Planeta Educação

Aprender com as Diferenças

Luís Campos - Blind Joker Salvador - Bahia – Brasil

A Espada era a Lei
Capítulo VII - Acontece um Milagre

Notas sobre esta Transcrição

1. Com a letra "Q" seguida de um número, identifico o quadrinho.
2. Com um “*” identifico as Onomatopéias.
3. Com a letra "N" identifico o Narrador.
4. Alguns quadros, nos quais as cenas eram quase as mesmas, foram suprimidos, mas isso não interfere na compreensão da história. Em outros, acrescento informações para melhor compreensão destes;
5. A ledora foi Anair Campos, minha irmã, cuja ajuda foi valiosa para a realização deste trabalho, a quem agradeço a força;
6. Espero contar com todos para a disseminação desta obra entre os Deficientes Visuais, especialmente as crianças, a quem é dedicada;
7. Este material destina-se às pessoas portadoras de Deficiência Visual, sendo vedado seu uso com fins comerciais;
8. A história transcrita aqui foi levada às telas como desenho animado dos Estúdios Walt Disney e publicada em HQ pela Editora Abril Jovem na coleção "Clássicos Disney em Quadrinhos", em 1990.
9. A expressão "Xiii" nesta transcrição foi substituída por "Chii" porque o Dosvox fala a primeira como se fosse o número 13;
10. Os quadros são numerados por capítulos, por isso sempre se iniciam com "Q1".

Sinopse: A Espada era a Lei

Um jovem garoto desajeitado, protegido e aprendiz do Mago Merlin, ouve dizer que aquele que conseguisse retirar uma espada mágica de uma pedra, seria declarado Rei da Inglaterra, e resolve aceitar o desafio, o que provoca risos dos outros interessados. Mas para surpresa de todos, o garoto obtêm êxito tornando-se o lendário Rei Arthur.

Capítulo VII - Acontece um Milagre -
Último Capítulo

Q1. Está havendo uma pequena comemoração no castelo. Além de Sir Heitor e Kay, vêem-se mais algumas pessoas no salão.
Sir Heitor - Brindemos à vitória de meu filho em Londres!
- Viva! Viva!
- Saúde!
- Salve Kay!
Kay - Sir Kay! Fui sagrado Cavaleiro, não esqueçam!
Sir Heitor - Claro filho! Brindemos a Sir Kay... E, quem sabe... Ao futuro rei de toda a Inglaterra!
-Kay, rei? Tremo só de pensar!
- Cruzes!
N: A cozinheira entra no salão...
Cozinheira - Sir Heitor! Sir Heitor!
Sir Heitor - Hein? Que foi, cozinheira?
Cozinheira - O jovem Hobes, escudeiro de Sir Kay, pegou caxumba! Sua cara está inchada como um sapo!
Sir Heitor - Chiii! Então Sir Kay precisará de outro escudeiro!
N: Nesse momento Verruga entra com uma bandeja na cabeça, na qual se vê um javali assado...

Sir Heitor - Verruga! Será você!
Verruga - S-serei o quê, Senhor?
Sir Heitor - O escudeiro de Sir Kay!
N: Verruga, surpreso, deixa cair a bandeja no chão...
* CRÁS!
Verruga - Oba, Sir Heitor!
Q2. Verruga entra no quarto de Merlin já vestido como escudeiro.
N: Mais tarde Verruga vai ao quarto de Merlin contar a novidade...
Verruga - Merlin! Merlin! Veja! Sou o escudeiro de Sir Kay!
Arquimedes - Hum! Muito bonito, moço! Bonito mesmo!
Merlin - Hein? Humpf! Bonita roupa para um bobo do rei!
Verruga - M-mas essa é a roupa dos escudeiros!
Merlin - E eu pensei que você daria para alguma coisa! Pensei que você tivesse um pouco de cabeça! Mas não! Você é como todos esses mentecaptos medievais! Um pateta para servir àquele palerma do Kay!
N: Merlin chuta alguns livros que estão no chão...
* VAP!
Merlin - Meus parabéns viu?
Verruga - Que quer que eu seja? Não sou ninguém! O Senhor não... Não sabe nada do que se passa hoje em dia! O Senhor vive a mil anos daqui! Eu tenho sorte em ser o escudeiro de Sir Kay!
Merlin - Mas que idiotice... Você... Você... Arre! Raios me levem para as Bermudas!
* CAFUM!
N: Merlin sai voando pela janela...
* VUIIIIIIM!
Verruga - Para onde ele foi?
Arquimedes - Para as Bermudas, creio!
Q3. Verruga e Arquimedes estão olhando pela janela o vôo de Merlin.

