Por Elizabeth Holmes, do The Wall Street Journal
Você já desejou poder lembrar todo o inglês que aprendeu na escola? Olha com saudade para as crianças destemidas descendo nas rampas de skate?
As pessoas estão aptas a aprender em qualquer idade, dizem especialistas, embora a sabedoria convencional indique que nós aprendemos mais quando criança. Os adultos podem demorar mais, mas se estiverem dispostos a dedicar o seu tempo, podem aprender tudo o que nós achamos que só pode ser aprendido antes da idade adulta.
Jennifer Raymond, professora associada de neurobiologia da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, diz que a plasticidade do cérebro — o fortalecimento e enfraquecimento das conexões e a criação de novas conexões, que mudam as formas como o cérebro é interligado à medida que aprendemos coisas novas — é mais elevada até cerca de 20 anos, quando o cérebro ainda está se desenvolvendo. Com a idade, começamos a equilibrar a capacidade de adquirir novos conhecimentos com a habilidade de armazenar o que já aprendemos.
Há muito que se admirar na forma como as crianças aprendem, com a mente aberta e sem se preocupar em errar. Os adultos, pelo contrário, frequentemente pensam muito no que querem aprender antes de tentar.
Toda essa reflexão não é totalmente negativa, diz Ken Paller, diretor do Programa de Neurociência Cognitiva da Universidade Northwestern. Os adultos podem entender melhor tudo o que uma tarefa envolve e são capazes de “pensar profundamente sobre o que estão fazendo errado”, diz Paller.
Encontrar tempo é um desafio. Para muitos, o obstáculo psicológico mais difícil no aprendizado é superar o medo de parecer pouco inteligente.
Eis aqui, por exemplo, três coisas que se pode aprender depois de adulto.
Aprender Outra Língua
Uma reclamação que Marty Abbott, diretora executiva do Conselho Americano de Ensino de Línguas Estrangeiras, ouve muito é: “Eu estudei quatro anos de francês ou alemão ou espanhol, e não falo nada.”
O aprendizado de línguas sempre costumou ser centrado na mecânica, em vez da conversação. Mas as crianças começam a falar, sem medo de errar. É possível “reativar” as habilidades para aprender uma língua que você pode ter armazenadas em seu cérebro, ou começar do zero. Considere quanto tempo você tem para se dedicar ao desafio. Para um brasileiro, será mais fácil aprender inglês que mandarim, por exemplo.
Procure o mais cedo possível interagir com nativos na língua que você está estudando. Há sites na internet que podem conectar você com nativos que podem estar querendo aprender português. Além disso, uma semana ou duas num novo país pode ser tempo suficiente para imergir numa nova língua e aprender suas funções básicas, diz Abbott.
Aprender a Cantar
Cantar é uma coisa que todo mundo pode fazer sem ter aulas. Mas cantar bem requer prática, diz Allen Henderson, professor de música da Universidade do Sul da Georgia e diretor executivo da Associação Nacional dos Professores de Canto, nos EUA.
Se você quiser aprender sozinho, na privacidade do lar, lembre-se: o que você ouve quando você canta não é o que os outros ouvem. Além do som vindo de suas cordas vocais, você também ouve a condução óssea, ou as frequências conduzidas pelo esqueleto, diz Henderson. “Isso torna o som muito diferente”, diz. Use seu smartphone para gravar sua voz e depois ouça o que gravou para melhorar as partes mais difíceis. É necessário dedicação, com aquecimentos e exercícios de construção de voz, diz Henderson. Preste atenção à postura e à respiração.
Os iniciantes devem procurar por um coral, seja o de algum templo religioso ou de um centro comunitário, onde podem cantar com voz forte e confiança, diz. Aulas particulares oferecem atenção individual. “É bom contar com os ouvidos de alguém para nos ajudar a melhorar”, diz Henderson.
Aprender a Esquiar
Em 30 anos como instrutor de esqui, Earl Saline, diretor do programa de educação da Associação Nacional das Áreas de Esqui, já teve alunos de 18 meses a 80 anos. Geralmente, diz ele, as mulheres adultas tendem a se concentrar mais na técnica, enquanto os homens são mais agressivos e querem fazer tudo sozinhos. Na descida de uma pista, o declive natural leva as pessoas a se inclinarem para trás, o que provoca quedas. “Mantenha a cabeça na frente dos dedos dos pés”, diz ele a seus alunos. Seu objetivo é “andar a uma velocidade que os mantenha eretos.”
Fonte: The Wall Street Journal
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