A Espada era a Lei - 12/12/2007
Capítulo VII - Acontece um Milagre
Notas sobre esta Transcrição
1.
Com a letra "Q"
seguida de um número, identifico o quadrinho.
2. Com um “*” identifico as Onomatopéias.
3. Com a letra "N"
identifico o Narrador.
4. Alguns quadros, nos quais as cenas eram quase as mesmas, foram
suprimidos, mas isso não interfere na compreensão
da história. Em outros, acrescento
informações para melhor compreensão
destes;
5. A ledora foi Anair Campos, minha irmã, cuja ajuda foi
valiosa para a realização deste trabalho, a quem
agradeço a força;
6. Espero contar com todos para a disseminação
desta obra entre os Deficientes Visuais, especialmente as
crianças, a quem é dedicada;
7. Este material destina-se às pessoas portadoras de
Deficiência Visual, sendo vedado seu uso com fins comerciais;
8. A história transcrita aqui foi levada às telas
como desenho animado dos Estúdios Walt Disney e publicada em
HQ pela Editora Abril Jovem na coleção
"Clássicos Disney em Quadrinhos", em 1990.
9. A expressão "Xiii" nesta
transcrição foi substituída por "Chii"
porque o Dosvox fala a primeira como se fosse o número 13;
10. Os quadros são numerados por capítulos, por
isso sempre se iniciam com "Q1".
Sinopse: A Espada era a Lei
Um jovem garoto desajeitado, protegido e aprendiz do Mago Merlin, ouve dizer que aquele que conseguisse retirar uma espada mágica de uma pedra, seria declarado Rei da Inglaterra, e resolve aceitar o desafio, o que provoca risos dos outros interessados. Mas para surpresa de todos, o garoto obtêm êxito tornando-se o lendário Rei Arthur.
Capítulo
VII - Acontece um Milagre -
Último
Capítulo
Q1.
Está havendo uma pequena comemoração
no castelo. Além de Sir Heitor e Kay, vêem-se mais
algumas pessoas no salão.
Sir Heitor -
Brindemos à vitória de meu filho em Londres!
- Viva! Viva!
- Saúde!
- Salve Kay!
Kay -
Sir Kay! Fui sagrado Cavaleiro, não esqueçam!
Sir Heitor -
Claro filho! Brindemos a Sir Kay... E, quem sabe... Ao futuro rei de
toda a Inglaterra!
-Kay, rei? Tremo só de pensar!
- Cruzes!
N:
A cozinheira entra no salão...
Cozinheira -
Sir Heitor! Sir Heitor!
Sir Heitor
- Hein? Que foi, cozinheira?
Cozinheira -
O jovem Hobes, escudeiro de Sir Kay, pegou caxumba! Sua cara
está inchada como um sapo!
Sir Heitor -
Chiii! Então Sir Kay precisará de outro escudeiro!
N:
Nesse momento Verruga entra com uma bandeja na cabeça, na
qual se vê um javali assado...
Sir
Heitor - Verruga!
Será você!
Verruga -
S-serei o quê, Senhor?
Sir Heitor -
O escudeiro de Sir Kay!
N:
Verruga, surpreso, deixa cair a bandeja no chão...
* CRÁS!
Verruga -
Oba, Sir Heitor!
Q2.
Verruga entra no quarto de Merlin já vestido como escudeiro.
N:
Mais tarde Verruga vai ao quarto de Merlin contar a novidade...
Verruga -
Merlin! Merlin! Veja! Sou o escudeiro de Sir Kay!
Arquimedes
- Hum! Muito bonito, moço! Bonito mesmo!
Merlin
- Hein? Humpf! Bonita roupa para um bobo do rei!
Verruga -
M-mas essa é a roupa dos escudeiros!
Merlin -
E eu pensei que você daria para alguma coisa! Pensei que
você tivesse um pouco de cabeça! Mas
não! Você é como todos esses
mentecaptos medievais! Um pateta para servir àquele palerma
do Kay!
N:
Merlin chuta alguns livros que estão no chão...
* VAP!
Merlin -
Meus parabéns viu?