Verruga - Onde é isso?
Arquimedes - É uma ilha longe daqui, que ainda não foi descoberta!
Verruga - Será que ele voltará?
Arquimedes - Quem sabe? Quem pode saber?
Verruga - Que pena! Pensei que ele ficaria contente e eu esperava que ele fosse a Londres comigo!
N: Verruga vai saindo do quarto quando Arquimedes o chama e ele se volta...
Arquimedes - Verruga! Você me deixaria ir junto? Nunca assisti a um desses torneios!
Verruga - Oh, seria ótimo se você fosse Arquimedes! Eu gostaria, sim!
Arquimedes - Oh, oh! Gostaria mesmo? Ótimo!
Q4. Vêem-se algumas pessoas sentadas numa arquibancada, dois cavaleiros vestidos em armaduras e montados em seus cavalos. Trazem uma lança em uma das mãos e um escudo na outra.
N: Já em Londres, o grande torneio chega ao seu momento culminante. Dois cavaleiros se defrontam. Eles esporeiam seus cavalos e partem um em direção ao outro. De repente, as lanças se tocam e ambos caem dos cavalos, provocando o grito da multidão...
* CRÁS! BUM!
Platéia - Oh! Oh!
Sir Heitor (Sorrindo) - Eh, eh! Eles caíram das selas, Kay! Os dois juntos! Agora é a vez das espadas e é aí que você brilha, filho!
Verruga (Aflito) - Glup! Espadas! Chiii! Sabe... Sir Kay...
Kay - O que é que você quer, pirralho?
Verruga - E-eu esqueci a sua espada! Deixei-a lá na hospedaria!
Kay - Quê? Ora, seu palerma! Vou torcer seu pescoço!
Verruga - Não, por piedade!
N: Kay parte pra cima de Verruga que se abaixa e, como estava com o elmo de Kay na mão, este aperta o elmo...
Kay - Arrgh!
N: Verruga sai correndo...

Verruga - Vou buscá-la! Num minuto estou de volta!
Kay - Acho bom, senão é melhor nem aparecer aqui!
N: Verruga chega à hospedaria, a encontra fechada e fica batendo na porta...
Verruga - Deixem-me entrar! Por favor, abram!
Arquimedes - Não adianta rapaz! Foram todos ver o torneio!
Verruga - O que faremos? Kay precisa de uma espada!
Arquimedes - Espere! Veja, rapaz, ali no pátio da igreja!
Verruga (Alegre) - Oh, é uma espada, Arquimedes! Uma espada!
Arquimedes - Está presa numa bigorna! Vai ser difícil tirá-la dali!
Q5. Eles chegam diante da espada que está enfiada na bigorna.
Arquimedes - Veja rapaz! Ela tem um brilho estranho! É melhor não tocá-la!
Verruga - Mas Kay precisa de uma espada!
N: Verruga puxa a espada que sai fácil da bigorna...
Arquimedes - Vamos rápido! Vamos sair daqui!
Q6. Verruga chega ao local das provas.
N: Minutos depois...
Verruga - Eis a espada, Sir Kay!
Kay - Já era tempo! Ei! Esta não é a minha espada!
Verruga - E-eu sei, mas...
Sir Heitor - Espere aí, Kay!
N: Sir Heitor toma a espada da mão de Kay e lê a inscrição que há nela...
Sir Heitor - "Aquele que tirar esta espada"... É... É a espada que estava presa na pedra!
Kay - A espada da pedra? Não é possível!
Sir Heitor - Mas veja! É sim!
Alguém da multidão - É a espada encantada! Não há dúvida!
Sir Heitor - Onde você apanhou isto, Verruga?

