O
III Dia Internacional da Síndrome de Down será
comemorado no próximo dia 21 de março,
sexta-feira a nível nacional com
divulgação de site com
informações sobre a síndrome Down21
Brasil e campanha pela ratificação da
Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência como emenda constitucional.
Por
que 21 de março?
O dia foi escolhido pela
organização Síndrome de Down
Internacional, (http://www.worlddow nsyndromeday. org/), em
alusão aos três cromossomos no par de
número 21, que as pessoas com síndrome de Down
possuem. Daí o dia 21/3.
A data, que foi instituída em 2006, ficou conhecida no ano
passado, quando uma série de eventos foram realizados em
todo Brasil, entre eles, uma audiência pública
sobre Síndrome de Down no Senado Federal com a
presença do jogador Romário, sua esposa Isabella
e a filha mais nova, Ivy.
Este ano o Brasil tem muitos avanços a comemorar e pode dar
um belo exemplo ao resto do mundo. Entre eles o aumento do
número de matrícula de crianças com
Síndrome de Down incluídas na rede regular de
ensino, junto com todas as outras crianças.
Convenção
da ONU
Este direito à Educação Inclusiva vem
a ser reforçado com o advento da
Convenção Internacional sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, aprovada no fim do ano passado pela
ONU. A Convenção, a primeira do século
XXI, foi assinada por 122 países e ratificada por 14. Se
passar no Congresso com quorum qualificado, valerá como
emenda constitucional e terá ainda mais força.
“3. Persons with disabilities, their families, their
communities and their supporters have been waiting too long for the
right to access to appropriate and necessary services. The Convention
marks the first time that the goal of full and equal participation and
equality for persons with disabilities specifically will be legally
sanctioned and protected by the international community.
4. The Convention also marks the first time that the concept of legal
capacity on an equal basis with others for persons with disabilities is
protected in an internationally legally binding document. This concept
guarantees their equal recognition before the law, an enormous
achievement for a segment of society that has been long marginalized,
ignored and mistreated.”
No final de novembro a Câmara dos Deputados aprovou
requerimento de urgência para a votação
da Convenção. O Presidente da Casa, Arlindo
Chinaglia, prometeu à alta comissária para os
Direitos Humanos das Nações Unidas, Louise
Arboura, que esteve no Brasil, que a Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência será
o primeiro item a ser votado no Plenário, depois que as
medidas provisórias e projetos de lei com urgência
constitucional que trancam a pauta forem votados.
O Conselho Nacional das Pessoas com Deficiência, CONADE,
lidera a campanha pela ratificação do documento
no Brasil.
Assinaturas de apoio à aprovação da
Convenção com quorum qualificado serão
recolhidas durante os eventos comemorativos do dia Internacional da
síndrome de Down.
http://www.assinoinclusao.org.br/
Down21.org
- Informações confiáveis sobre a
Síndrome de Down agora em Português!
Qual a família que, ao receber um bebê com
síndrome de Down, não passou por
milhões de dúvidas e ficou sem saber a quem
recorrer? A partir de agora, essas informações
tão preciosas, especialmente para essas famílias,
estarão disponíveis em Português dentro
do prestigiado site espanhol Canal Down21.
O Canal Down21 é uma das fontes mais completas sobre
Síndrome de Down no mundo. Com base na Espanha, o portal
lançou no último ano o desafio de promover a
integração ibero-americana sobre o assunto.
Ganhou novos subportais dedicados a países do continente
americano como Argentina, Colômbia, Venezuela, Chile,
México e Estados Unidos.
Com a entrada do Brasil e o acesso às
informações em Português uma grande
lacuna passa a ser preenchida, já que no país
não se tinha uma fonte que fosse referência em
Síndrome de Down. A parceria com o Canal Down21 atinge,
incluindo os brasileiros, 220 milhões de pessoas que falam
Português no mundo.
Algo
em Comum
Em Língua Inglesa, duas fontes se destacam na internet. Uma
é o site do Dr. Len Leshin, mais voltado para assuntos
médicos (http://www.ds-health.com/), e o outro da inglesa
Professora Sue Buckley, (http://www.downsed.org/), focando
principalmente o tema educação.
