Nada menos que 381.214 docentes da educação básica estão matriculados em cursos de graduação. O número resulta do cruzamento de dados do censo dos professores da educação básica com o censo dos estudantes da educação superior de 2009. Para não haver dupla contagem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) fez o cruzamento usando o CPF dos educadores.
Dos 381.214 professores matriculados na educação superior, 206.610 fazem cursos presenciais e 174.604, educação a distância. Mais de 50% dos educadores estão em cursos de pedagogia – 192.965, seguido de letras (44.754), matemática (19.361) e história (14.478).
Fora das licenciaturas, o cruzamento dos censos revela que os cursos preferidos são direito, com 8.891 matrículas, administração (5.809) e serviço social (4.259), mas há também professores nas engenharias, na psicologia, entre outros.
Para o ministro da Educação, Fernando Haddad, os dados surpreendem positivamente e mostram que os professores querem e estão em busca da graduação. O esforço para que todos os professores tenham formação superior, iniciado com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em 2007, segundo o ministro, repercutiu na categoria, nas universidades e nos gestores das redes. “Agora os resultados começam a se concretizar.”
Dados do Inep sobre a evolução da matrícula, do ingresso e da conclusão das licenciaturas, presenciais e a distância, em matemática, química, física e biologia, entre 2002 e 2009, mostram este quadro: em 2002, as matrículas nessas quatro áreas do conhecimento somaram 167,9 mil; em 2009, subiram para 248,7 mil. No mesmo período, ingressaram 64,5 mil estudantes (2002) e 83,4 mil (2009). Os concluintes em 2002 somaram 21,6 mil e em 2009, 39,8 mil.
O aumento da qualificação registrado no censo escolar, segundo o ministro, resulta de um conjunto de ações de estímulo, das quais destacam-se a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), que tem polos nas 27 unidades da Federação, o Programa Universidade para Todos (ProUni), a expansão dos campi das instituições federais de ensino superior, além da criação de novas universidades federais e dos institutos de educação, ciência e tecnologia.
Ionice Lorenzoni
Fonte: (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=16399).