NOTÍCIA
Indicadores de avaliação de instituições revelam melhora de qualidade - 21/11/2011 08:35:08
O
Ministério da Educação avaliou 2.176
instituições de ensino superior, sendo 229
públicas e 1.947 privadas, entre universidades, centros
universitários e faculdades. O ministro Fernando Haddad, ao
anunciar os indicadores de qualidade nesta quinta-feira, 17, considerou
que, no cômputo geral, a qualidade está
melhorando. “Temos hoje professores mais titulados e que se
dedicam mais ao ensino do que no passado”, disse.
Junto com a melhora da formação dos docentes,
Haddad disse que está sendo feito um investimento pesado
tanto nas instituições públicas como
nas particulares. No grupo das universidades federais, ele destacou as
boas notas obtidas por nove das 14 novas universidades criadas a partir
de 2003 e que passaram por avaliação em 2010.
Segundo ele, oito universidades ficaram com nota quatro e uma
alcançou nota cinco.
A avaliação gerou o Índice Geral de
Cursos (IGC) por instituição, com notas de um a
cinco pontos. As notas de três a cinco significam conceito
satisfatório e as notas um e dois, desempenho
insatisfatório.
No quadro de notas obtidas pelas 2.176
instituições, 27 delas alcançaram
cinco, sendo 16 públicas e 11 privadas; 131 obtiveram nota
quatro (65 públicas e 66 privadas); 985 aparecem com nota
três (90 públicas e 895 privadas); 674 tiveram
nota dois (41 públicas e 633 privadas); nove tiveram nota um
(duas públicas e 335 privadas). Outras 350
instituições participaram do ciclo avaliativo,
porém os cursos que não obtiveram o Conceito
Preliminar de Curso (CPC) por não atender a um ou mais itens
dos oito medidas de cálculo ficaram sem conceito.
Autonomia – Mas sete centros universitários e uma
universidade com baixa qualidade e avaliação
insatisfatória estão perdendo hoje sua autonomia.
Eles não podem mais abrir cursos sem a
autorização do MEC, nem novas vagas. As medidas
também atingem instituições de ensino
superior que oferecem educação a
distância. “Vamos impedir que essa modalidade
importante para a democratização do acesso
à educação superior sofra com
problemas de qualidade”, explicou Haddad.
“Queremos continuar promovendo a expansão, a
interiorização dos cursos, a
educação a distância, os cursos
superiores de tecnologia, contudo vamos fazer isso com o rigor que o
Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Superior] exige”, afirmou o
ministro, lembrando que o sistema está em forte
expansão – o ano de 2010 fechou com cerca 6,5
milhões de universitários.
Cursos – Também passaram por
avaliação no ano passado 4.143 cursos superiores
de graduação. O produto da
avaliação de diversos itens é o
Conceito Preliminar de Curso (CPC), expresso com notas em uma escala de
um a cinco pontos. As notas de três a cinco significam
conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho
insatisfatório.
Na distribuição dos 4.143 cursos, o mapa do CPC
aparece dessa forma: 58 cursos de graduação
alcançaram nota cinco; 728 (quatro); 1.608 (três);
575 (dois); 19 (um); e 1.155 cursos das áreas avaliadas
aparecem “sem conceito”. Neste caso, o curso
não teve a nota final porque faltou um ou mais dos itens que
compõem o Conceito Preliminar de Curso.
Medidas – De todos os cursos de medicina que, por terem notas
baixas, entraram em processo de supervisão nos
últimos anos, Haddad informou que 95% deles atingiram
patamar mínimo de funcionamento, o que representa uma
vitória do sistema de avaliação.
Mas um novo grupo de cursos de medicina terá 446 vagas
cortadas neste ano, enquanto que cursos da mesma área que
obtiveram nota máxima nas avaliações
dos ministérios da Educação e da
Saúde estão autorizados a abrir 320 novas vagas.
Cortes – Haddad anunciou que os mesmos critérios
aplicados pelo MEC para os cursos de medicina, direito e pedagogia com
conceitos insatisfatórios em anos anteriores, agora
serão estendidos a todos os cursos de
graduação. São cursos da
área da saúde e cursos de ciência
contábeis e administração que
terão cerca de 50 mil vagas suspensas para ingresso em 2012.
Nos cursos com pior avaliação, o corte atinge 65%
das vagas oferecidas em 2010 e nos demais o corte será de
20%. Além do corte, a instituição
precisa assinar com o MEC um termo de saneamento das
deficiências com prazo de duração de um
ano.
Áreas e cursos – Em 2010, o Exame Nacional de
Desempenho dos Estudantes avaliou as áreas de
saúde e ciências agrárias,
distribuídas em 14 cursos: biomedicina,
educação física, enfermagem,
farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina
veterinária, nutrição, odontologia,
serviço social, terapia ocupacional, agronomia e zootecnia.
Também em 2010, o Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes (Enade) avaliou cinco tipos de cursos superiores de
tecnologia – tecnologia em agroindústria,
tecnologia em agronegócio, tecnologia em gestão
ambiental, tecnologia em gestão hospitalar e tecnologia em
radiologia.
As três áreas do conhecimento com maior
número de cursos avaliados em 2010 foram enfermagem, com 728
cursos, fisioterapia (477) e farmácia (389). As
áreas com menor número de cursos avaliados
são as tecnológicas: tecnologia em agroindustria
teve 18 cursos avaliados, tecnologia em gestão hospitalar,
45, e tecnologia em radiologia, 49.
Ionice Lorenzoni
Fonte:
MEC
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17249).