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NOTÍCIA
Cai 8% o número de analfabetos entre dez e 24 anos  - 21/09/2009 09:03:58

Dados educacionais medidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE/2008) revelam que o número de analfabetos entre dez e 24 anos caiu 8% entre 2007 e 2008. A queda mais expressiva, de quase 10%, ocorreu no número de analfabetos entre crianças e adolescentes de dez a 14 anos. Os resultados foram apresentados nesta sexta-feira, 18, em Brasília, pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad.

Em 2007, a taxa de analfabetos entre dez e 24 anos era 2,5%. O número caiu 0,2 ponto percentual em 2008 - para 2,3% -, o que representa queda na taxa de analfabetismo de 8%.

O percentual de crianças e adolescentes analfabetos, entre dez e 14 anos, era de 3,1% em 2007 e passou para 2,8% em 2008. Os resultados mostram queda de 0,3 ponto percentual ou próxima a 10%.

A taxa de analfabetismo se estabilizou para a faixa de 15 a 17 anos e entre 18 e 24 anos. No primeiro grupo, permaneceu em 1,7%. Entre 18 e 24 anos, a taxa de analfabetismo ficou estável em 2,2%.

Já o número absoluto de analfabetos na faixa de 25 anos ou mais subiu 1%, fazendo a taxa de analfabetos nessa faixa etária ficar em 10%. “O que não é crível porque, se está caindo o número de analfabetos de 10 a 24 anos, até por razões demográficas, era de se supor que o número tivesse caído, mas o numero absoluto aumentou em 140 mil, concentrado na região Sudeste - 100 mil dos 140 mil”, disse o ministro Fernando Haddad. Os outros 40 mil estão na região Sul.
De acordo com o ministro, o MEC está em contato com os técnicos do IBGE para saber se houve mudança no plano amostral ou na metodologia da pesquisa, a fim de compreender o aumento de 140 mil analfabetos com mais de 24 anos. “Não é razoável imaginar que pessoas que tenham se declarado alfabetizadas em 2007 tenham se tornado analfabetas em 2008, porque estamos falando do mesmo grupo amostral”, enfatizou.

Segundo o ministro, onde o programa Brasil Alfabetizado atua, a taxa de analfabetos entre pessoas com 25 anos ou mais caiu quase 1 ponto percentual – 0,9%. “Onde está instalado, (o programa) está funcionando adequadamente. O foco do programa está no Nordeste porque os governos locais aderiram com mais força”. De acordo com o ministro, o programa está aberto a todos, mas por decisão dos gestores locais, 80% das turmas estão no Nordeste.

Maria Clara Machado

Fonte: MEC (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14337)