Aconteceu nesta semana em São Paulo (SP) o IV Encontro Internacional contra o Trabalho Infantil, depois de ter passado pelo Equador, Panamá e México. O evento é uma prévia do que deve ser discutido na III Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizado também no Brasil em outubro deste ano.
Durante o Encontro foi apresentado um estudo encomendado pela Fundação Telefônica Vivo para a empresa de consultoria Tendências. No estudo foram apontados dados relevantes no tema de trabalho infantil.
Segundo dados levantados pelo estudo, o trabalho realizado por crianças afeta diretamente no desempenho escolar destes jovens, que têm aprovação escolar reduzida em 17,2%. As atividades laborais também afetam o progresso educacional em 24,2% dos casos, e até mesmo aumenta em 22,6% evasão escolar.
A pesquisa também apontou que no Brasil e no Paraguai a principal atividade das crianças está relacionada à agricultura. Já no Chile, Argentina e Uruguai os jovens estão mais propícios a trabalharem no comércio e varejo.
A principal causa apontada para o envolvimento das crianças no trabalho desde cedo é a condição socioeconômica desfavorável que enfrentam. "Um ponto positivo desta pesquisa - o que pode ser um desvio a ser revertido - é que os avanços tecnológicos tendem a reduzir o trabalho infantil", disse Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo.
O estudo reuniu dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2003 e também da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011.
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