significa que a freqüência do uso é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Além disso, deve-se criar o hábito de esclarecer as dúvidas com as necessárias consultas ao dicionário. Trata-se de um processo constante, que produz resultados a longo prazo." (Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante, Gramática da Língua Portuguesa).

PROCURE LER TAMBÉM EM BRAILLE, ELE O AJUDARÁ A FIXAR MELHOR A GRAFIA DAS PALAVRAS.

"Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma, continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O Professor, assim, não morre jamais..." - Rubem Alves.

"É pela educação, mais do que pela instrução, que se transformará a Humanidade." - Allan Kardec.

UM TOQUE NA LÍNGUA - Lição 11 (13 de junho de 2008).

Após uma semana de intensas chuvas e de temperaturas quase glaciais,segundo os cariocas mais friorentos, vamos encontrar de volta à pracinha em frente ao colégio, o Professor Edu e boa parte de seus alunos para mais um Dia do Tira-Dúvidas.

- Olá, Professor Edu! Nossa, choveu tanto na semana passada que até pensei que teríamos de vir fazer as provas de canoa ou barquinho...

- É verdade, Norminha. Há muito tempo que não chove tanto assim no mês de junho aqui no Rio, e fazendo também este frio tão intenso. E do jeito que a maioria dos cariocas ama o sol e o calor, deve haver por aí muita gente acendendo fogueirinhas em seus apartamentos para se esquentar.

- Eu, por exemplo, Professor Edu, fiquei estudando esses dias todos embaixo de mil cobertores e edredons; e quase acendi mesmo uma fogueirinha no meu quarto. Ninguém merece este frio! Bruuuu!... Aliás, aproveitando o frio, ou melhor, aproveitando o que eu disse de ficar embaixo de mil cobertas pra fugir do frio, quero lhe perguntar se esse "embaixo", que falei, deve ser escrito junto ou separado?

- Veja bem, meu friento Lucas. Nosso sistema ortográfico possui algumas incoerências. Uma delas é o caso de "embaixo". Quando é que devemos juntar ou separar essa palavrinha? Aí vai então o primeiro toque de hoje para vocês: quando "embaixo" for o contrário de "em cima", que deve ser escrito separadamente, daí a incoerência ortográfica de que falei antes, este "embaixo" deve ser escrito junto. No entanto, se a palavra "baixo" for um adjetivo, então ela será autônoma, como, por exemplo, na frase "muitas pessoas só sabem reclamar em baixo calão, em baixa linguagem".

- Quer dizer, meu bom Mestre, que o meu "embaixo" das cobertas deve ser escrito junto, bem juntinho pra me aquecer mais ainda, né?

- Isso mesmo, Lucas! Pelo fato de seus mil cobertores e edredons estarem "em cima" de você, estes o deixarão bem aquecidinho "embaixo" deles. Guardou?

- Professor Edu, talvez o Lucas esteje com tanto frio assim porque ele é muito preguiçoso!

- Opa, Epa, Opa!...

- Xiiii, Zeca! Quando o Professor Edu vem com esse opa, epa, opa dele, pode esperar que a gente falou alguma besteira... Qual será a asnice que você falou agora?

- Calminha aí, Lucas! O Zeca realmente falou uma palavrinha de modo incorreto, porém este fato de se falar "esteje" e mesmo "seje" está se espalhando entre as pessoas como se fosse uma epidemia; e isto tem me preocupado bastante...

- Me desculpe, Professor Edu. Eu sei que o correto é dizer "esteja" em vez de "esteje", mas é que desejando falar rápido para sacanear o Lucas, acabei não pensando muito bem no que ia dizer. A culpa também é do frio que ainda está fazendo e que não deixa a gente raciocinar direito.

- Fala sério, Zeca! Agora até o frio leva a culpa pelos micos que você costuma pagar!? Puts!

- Lucas, vamos dar uma chance ao Zeca, afinal ele admitiu que errou e até soube retificar o erro. Em verdade, muita gente tem dúvida sobre o uso das formas "esteja" e "seja". Assim como o Zeca empregou impensadamente a forma "esteje" no lugar de "esteja", existe também quem substitua "seja" por "seje". Esse fato lingüístico é perfeitamente explicável porque a terminação "-e" aparece com freqüência no presente do subjuntivo. Lembram-se daquele toque que lhes dei para utilizar na conjugação desse tempo?

- Eu me lembro bem, Professor Edu! O Senhor nos disse que em verbos terminados em "ar" a conjugação termina em "e", como nos verbos falar, explicar, namorar, que possuem suas formas da primeira e da terceira pessoas do singular no subjuntivo desta maneira: "quer que eu fale sobre a festa..."; "quer que ele explique a lição..."; "quer que eu namore com você...”.

