A fim de cobrir as múltiplas dimensões em que a tecnologia toca, e transformar todas as funções de negócios, a formação de especialistas em tecnologias de amanhã tem de ser versátil e granular. A sala de aula é o lugar óbvio para começar.
Isso significa mais investimento em ciência da computação e melhor absorção desses tipos de assuntos, que devem estar no centro de qualquer discussão em torno da educação. Como o Brasil tem um claro déficit em mão de obra qualificada, a disponibilidade de talento certo é cada vez mais valorizada.
Preparar as pessoas para a força de trabalho já não é apenas formar profissionais para a indústria convencional. Aliás, a própria manufatura de hoje é diferente da de algum tempo atrás. Estamos em uma época em que codificar é também uma atividade industrial.
Da mesma forma a prestação de serviços também é a nova forma de produção em massa, na qual o talento humano é a matéria-prima principal.
O que isso significa para o sistema de educação do Brasil?
No novo ambiente dos negócios digitalizados, o domínio de linguagens de programação, como JavaScript, equivale ao domínio das línguas usadas na execução dos negócios.
Segundo pesquisa mundial conduzida pelo Gartner e apresentada durante o Symposium/ITxpo 2015, 65% dos CIOs globais acreditam que há uma crise de talentos no mundo e, surpreendentemente, pouca inovação na área. Esse fato, de acordo com CIOs brasileiros, é ainda pior no Brasil, onde 81% acreditam que a situação está perto de atingir proporções de crise.
Considerando-se que, no ambiente da inovação permanente, ou da “disrupção permanente”, a massa global de profissionais encontra-se em nível semelhante, isto é, são todos novatos ou em vias de formação, o momento para o Brasil é reconhecer que este fato elimina parte de sua desvantagem competitiva. A hora é de aproveitar a janela de oportunidade e identificar as habilidades – e os treinamentos correspondentes – que melhor se adaptem às novas necessidades industriais e à nossa vocação de desenvolvimento.
Fonte: Pressconsult
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