NOTÍCIA
Escola não pode ficar à margem da evolução da tecnologia, diz ministro - 14/02/2012 09:28:56
O
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse
nesta quinta-feira, 9, que a velocidade tecnológica
é muito maior do que a capacidade que a escola tem de
processá-la. Apesar disso, segundo ele, a escola
não pode ficar à margem da
evolução tecnológica.
Na semana passada, o ministro anunciou que o Ministério da
Educação vai investir, este ano, cerca de R$ 150
milhões na compra de 600 mil tablets para uso dos
professores do ensino médio de escolas públicas
federais, estaduais e municipais. A tecnologia, afirmou, vai ser
tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados
pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos
professores no processo.
“Estamos definindo que, na educação, a
inclusão digital começa pelo
professor”, disse Mercadante. Para isso, o MEC já
formou mais de 300 mil professores em tecnologias da
comunicação e informação,
em cursos de 360 horas. Além disso, o serviço de
internet banda larga foi instalado em 52 mil escolas
públicas urbanas.
Com a entrega de novas tecnologias da informação,
professores e escolas públicas terão acesso, por
meio dos tablets, a conteúdos educacionais colocados
à disposição no Portal do Professor.
São aproximadamente 15 mil aulas, criadas por educadores e
aprovadas por um comitê editorial do MEC. Além
disso, o ministério oferece o Banco de Objetos Educacionais
e o Domínio Público, que entre outras obras
dispõe da coleção Educadores. Na
Fundação Lemann, são traduzidas aulas
de matemática, física, biologia e
química elaboradas pelo professor norte-americano Salman
Khan, responsável por desenvolver material
pedagógico com abordagens inovadoras.
Para o ministro, o mundo evolui em direção a uma
sociedade do conhecimento, e a escola tem de acompanhar esse processo.
“É muito importante que a gente construa uma
estratégia sólida para que a escola possa formar
e preparar essa nova geração para o uso de
tecnologias da informação”, disse.
Interativo – O MEC também ampliará a
distribuição do computador interativo,
equipamento que reúne projetor, microfone, DVD, lousa e
acesso à internet. Unidades desse computador já
foram distribuídas nas escolas de ensino médio.
No segundo semestre, chegarão os tablets, em modelos de sete
ou dez polegadas, coloridos, com bateria para até seis
horas, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e
microfone para trabalho multimídia, saída de
vídeo e conteúdo pré-instalado, entre
outras características.
Aos computadores serão integradas as lousas
eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao
computador interativo, elas permitirão ao professor
trabalhar o conteúdo disponível em uma parede ou
quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou
do computador.
Projeto-piloto – A entrega dos equipamentos digitais a
professores e escolas integra o projeto Educação
Digital – Política para Computadores Interativos e
Tablets. Ele surgiu para oferecer instrumentos e
formação aos professores e gestores das escolas
públicas relativos ao uso intensivo das tecnologias de
informação e comunicação
(TICs) no processo de ensino e aprendizagem.
Entre 2008 e 2011, o MEC criou o projeto-piloto Um Computador por Aluno
(UCA), com a aquisição de computadores
portáteis para estudantes da rede pública. Essa
compra fez parte do Programa Nacional de Informática na
Educação (ProInfo Integrado), integrante da
política nacional de tecnologia educacional do MEC,
destinado a promover o uso pedagógico da
informática na rede pública de ensino fundamental
e médio, com a oferta de infraestrutura,
capacitação e conteúdos educacionais.
Em 2008, em fase experimental, o projeto foi implementado em
São Paulo, Porto Alegre, Brasília,
Piraí (RJ) e Palmas. Em uma segunda fase, foram adquiridos
150 mil computadores para estudantes de 380 escolas da rede
pública. A infraestrutura de acesso à internet
sem fio foi instalada à medida que os computadores eram
entregues. Posteriormente, professores receberam
capacitação para uso do equipamento e da
tecnologia no processo pedagógico escolar. Os
municípios e estados ficaram responsáveis por dar
continuidade ao projeto.
Em 2010, numa terceira etapa, o projeto–piloto evoluiu para o
Programa Um Computador por Aluno (Prouca), com apoio do Regime Especial
de Aquisição de Computadores para Uso Educacional
(Recompe). A partir de então, estados e
municípios puderam adquirir os equipamentos
portáteis de empresa selecionada por edital. Ao todo, foram
comprados 375 mil computadores por 372 municípios. A
avaliação de equipes de pesquisadores de 27
instituições de ensino superior
norteará a continuidade do programa.
Assessoria de Comunicação Social.
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17498).