- Oba! Claro que eu quero, gata!!! Vamos então pegar um cineminha hoje? Com o frio que está fazendo, não existe lugar melhor pra se namorar. Hummm...

- Sem chances, Lucas! Pode ficar na companhia de suas mil e uma cobertas, porque eu já tenho um gato muito fofinho para me aquecer, ouviu?!

- Olha, Norminha, você lembrou muito bem deste meu toque; mas alguém pode não lembrar de eu ter falado também que, apesar de o certo, pela regra, ser "e" a vogal básica do presente do subjuntivo dos verbos terminados em "ar", isso não acontece com O verbo estar, porque ele é uma exceção . Por exemplo, a frase correta, quando usamos o verbo estar no presente do subjuntivo, é "a diretora quer que eu esteja amanhã na escola para uma reunião de professores"; e não "... quer que eu esteje...". Continue agora sua ótima explicação para seus colegas. Está indo muito bem!

- Certo, Mestre. O Senhor também nos falou que com verbos terminados em "er" e "ir", a conjugação do presente do subjuntivo termina em "a". Por exemplo, nos verbos fazer e correr, temos as formas "quer que eu faça esse trabalho para você?"; "espero que o Rubinho Barrichello corra mais do que o Felipe Massa."

- Ihihihih, agora a garota delirou! Viajou legal mesmo!!! Achar que o Rubinho possa correr mais do que o Massa... Só pode estar delirando!!!

- Luquinhas, dá um tempo, tá legal, cara?!

- Continue, Norminha, continue! Faltam somente alguns exemplos de verbos terminados em "ir”.

- Bem, Professor Edu. Com a terminação "ir" podemos encontrar, por exemplo, os verbos permitir, corrigir, sorrir, formando frases como nós desejamos que a diretora permita a realização da nossa festa junina”; "esperamos que o Senhor corrija sempre nossos erros com muito bom-humor e que sorria sempre para a vida!”Ahahah... Gostou dos meus exemplos, Mestre?

- Gostei de tudo, Norminha: das explicações e dos exemplos também. Parabéns, menina!

- Vou agora concluir este ponto relembrando que a forma "seja" trata-se do presente do subjuntivo do verbo "ser". Como lembrou muito bem a colega de vocês, os verbos terminados em "er" levam a vogal básica "a" no presente do subjuntivo. Exemplo: "desejo que você, Lucas, seja um aluno tão estudioso quanto a sua colega Norminha!".

- Ihihihih... Outro que também está tendo delírios por causa do frio!
Aí, São Pedro! Acho melhor o Senhor melhorar logo o tempo aqui no Rio de Janeiro antes que vá todo mundo para o hospício!

- Tá certo, Lucas! Seja lá o que Deus quiser! Turma, então guardem bem isso: nada mais de "esteje" ou "seje", pois estas formas não existem. O correto é "esteja" e "seja", certinho? Bem, vamos agora comer umas pipocas quentinhas que estão acabando de sair ali naquela carrocinha, já que o cheirinho delas está irresistível. Depois a gente continua o Tira-Dúvidas, ok, galera?

***

UM TOQUE NA LÍNGUA - Lição12 (17 de junho de 2008).

Juntos à carrocinha de pipocas, o Professor Edu e seus alunos continuam descontraidamente o Tira-Dúvidas.

- Mestre, o Senhor, por acaso, já tinha visto antes um pipoqueiro japonês?

- Não, Lucas, realmente ainda não tinha visto. Por quê?

- Porque o Manuel aí, nosso pipoqueiro preferido, apesar de falar sem sotaque e ter esse nome bem português, é japonês legítimo. Não é mesmo, Manuel? Aliás, não tá na língua, mas tá na cara a origem dele, né, amigão?

- Sim, Lucas. Nasci no Japão e vim para o Brasil ainda muito pequeno. Meu pai era japonês; e minha mãe, portuguesa. Uma combinação bem incomum, não é verdade, Professor Edu?

- É verdade, Manuel. Ficou bem interessante essa combinação étnica. Na sua casa, devia haver uma mistura de aspectos culturais que lhe proporcionaram uma criação e educação familiar bastante variada. De que cultura você sofreu mais influências: da japonesa ou da portuguesa?

- Olha, Professor, acho que das duas eu recebi muita coisa boa. Por exemplo, do meu pai eu recebi uma educação muito disciplinada e grande incentivo para estudar e trabalhar. Eu é que fui meio malandro mesmo e acabei não concluindo meus estudos como devia. Mas de trabalhar eu gosto muito e tenho orgulho de ser chamado pela garotada como o melhor pipoqueiro do bairro.