Verruga -
Que quer que eu seja? Não sou ninguém! O Senhor
não... Não sabe nada do que se passa hoje em dia!
O Senhor vive a mil anos daqui! Eu tenho sorte em ser o escudeiro de
Sir Kay!
Merlin -
Mas que idiotice... Você... Você... Arre! Raios me
levem para as Bermudas!
* CAFUM!
N:
Merlin sai voando pela janela...
* VUIIIIIIM!
Verruga -
Para onde ele foi?
Arquimedes -
Para as Bermudas, creio!
Q3.
Verruga e Arquimedes estão olhando pela janela o
vôo de Merlin.
Verruga
- Onde é isso?
Arquimedes -
É uma ilha longe daqui, que ainda não foi
descoberta!
Verruga -
Será que ele voltará?
Arquimedes
- Quem sabe? Quem pode saber?
Verruga -
Que pena! Pensei que ele ficaria contente e eu esperava que ele fosse a
Londres comigo!
N:
Verruga vai saindo do quarto quando Arquimedes o chama e ele se volta...
Arquimedes - Verruga!
Você me deixaria ir junto? Nunca assisti a um desses torneios!
Verruga -
Oh, seria ótimo se você fosse Arquimedes! Eu
gostaria, sim!
Arquimedes -
Oh, oh! Gostaria mesmo? Ótimo!
Q4.
Vêem-se algumas pessoas sentadas numa arquibancada, dois
cavaleiros vestidos em armaduras e montados em seus cavalos. Trazem uma
lança em uma das mãos e um escudo na outra.
N:
Já em Londres, o grande torneio chega ao seu momento
culminante. Dois cavaleiros se defrontam. Eles esporeiam seus cavalos e
partem um em direção ao outro. De repente, as
lanças se tocam e ambos caem dos cavalos, provocando o grito
da multidão...
* CRÁS! BUM!
Platéia -
Oh! Oh!
Sir Heitor (Sorrindo)
- Eh, eh! Eles caíram das selas, Kay! Os dois juntos! Agora
é a vez das espadas e é aí que
você brilha, filho!
Verruga (Aflito)
- Glup! Espadas! Chiii! Sabe... Sir Kay...
Kay -
O que é que você quer, pirralho?
Verruga -
E-eu esqueci a sua espada! Deixei-a lá na hospedaria!
Kay -
Quê? Ora, seu palerma! Vou torcer seu pescoço!
Verruga -
Não, por piedade!
N:
Kay parte pra cima de Verruga que se abaixa e, como estava com o elmo
de Kay na mão, este aperta o elmo...
Kay -
Arrgh!
N:
Verruga sai correndo...
Verruga
- Vou buscá-la! Num minuto estou de volta!
Kay -
Acho bom, senão é melhor nem aparecer aqui!
N:
Verruga chega à hospedaria, a encontra fechada e fica
batendo na porta...
Verruga -
Deixem-me entrar! Por favor, abram!
Arquimedes -
Não adianta rapaz! Foram todos ver o torneio!
Verruga -
O que faremos? Kay precisa de uma espada!
Arquimedes -
Espere! Veja, rapaz, ali no pátio da igreja!
Verruga (Alegre)
- Oh, é uma espada, Arquimedes! Uma espada!
Arquimedes -
Está presa numa bigorna! Vai ser difícil
tirá-la dali!
Q5.
Eles chegam diante da espada que está enfiada na bigorna.
Arquimedes -
Veja rapaz! Ela tem um brilho estranho! É melhor
não tocá-la!
Verruga -
Mas Kay precisa de uma espada!
N:
Verruga puxa a espada que sai fácil da bigorna...
Arquimedes -
Vamos rápido! Vamos sair daqui!
Q6. Verruga
chega ao local das provas.
N:
Minutos depois...
Verruga -
Eis a espada, Sir Kay!
Kay -
Já era tempo! Ei! Esta não é a minha
espada!
Verruga
- E-eu sei, mas...
Sir Heitor
- Espere aí, Kay!
N:
Sir Heitor toma a espada da mão de Kay e lê a
inscrição que há nela...
