Aprender com as Diferenças
Luís Campos - Blind Joker Salvador - Bahia – Brasil

A Espada era a Lei - 30/10/2007
Capítulo II

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Notas sobre esta Transcrição

1. Com a letra "Q" seguida de um número, identifico o quadrinho.

2. Com um “*” identifico as Onomatopéias.

3. Com a letra "N" identifico o Narrador.

4. Alguns quadros, nos quais as cenas eram quase as mesmas, foram suprimidos, mas isso não interfere na compreensão da história. Em outros, acrescento informações para melhor compreensão destes;

5. A ledora foi Anair Campos, minha irmã, cuja ajuda foi valiosa para a realização deste trabalho, a quem agradeço a força;

6. Espero contar com todos para a disseminação desta obra entre os Deficientes Visuais, especialmente as crianças, a quem é dedicada;

7. Este material destina-se às pessoas portadoras de Deficiência Visual, sendo vedado seu uso com fins comerciais;

8. A história transcrita aqui foi levada às telas como desenho animado dos Estúdios Walt Disney e publicada em HQ pela Editora Abril Jovem na coleção "Clássicos Disney em Quadrinhos", em 1990.

9. A expressão "Xiii" nesta transcrição foi substituída por "Chii" porque o Dosvox fala a primeira como se fosse o número 13;

10. Os quadros são numerados por capítulos, por isso sempre se iniciam com "Q1".

Sinopse: A Espada era a Lei

Um jovem garoto desajeitado, protegido e aprendiz do Mago Merlin, ouve dizer que aquele que conseguisse retirar uma espada mágica de uma pedra, seria declarado Rei da Inglaterra, e resolve aceitar o desafio, o que provoca risos dos outros interessados. Mas para surpresa de todos, o garoto obtêm êxito tornando-se o lendário Rei Arthur.

A Espada era a Lei.
Capítulo II - Novas do Torneio

Q1. A cozinha do castelo. Vê-se uma grande mesa com oito cadeiras, um fogão à lenha com duas chaleiras sobre ele, uma pia, panelas e pratos.

Há na parede um brasão e uma cabeça de veado empalhada. Kay está com os pés sobre a mesa e tem uma coxa de javali na mão e seu pai conversa com ele. Três cachorros aguardam os ossos, embora haja alguns ossos pelo chão.

Pai - Sim, Senhor! Que serviço! Onde se viu um pirralho daqueles entrar sozinho naquela terrível floresta? Você não devia tê-lo deixado fazer isso, Kay!

Kay (Jogando o osso no chão) - Olhe, Pai! Eu não sou o guardião do Verruga!

Pai - Pois eu sou! Adotei o menino e, sendo seu pai adotivo, sou responsável por ele!
Q2. Verruga entra na cozinha. Os cachorros latem ao vê-lo.

AU! AU! AU!

Pai - Ah! Então é você! Escute aqui, Verruga! Que história é essa de entrar pelo mato e me deixar de cabelos brancos?

Verruga - Desculpe, Senhor!

Pai - Desculpar-se não basta! Quatro horas de trabalho extra na cozinha! Apresente-se ao cozinheiro!

Verruga - Mas... Mas...

Q3. Merlin entra na cozinha. Arquimedes está em seu chapéu.

Pai - Nada de mas! Mexa-se! É preciso muito rigor para dirigir um castelo como este!

Arquimedes - Concordo plenamente!

Pai - Hein? Quem é você?

Merlin - Meu nome é Merlin! E este é Arquimedes, uma coruja muito instruída!

Pai - Coruja instruída? Oh, oh! Essa é boa! Sei que é um mágico, Marvin! Você encantou esse bichinho, não é?

Merlin - Meu nome é Merlin! E sou o mais poderoso mago do mundo!

Pai (Sorrindo) - Oh, oh! Deixe disso, homem! Que bobagem!
Merlin - Vou demonstrá-lo! Higitus figitus migitus mo! Vento e neve, num giro breve!

Q5. O vento zune e cai neve na cozinha.

FUUUUUUCH!

Pai (Tremendo de frio) - Ei! Brrrr! Que-que diabos é isso?

Merlin (Sorrindo) - É uma nevada enfeitiçada!

Pai (Com o corpo coberto de neve) - P-pare com isso, Marvin! E-estou convencido!

Q6. O gordo está petrificado.

Merlin - Ala-ka-zan!

N: A neve derrete-se...

Pai - E-espero que você n-não vá fazer nenhuma magia negra!

Merlin - Não se preocupe! Minha magia só é usada para efeitos educacionais! Na verdade, é para isto que estou aqui... Para educar Arthur!

Pai - Educar o Verruga? Nada disso! Eu é que dirijo este lugar, por isso pegue sua valise de truques e suma-se!

Merlin - Muito bem!

PUF!
Pai - Céus! Ele sumiu!
N: Embora haja sumido, ouve-se a voz de Merlin...
Merlin - Mas ainda estou por aqui! Se eu sumir, você nunca saberá se eu estou ainda aqui ou não, não é mesmo?

Pai - Você ganhou, Marvin! P-pode ficar!

PUF!

Merlin (Reaparecendo) - Obrigado! Você é muito generoso!