Verruga - Puxei-a fora de uma bigorna que estava sobre uma pedra no pátio de uma igreja!
Um outro homem - Ah, ah! Hiá, hiá! Você ouviu essa?
Um segundo homem - Oh, oh!
Um terceiro - Muito engraçado! O pirralho é um jovem Hércules!
Sir Heitor - Você nos está fazendo de idiotas! Diga a verdade, vamos!
Verruga - M-mas é verdade, Sir!
Sir Heitor - Você vai ter que provar!
Kay - Vamos todos até a bigorna! Precisamos ver isso!
N: E então todos vão atrás de Verruga até onde está a pedra e Sir Heitor coloca a espada no lugar...
Sir Heitor - Coloquei-a no lugar! Pois bem, menino! Vamos ver esse milagre agora!
Kay (Sorrindo) - Eh, eh!
Verruga - Sim, Senhor!
Kay - Um momento! Qualquer um pode tirá-la agora, uma vez que já foi arrancada!
Sir Heitor - Você tem razão, filho! Puxe-a! Use toda a sua força!
N: Kay tenta, mas não consegue...
Kay (Fazendo muita força) - Ugh! Ugh!
N: Sir Heitor sobe na pedra para ajudar Kay...
Sir Heitor - Use os ombros também, Kay!
Alguém da platéia - Alto lá! Isso não é justo... Dois de uma vez! Um velho - Deixem o menino tentar, vamos!
Uma mulher - Exato! Dêem uma chance ao menino!
O velho - Vá, filho!
Arquimedes - Puxe com todo coração, rapaz! Pode não ser uma questão de músculo!
N: Verruga consegue tirar a espada com facilidade...
O velho - Ele conseguiu!
Sir Heitor - E com uma só mão!

A mulher - É um milagre!
Alguém da multidão - Esse menino é o nosso rei!
* CAFUM!
Merlin - Arquimedes! Por que todo esse barulho?
Arquimedes - Merlin! Você voltou das Bermudas!
Merlin - Tive um pressentimento de que Verruga ia fazer algo!
Arquimedes - Se fez! Ele tirou a espada da bigorna e agora é rei!
Merlin - Arthur! Rei Arthur! Eu devia ter adivinhado, no dia em que ele apareceu para o chá!
N: O milagre longamente esperado acontecera e Arthur foi coroado rei...
A multidão - Viva o Rei Arthur! Viva o Rei Arthur!
O velho - Deus abençoe o Rei!
Q7. Arthur coroado no trono.
Arthur - Mas eu não sei como governar um País, Merlin!
Merlin - Não se preocupe rapaz! Você será um grande rei! Além disso, eu serei o seu conselheiro!
Arquimedes - Chiii! Então ele terá que ser um grande rei!
Merlin - Posso ver tudo agora! O Rei Arthur e os seus Cavaleiros da Távola Redonda!
Arthur - Távola Redonda?
Merlin - Ou você preferiria uma mesa quadrada?
Arthur - Oh, redonda está bem!
Merlin - Ah, meu rapaz, você se tornará uma lenda! Daqui a muitos séculos escreverão livros sobre você! Poderão até fazer uma fita de cinema sobre sua vida!
Arthur - Fita de cinema?
Merlin - Sim! É uma espécie de televisão sem anúncios!
N: E assim, o Rei Arthur cumpriu a profecia do Mago Merlin! Seus Cavaleiros da Távola Redonda tornaram-se uma parte gloriosa da história da Inglaterra que para sempre será lembrada!

Fim.

Avaliação deste Artigo: 3 estrelas