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Projeto que ensina eletrônica pede financiamento - 15/01/2015 16:57:43

Engenheiro do Rio Grande do Sul recebe doações no site Catarse para o kit Elétrons Mania, que mostra como circuitos funcionam na prática.

Para ajudar aqueles que já passaram da fase dos porquês, mas ainda mantêm viva a curiosidade para descobrir como a luz acende ou como o motor do carrinho funciona, o engenheiro Luís Fernando Krause, 29, de Porto Alegre (RS), criou um kit de eletrônica para iniciantes chamado Elétrons Mania. A inspiração para o projeto veio de um conjunto que brincava quando pequeno, mas que não encontrou nas lojas para presentear um primo.

O Elétrons Mania busca mostrar que eletrônica não é um “bicho de sete cabeças” e vai muito além dos cálculos que mais tarde eles vão aprender na escola. O conjunto permite experimentar, por exemplo, motor, resistor, capacitor e um pequeno LED e saber, segundo Krause, o que cada um faz “na vida real”. “Assim como um profissional, a criança só precisa conectar as peças na placa de desenvolvimento e usar pilhas pequenas para testar”, explica.

No Catarse, o projeto de Krause tem como meta R$ 6 mil (clique para acessar) , valor que cobre facilmente o valor dos componentes e ajuda a bancar a impressão colorida de mil livros pelo site americano da varejista online Amazon por um décimo do que é cobrado no Brasil. O material didático explica o funcionamento de cada uma das 15 tipos de peças do conjunto. “No capítulo sobre resistor, é possível testar como acender uma lâmpada. Depois, vem a parte que detalha motor e sensor e, no final do livro, um projeto engloba o funcionamento de tudo”, explica.

Este é a segunda invenção de Krause a buscar financiamento, mas a primeira a usar a ajuda de doadores pela internet. Há alguns anos, abriu uma empresa na incubadora da PUC-RS e desenvolveu em conjunto com um sócio veterinário um sistema para identificar a adulteração no leite, prática de produtores que tem sido denunciada com frequência nos últimos anos. “Não consegui financiamento a juro baixo e, na hora da fabricação, faltou capital. Como tínhamos que tratar com grandes empresas, era difícil usar o método do financiamento coletivo e o projeto ficou congelado”, lembra.

Independente do resultado do financiamento coletivo, Krause diz planejar a venda direta do conjunto de eletrônica e também desenvolver uma versão para escolas. “Em vez de um kit individual, é possível montar uma bancada completa e distribuir um livro para cada aluno. Para o professor, ficará mais fácil”.

O projeto Elétrons Maia está perto de seu prazo final para doações. Com R$ 30, o doador ganha uma cópia em PDF do livro que ensina como manipular os componentes eletrônicos. Com valores maiores, recebe-se um kit completo, mais peças e agradecimentos pela participação no financiamento do projeto.

Fonte: Porvir


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