O Canal Down21 tem a vantagem de abordar os dois assuntos –
além de muitos outros – em profundidade,
já que, entre uma gama de colaboradores, é
capitaneado pelo Dr. Jesus Flórez, da Universidade de
Cantabria, um dos maiores especialistas no assunto no mundo, e sua
esposa, Maria Victoria Troncoso, autora do livro
“Síndroma de Down: leitura e escrita –
Maria Victoria Troncoso e Maria Mercedes del Cerro – Porto
Editora – 2004”. Assim como o Dr. Len Leshin e a
Professora Sue Buckley, eles têm uma filha com
Síndrome de Down, Miriam Flórez Troncoso, de 24
anos.
Os pais têm uma urgência muito grande de que o
mundo veja seus filhos como eles os vêem – como
pessoas como outras quaisquer. Quando um bebê nasce, muitas
vezes a família custa a encontrar respostas para as
perguntas que tem.
A Internet é um terreno perigoso para quem não
tem conhecimento e ainda por cima está fragilizado, querendo
acreditar nas primeiras promessas de cura, entre outras balelas que
ouve. A coordenação do site é da
jornalista Patrícia Almeida, que também tem uma
filha com Síndrome de Down e realiza o trabalho
voluntariamente, assim como todos os tradutores.
O
Processo
As negociações para que o site trouxesse
informações em Português
começaram entre o Dr. Florez e o Dr. Zan Mustacchi, do
Hospital Darcy Vargas de São Paulo, que, em 2006, abriu a
primeira especialização em Síndrome de
Down do Brasil.
No Congresso Internacional Aprendendo Down, em Itabuna/BA,
também em 2006, a idéia evoluiu. Foi formalizada
e ganhou o respaldo da Federação Brasileira das
Associações de Síndrome de Down,
FBASD, no I Congresso Ibero americano de síndrome de Down,
no ano passado em Buenos Aires, Argentina e entrou em funcionamento
experimental no fim de 2007.
As primeiras traduções foram feitas por
familiares e profissionais envolvidos de alguma maneira com a
síndrome. Agora o Down21 Brasil quer estabelecer parcerias
com centros de línguas de universidades para traduzir o
restante do conteúdo, que é
riquíssimo: vai de publicações em
revistas científicas a histórias de pessoas com
SD.
O conteúdo do Down21 Brasil traz ainda
informações específicas sobre o
Brasil, como endereços de associações,
informação sobre
legislação, um panorama da
evolução da síndrome no
país e uma série de links úteis. Todos
os envolvidos no projeto têm como objetivo contribuir para
formar cidadãos com síndrome de Down
auto-determinados, incluídos na sociedade, com melhor
qualidade de vida e que contribuam para o desenvolvimento do
país.
Para acessar, entre em www.down21.org. À direita
há um ícone – Continente Americano
– Clicar aí, e escolher Brasil.
O link direto para a página de abertura do Canal Down21
Brasil é:
http://www.down21.org/latinoamerica/brasil/marco.htm
O
que é a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down é um evento
genético natural e universal, estando presente em todas as
raças e classes sociais. É a ocorrência
genética mais comum, sendo registrada aproximadamente em 1
de cada 700 nascimentos. Não é uma
doença e, portanto, as pessoas com Síndrome de
Down não são doentes.
Não é correto dizer que uma pessoa sofre de,
é vítima de, padece ou é acometida por
síndrome de Down.
O correto seria dizer que a pessoa tem ou nasceu com
síndrome de Down. A síndrome de Down
também não é contagiosa. Por motivos
ainda desconhecidos, durante o desenvolvimento das células
do embrião são formados 47 cromossomos no lugar
dos 46 que se formam normalmente.
O material genético em excesso altera o desenvolvimento
regular da criança. Este material extra se encontra
localizado no par de cromossomos 21, daí o outro nome pelo
qual é conhecida, Trissomia do 21. Para confirmar o
diagnóstico de síndrome de Down é
necessário fazer um exame genético, chamado
cariótipo.
Os efeitos do material genético adicional variam enormemente
de indivíduo para indivíduo. Não
há exames que determinem, no nascimento, como a pessoa vai
se desenvolver. Para que ela tenha condições de
atingir todo seu potencial é importante que seja
encaminhada, ainda bebê, a profissionais habilitados para um
programa de estimulação precoce.
Como a maioria das mulheres que tem filhos é jovem, cerca de
80% das crianças com Síndrome de Down nascem de
mulheres com menos de 35 anos. Mas a incidência da
síndrome de Down entre mulheres mais velhas é
maior. De cada 400 bebês nascidos de mães com mais
de 35 anos, um tem Síndrome de Down.