Sir Heitor
- "Aquele que tirar esta espada"... É... É a
espada que estava presa na pedra!
Kay -
A espada da pedra? Não é possível!
Sir Heitor
- Mas veja! É sim!
Alguém da
multidão -
É a espada encantada! Não há
dúvida!
Sir Heitor
- Onde você apanhou isto, Verruga?
Verruga
- Puxei-a fora de uma
bigorna que estava sobre uma pedra no pátio de uma igreja!
Um outro homem
- Ah, ah! Hiá, hiá! Você ouviu essa?
Um segundo homem
- Oh, oh!
Um terceiro
- Muito engraçado! O pirralho é um jovem
Hércules!
Sir Heitor
- Você nos está fazendo de idiotas! Diga a
verdade, vamos!
Verruga - M-mas
é verdade, Sir!
Sir Heitor
- Você vai ter que provar!
Kay -
Vamos todos até a bigorna! Precisamos ver isso!
N:
E então todos vão atrás de Verruga
até onde está a pedra e Sir Heitor coloca a
espada no lugar...
Sir Heitor
- Coloquei-a no lugar! Pois bem, menino! Vamos ver esse milagre agora!
Kay (Sorrindo)
- Eh, eh!
Verruga -
Sim, Senhor!
Kay -
Um momento! Qualquer um pode tirá-la agora, uma vez que
já foi arrancada!
Sir Heitor
- Você tem razão, filho! Puxe-a! Use toda a sua
força!
N: Kay
tenta, mas não consegue...
Kay (Fazendo muita
força) - Ugh!
Ugh!
N:
Sir Heitor sobe na pedra para ajudar Kay...
Sir Heitor
- Use os ombros também, Kay!
Alguém da
platéia - Alto
lá! Isso não é justo... Dois de uma
vez! Um velho - Deixem o menino tentar, vamos!
Uma mulher
- Exato! Dêem uma chance ao menino!
O velho
- Vá, filho!
Arquimedes -
Puxe com todo coração, rapaz! Pode não
ser uma questão de músculo!
N:
Verruga consegue tirar a espada com facilidade...
O velho -
Ele conseguiu!
Sir Heitor
- E com uma só mão!
A
mulher - É um
milagre!
Alguém da
multidão - Esse
menino é o nosso rei!
* CAFUM!
Merlin -
Arquimedes! Por que todo esse barulho?
Arquimedes -
Merlin! Você voltou das Bermudas!
Merlin -
Tive um pressentimento de que Verruga ia fazer algo!
Arquimedes -
Se fez! Ele tirou a espada da bigorna e agora é rei!
Merlin -
Arthur! Rei Arthur! Eu devia ter adivinhado, no dia em que ele apareceu
para o chá!
N:
O milagre longamente esperado acontecera e Arthur foi coroado rei...
A multidão
- Viva o Rei Arthur! Viva o Rei Arthur!
O velho
- Deus abençoe o Rei!
Q7.
Arthur coroado no trono.
Arthur
- Mas eu não sei como governar um País, Merlin!
Merlin -
Não se preocupe rapaz! Você será um
grande rei! Além disso, eu serei o seu conselheiro!
Arquimedes -
Chiii! Então ele terá que ser um grande rei!
Merlin -
Posso ver tudo agora! O Rei Arthur e os seus Cavaleiros da
Távola Redonda!
Arthur -
Távola Redonda?
Merlin -
Ou você preferiria uma mesa quadrada?
Arthur -
Oh, redonda está bem!
Merlin -
Ah, meu rapaz, você se tornará uma lenda! Daqui a
muitos séculos escreverão livros sobre
você! Poderão até fazer uma fita de
cinema sobre sua vida!
Arthur -
Fita de cinema?
Merlin -
Sim! É uma espécie de televisão sem
anúncios!
N:
E assim, o Rei Arthur cumpriu a profecia do Mago Merlin! Seus
Cavaleiros da Távola Redonda tornaram-se uma parte gloriosa
da história da Inglaterra que para sempre será
lembrada!
Fim.
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