Pai - N-não há de quê! Mas só lhe posso oferecer cama e comida! Você ficará na torre dos hóspedes! É o melhor aposento da casa!

Q7. Merlin já no aposento. Como chove, há alguns vasilhames sob as goteiras.

N: Depois...

Merlin - Melhor aposento da casa, hein? Pois sim! Mas, se aquele velho danado pensa que vai se livrar de mim, está enganado! Ele ainda não me conhece!

Arquimedes - Que tal se voltássemos à floresta?

Merlin - Não! Aquele menino precisa ser educado!

BAM! BAM! BAM!

Merlin - Ué! Quem poderia visitar Sir Heitor à uma hora dessas?

Uma voz que vem de fora do castelo - Abram! Tenho grandes novas de Londres!

Q8. Sir Heitor, Kay e o recém-chegado na cozinha.

Visitante - Heitor, meu velho! Vão realizar um grande torneio no dia do ano novo!

Heitor - E daí, Pellinore? Isso não é novidade! Eles sempre fazem isso!

Q8. Sir Heitor, Kay e Pellinore à mesa, tomando café.

Pellinore - Ah, mas isto é diferente! O vencedor do torneio ganhará...a coroa!

Sir Heitor - Glup! Quer dizer... O vencedor será o rei da Inglaterra?

Pellinore - Rei de toda a Inglaterra!

Q9. Verruga entra na cozinha com as mãos cheias de pratos.

Verruga - ?

Sir Heitor - Kay, meu rapaz, você poderia vencer, se caprichasse nos treinos! Você será sagrado cavaleiro no próximo natal e aí partirá para Londres!

Kay - Claro, por que não!

Sir Heitor - Verruga, você não gostaria de ir a Londres?

Verruga - Puxa, Sir Heitor! Sério mesmo?

Sir Heitor - Se você cumprir suas tarefas, poderá ser o escudeiro de Kay!

Verruga - Oh, cumprirei, sim!

Q10. Sir Heitor em pé, Kay montado num cavalo, vestido numa armadura com uma lança na mão. Eles estão no pátio do castelo e lá longe se vê Verruga segurando uma manivela sobre a qual se vê um boneco.

Sir Heitor - Lembre-se... Segure firme a lança, afrouxe a sela, aperte os joelhos, jogue o peso para a frente e não tire os olhos do alvo!

Kay - Está bem! Está bem!

Sir Heitor - E você, garoto, vá movendo esse boneco!

CRRAT! CRRAC! CRREC!

Verruga (Gritando) - Sim, Senhor!

Q11. Sir Heitor em pé, Verruga mexendo o boneco e Kay galopando ao encontro deste. O boneco segura uma lança com uma bola na ponta.

Sir Heitor (Gritando) - Atacar! Não, não, não! Procure o alvo!

Q12. A lança de Kay tocou na bola da lança do boneco e Kay saiu voando e foi cair de cabeça no chão.

FUNC! TOIM! CRÁS!

Q13. Sir Heitor em pé, Kay estatelado no chão, vendo estrelinhas e Verruga segurando o cavalo deste pela rédea.

Sir Heitor - Kay! Você não aprende o que digo? Segure a lança firme!

Q14. Sir Heitor junto a Kay que já está de pé.

Sir Heitor - Lembre-se, uma justa não é só questão de músculo... É uma ciência altamente desenvolvida!

Kay - Sim, sim!

Q15. Merlin e Arquimedes observam o treino de Kay da janela da torre.

Merlin - Bah! Ciência, pois sim! Um boneco tentando derrubar outro boneco com uma vara!

Arquimedes - Sim, e o Verruga fica tão entusiasmado com isso quanto os outros!

Merlin - Esse é o problema!

Q16. O quarto de Merlin na torre. Merlin está sentado numa cadeira, com um livro na mão e Arquimedes em seu poleiro.

Merlin - Farei com que seu entusiasmo se volte para a direção certa!

Arquimedes - Bah! Quero só ver isso!

Merlin - Pois vai ver! Pretendo tapeá-lo, é claro! Usarei de magia! Recorrerei a todos os truques do livro, se for necessário!

Q17. Merlin, com Arquimedes no chapéu, e Verruga estão do lado de fora do castelo. No fosso que circunda o castelo nadam alguns patos e peixes. Ao fundo vê-se a ponte levadiça abaixada.

Merlin - Bem, depois que você se tornar escudeiro, será um cavaleiro, não?

Verruga - Ah, bem que eu gostaria! Daria tudo para sair montado num grande cavalo branco, enfrentando gigantes e dragões! Mas... Ai, ai... Sou órfão e um cavaleiro precisa ser bem nascido! Só espero ser um bom escudeiro para o Kay!

Merlin (Pensando) - Escudeiro daquele asno? Bah! Ele devia ter uma ambição maior! Mas vou mudar tudo isso!
(Dirigindo-se à Verruga) - Escute, jovem, lembra-se de quando eu disse que poderia nadar como um peixe? Pois eu quis dizer igual a um peixe!

Verruga - Quer dizer que o Senhor poderia transformar-se num peixe?

Merlin - Decerto! E posso transformar você num peixe, também!

Verruga - Ah, seria bem divertido!

Fim do Segundo Capítulo!

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