Com a aproximação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que acontece nos dias 8 e 9 de novembro, o desespero bate à porta de muitos candidatos. A ansiedade só aumenta e muitos acreditam que é preciso virar noites e mais noites na tentativa de aprender tudo o que for possível antes do tão esperado dia.
Faltando apenas dez dias para o exame, especialistas ouvidos pelo UOL ressaltam que nenhuma loucura deve ser feita. Nessa reta final, o aluno deve manter o ritmo de estudos investindo mais em revisão -- sem querer aprender novos conteúdos.
"O mais indicado é focar na revisão de todo o conteúdo para fixá-lo. Nesse momento, dedicar muito tempo a entender um único ponto da matéria é pouco produtivo, pode trazer insegurança e ansiedade", destaca Guilherme Burgarelli Leite, diretor pedagógico do cursinho popular da Unifesp (Cuja - Cursinho Pré-Vestibular Jeannine Aboulafia).
Dormir bem é essencial - concordam os especialistas. O corpo e o cérebro precisam do descanso para consolidar a memória, afirma Fraulein Vidigal de Paula, psicóloga e especialista em aprendizagem.
"Noites mal dormidas e o uso de café ou energético [em excesso] pode comprometer a saúde. Os estimulantes podem fazer você se sentir mais disposto no começo, mas está, na verdade, mascarando o seu cansaço, o que compromete o aprendizado e o desempenho na prova", diz Leite.
O que ainda dá para fazer?
Quando perguntados sobre o que ainda é possível fazer, os profissionais ouvidos pela reportagem foram unânimes: revisem os conteúdos já abordados e façam exames de edições anteriores do Enem. O objetivo desta última dica é adquirir uma familiaridade com o modelo da prova.
"É importante se familiarizar com a prova", explica Alessandra Venturi, pedagoga e orientadora educacional do Cursinho da Poli. "A maioria dos candidatos está acostumada com modelos de exames disciplinares e o Enem é interdisciplinar, ou seja, uma mesma questão contempla mais de uma disciplina. Ele prioriza muito mais um assunto."
Fraulein aconselha a utilização da técnica de mapas mentais para revisar o que foi estudado. Segundo ela, a ferramenta facilita a recordação dos conteúdos. "A técnica ajuda a achar palavras-chave e estimula a identificação de relações entre os conceitos estudados. É como se o aluno estivesse fazendo uma cola muito boa. Tão boa que não vai precisar dela durante a prova", brinca a especialista, que também é autora de livros sobre aprendizagem, publicados pela Cengage Learning.
Existe também a questão física, lembra Alessandra. Se o candidato treinar simulando o dia da prova - ou seja, em um lugar calmo e utilizando a mesma quantidade de horas --, ele aprende a administrar o tempo de resposta das questões e se acostuma a ficar 4h30, 5h sentado na cadeira. "Isso faz muita diferença do ponto de vista físico e mental", ressalta.
Saber a hora de desacelerar é preciso
Esta semana é o momento de aumentar o ritmo da revisão, mas quando faltarem três dias para a prova, dia 5 de novembro, é importante que o candidato desacelere e, no dia anterior ao exame, ele apenas descanse.
"Faça um cronograma de estudo de hoje até o dia 6 de novembro. Inclusive, acrescente o tempo de descanso, almoço, jantar e quantas horas vai dormir por noite. Se organize, evite celular, computador. E não se esqueça das pequenas pausas a cada 2h de estudo. Elas ajudam a refrescar o cérebro", aconselha Alessandra.
Praticar exercícios é uma boa forma de relaxar o corpo, a mente e diminuir a ansiedade e o estresse que podem acompanhar esses últimos dias de preparação, segundo os entrevistados.
Fonte: UOL Educação
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