- E da mãe, acho que ele deve ter recebido o gosto pelo bacalhau e pelo fado, né, Manuel?

- Mais ou menos, Lucas. Eu não gosto muito das comidas portuguesas... de bacalhau, principalmente. Adoro massas e saborear um churrasquinho todo fim de semana. E de fado... Bem, não sou muito chegado; prefiro os pagodes.

- Já viu isso, Mestre. Um pipoqueiro japonês chamado Manuel, que gosta mais de massas e churrasco do que de bacalhau e prefere pagode do que fado!? Realmente é o fim dos tempos!!!

- Calma, Lucas, isso faz parte dos efeitos da chamada globalização, não é mesmo, Professor Edu?

- Pode ser, Zeca, pode ser... O pior é que o nosso amigo Lucas, por causa do espanto que teve com toda esta mistura de culturas, acabou atropelando a gramática no seu afã de querer fazer galhofa do nosso
querido pipoqueiro...

- Hummm, mas que bobagem eu disse desta vez, caro Profi?!

- Você disse que o Manuel "prefere pagode do que fado!"

- Sim, e prefere mesmo; foi ele mesmo quem falou...

- O problema, meu caro Lucas, não é a preferência dele, e sim como você apresentou, gramaticalmente falando, essa preferência. Explicando melhor: com o verbo preferir, não se deve usar a expressão "do que", Pois, Junto ao objeto indireto desse verbo, devemos empregar a preposição "a".

- Professor Edu, dê alguns exemplos do emprego correto desse verbo pra gente, então.

- Claro que dou, Norminha. Veja bem: nós sempre devemos preferir "alguma coisa a outra coisa". Por exemplo: Eu prefiro feijoada a galinhada. O Manuel prefere churrasco a bacalhoada...

- E eu prefiro as morenas a essas louras oxigenadas...

- Por que você olhou pra mim quando disse isso, senhor Lucas?! O que o senhor está insinuando?...

- Eu não estou insinuando nada, Luana. Quero que um raio caia na cabeça do Zeca se eu estiver ao menos pensando que você é uma loura oxigenada!!!

- Na minha cabeça, não, seu cretino!

- Calma, turma. Não vamos perder tempo com essas brincadeirinhas bobas. Posso continuar a falar sobre a regência do verbo preferir?

- Não só pode como deve, Professor Edu. Prefiro mil vezes ouvir suas esclarecedoras informações a ouvir esses garotos bobos implicando com a gente.

- Ok, Luana, boas falas! Então seguindo... Olha, turma, se eu colocar, no exemplo que dei, um artigo "a" antes de feijoada: "prefiro a feijoada à alinhada", a presença do artigo "a" antes de feijoada exigirá que também eu empregue outro artigo antes de galinhada, acarretando desse modo o surgimento do fenômeno da crase, porque teremos a contração de dois "à" num só, marcado pelo acento grave, sendo um deles preposição e o outro artigo feminino.

- Professor Edu, então como eu gosto mais de cinema que de teatro, tá certo eu dizer que prefiro o cinema ao teatro?

- Sim, Fred, está corretíssimo! Agora uma última observação sobre o verbo preferir. Também não devemos empregá-lo com os advérbios "mais" e "antes". Assim, é errado dizer que: "Eu prefiro mais esta camisa que aquela"; "Eu prefiro antes tomar banho e depois jantar”...

- Ah, Mestre, me desculpe... Mas eu, descaradamente, prefiro jantar a tomar banho quando estou morrendo de fome...

- Na verdade, Lucas, você prefere fazer qualquer coisa a ter que tomar um bom banho! Eheheh...

- Bem, pessoal, antes que o Lucas tenha um ataque apoplético, já que seu rosto ficou totalmente avermelhado com esse comentário um pouco comprometedor da Janete, quero lhes dizer que na próxima aula falaremos sobre os sufixos "-ês" e "-esa", empregados na formação de nomes que designam títulos honoríficos de posição social, assim como em palavras que indicam origem e nacionalidade, aproveitando o mote surgido no Tira-Dúvidas de hoje sobre a nacionalidade do nosso amigo pipoqueiro. 

Veremos também palavras que são grafadas com o sufixo "-isa"; palavras, por exemplo, que indicam ocupações femininas.

- Como poetisa, profetisa, pitonisa, né, Professor?

- Sim, Janete.

- E o que é pitonisa, Mestre?