Características:
As três principais características da
síndrome de Down são a hipotonia (flacidez
muscular, o bebê é mais molinho), o
comprometimento intelectual (a pessoa aprende mais devagar) e o
fenótipo (aparência física).
Alguns dos traços físicos são olhos
amendoados, uma linha única na palma de uma ou das duas
mãos, dedos curtinhos, entre outros. Mas apesar da
aparência às vezes comum entre pessoas com
Síndrome de Down, é preciso lembrar que o que
caracteriza realmente o indivíduo é a sua carga
genética familiar, que faz com que ele seja parecido com
seus pais e irmãos.
Expectativa
de vida: Devido aos
avanços da medicina, que hoje trata os problemas
médicos associados à síndrome com
relativa facilidade, a expectativa de vida das pessoas com
Síndrome de Down vem aumentando incrivelmente nos
últimos anos.
Para se ter uma idéia, enquanto em 1947 a expectativa de
vida era entre 12 e 15 anos, em 1989, subiu para 50 anos. Atualmente,
é cada vez mais comum pessoas com Síndrome de
Down chegarem aos 60, 70 anos, ou seja, uma expectativa de vida muito
parecida com a da população em geral.
Recentemente faleceu em Anápolis, Goiás, a pessoa
com síndrome de Down mais velha do mundo, Dilmar Teixeira.
Síndrome
de Down hoje: Pessoas com
Síndrome de Down têm apresentado
avanços impressionantes e rompido muitas barreiras. Em todo
o mundo, e também aqui no Brasil, há pessoas com
síndrome de Down estudando, trabalhando, vivendo sozinhas,
se casando e chegando à universidade.
A melhor forma de combater o preconceito é
através da informação e da
inclusão de TODAS as pessoas, na família, na
escola, no mercado de trabalho e na comunidade.
7 COMENTÁRIOS
1 micaele gueiros - GaranhunsPE
Sou tia de um rapazinho de 07 anos que foge de todas as características de um portador da síndrome, como o pediatra fala sempre “Henrique é a exceção da regra” não tem problema cardíaco, renal, visão, e uma audição perfeita ou melhor ama música a boa música nosso pequeno maestro estuda em escola regular e faz 2º ano.se relaciona com crianças, adulto, é gentil educado,obediente,é verdade que chato as vezes mas ele não é assim por acaso, investimos porque acreditamos na pessoa que ele é “onde está o nosso coração está o nosso tesouro”
30/10/2012 16:27:57
2 Elisangela ramos. - ibicarai
Boa noite,tenho uma vizinha que tem um filho com dow e ela eata tendo dificuldade de colocar ele na escola de colocar ele numa atividade ,e nossa cidade não oferece nem um tipo de acompanhamento para essas pessoas com dow ,onde poderia conseguir ajuda.aguardo resposta.obrigada.
27/03/2012 18:57:15
3 Suely L Souza - Guarujá
Gostaria de saber sobre os eventos presenciais sobre o assunto e se no dia 21 estará acontecendo no Brasil algum evento especifico sobre o assunto.
grata
Suely
22/01/2010 15:46:43
4 nailson morais - são paulo
adorei seu artigo estou fazendo meu tcc voltado parea essa area e seu artigo esta bem resumido e objetivo muito bom os conteudos estou na media de varios livos parabens
13/04/2009 10:49:45
5 Lívia Cristina de Araújo Santos - São Paulo
Olá sou Estudante de Educação Física e gostaria de saber quais são os tipos de atividades físicas que uma pessoa portadora de síndrome de down pode praticar sem que essas tividades prejudiquem a sua saúde . Estou a espers desta resposta, pois existem pessoas que falam que pessoas portadoras de síndrome de down não podem praticar algumas atividades físicas.
Aguardo resposta.
Grata..
02/10/2008 17:37:48
6 tania - ri de janeiro
Adorei o artigo. Tive um filho com sindrome de down, e agora me enteresso por tudo que diz respeito a sindrome de down. No inicio levei um choque mas aos poucos estou me acostumando
25/03/2008 22:21:04
7 rafael santos silva - uberaba mg
Adorei o artigo ,acredito que pessoas precisam saber mais sobre a sindrome antes de descriminar .esse artigo mostra exatamente o que é preciso saber .
mas eu gostaria que voces mostraçe mais dados estatísticos em relaçao ao mundo .
por exemplo quantas pessoas nasçem com a síndrome em todo o mundo .
um abraço a todos
24/03/2008 18:32:47