- Bem, Luana, na Grécia antiga, era a sacerdotisa do deus Apolo, uma mulher que possuía o dom da profecia, ou seja, que supostamente conseguia prever o futuro. É o feminino de piton, que significa profeta, adivinho...

- Legal, mestre! Eu gostaria de ter esse dom...

- Seria bom mesmo se você tivesse esse dom, Dona Janete... Pois assim você poderia prever o que irá lhe acontecer em breve depois de ter feito aquele comentário maldoso a respeito da minha higiene pessoal...

- Hummm, que medo eu fiquei agora do Luquinhas, galera!!!

- Bem, pessoal, profecias e ameaças a parte, tenho que ir. A outra escola me espera...

- Só uma última perguntinha, Mestre, é rapidinho...

- Ok, Fernando, qual é a dúvida?

- É que ontem eu tive que preencher uma ficha de inscrição para um concurso Internacional de Poesia, e onde estava escrito para eu colocar a minha nacionalidade, eu escrevi brasileiro; mas fiquei na dúvida se para concordar com a palavra nacionalidade, eu deveria ter escrito brasileira...; e também estou na dúvida se participo mesmo desse concurso, ou não...

- Oh, que surpresa! Não sabia que tínhamos um jovem poeta nesta turma!? Vou querer ler seus poemas um dia desses, está bem, meu rapaz? Adoro poesia!

- Ah, Professor, acho que não tenho coragem de mostrar os meus poemas para o Senhor... Não sei se são tão bons assim.....

- Deixa de ser modesto, Nando, seus poemas são maravilhosos! E acho que você tem grande chance de ganhar um concurso de poesia.

- Bem, se a Norminha, que é uma grande apreciadora deste gênero literário, disse que seus poemas são maravilhosos, então acredito que eles são bons mesmo; e você está intimado a me enviar, por 
e-mail, alguns deles para eu conhecê-los!

- Está bem, Mestre! Mando, sim. Depois então o Senhor me diz se eles têm realmente algum valor literário, ou não, e se eu tenho alguma chance de ganhar um concurso de poesia como a Norminha falou, combinado?

- Combinado, meu rapaz! Agora quanto à sua dúvida, esclareço que em relação ao preenchimento de formulários ou fichas de inscrição, o correto é escrever brasileiro, quando for homem; e brasileira, quando for mulher. Da mesma forma, no campo referente ao estado civil, deve-se colocar, por exemplo, solteiro ou casado; solteira ou casada, de acordo com o gênero da pessoa: se masculino ou feminino. No entanto, se você for construir uma frase do tipo "a nacionalidade do Fernando é brasileira", só podemos empregar a forma feminina "brasileira", a fim de concordar com "nacionalidade". Entendeu?

- Entendi, Professor. Ainda bem que preenchi a ficha de forma correta. Mesmo assim, valeu a pena ter nos dado mais esse toque!

- Então, como disse, linda e sabiamente, seu xará Fernando Pessoa, o grande poeta lusitano: "Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu”.

- Ah, Professor Edu, esse poema do Pessoa é lindo!!!

- Também acho, Norminha! E qualquer dia podemos conversar mais sobre este encantador vate português, cujo aniversário de 120 anos de nascimento foi comemorado dia 13 de junho.

- Vate português? O que é vate, Mestre?

- O Tira-Dúvidas acabou de acabar, meu caro Lucas! Procure no dicionário o significado de vate. E procurem ler mais poesia, pessoal! E se desejam realmente sonhar, "viajar por mares nunca dantes navegados", se encantar, se enriquecer poética e filosoficamente; se verdadeiramente desejam que suas almas não sejam pequenas, leiam e saboreiem Fernando Pessoa! Abraços poéticos a todos, e até a próxima aula!

Avaliação deste Artigo: 4 estrelas
COMPARTILHE

DeliciusDelicius     DiggDigg     FacebookFacebook     GoogleGoogle     LinkedInLinkedIn     MySpaceMySpace     TwitterTwitter     Windows LiveWindows Live

AVALIE O ARTIGO





INDIQUE ESTE ARTIGO PARA UM AMIGO










2 COMENTÁRIOS

1 Alexsandro Gomes - Mantena
Eu gostaria de saber quando e carreto empregar a palavra esteje ao invés de esteja??????
11/11/2010 12:37:59


2 vera ellen - São josé dos Campos
Professor Edu, por favor, como devo escrever esta frase: eu gostaria de estar junto à você...junto a você...ou junto com você. Dême a explicação gramatical. Obrigada
24/10/2009 23:41:33


ENVIE SEU COMENTÁRIO

Preencha todos os dados abaixo e clique em Enviar comentário.



(seu e-mail não será divulgado)


Os conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.