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Leia a entrevista com Fabiano Gonçalves, gerente de programas do Instituto Ayrton Senna - 04/12/2014 15:07:12

Durante o evento Bett Latin America conversamos com diversos profissionais e líderes que atuam na área de educação e tecnologia, entre eles Fabiano Gonçalves, que é Gerente de Programas do Instituto Ayrton Senna e lidera programas de leitura e projetos de tecnologia educacional.

Dessa conversa extraímos a entrevista que publicamos abaixo:

Planeta Educação: Fabiano, qual a sua avaliação sobre o evento Bett Latin America 2014?

Fabiano Gonçalves: O evento foi muito importante para disseminar, além das boas práticas, problemas e dificuldades reais enfrentados por Secretarias de Educação e ONGs do Brasil e de outras partes do mundo. Os painéis realizados no dia 19 na Escola Americana foram muito interativos e permitiram aprofundar temas de interesse geral. O público pode participar, fazer perguntas, colaborar e, principalmente, ampliar a rede de contatos e as possibilidades de planejamento e ação a partir das experiências apresentadas.

Planeta Educação: Sabemos que o Instituto Ayrton Senna, em conjunto com as Secretarias de Educação, contribui para melhorar a qualidade da educação brasileira. Gostaríamos que você falasse um pouco mais sobre a atuação do Instituto.

Fabiano Gonçalves: O Instituto Ayrton Senna pesquisa e produz conhecimentos para melhorar a qualidade da educação, em larga escala, sempre por meio de parcerias com as secretarias estaduais e municipais de Educação. Financiado com recursos próprios, de doações e de parcerias com a iniciativa privada, o Instituto dispõe às administrações públicas, gratuitamente, serviços de gestão do processo educacional que incluem diagnóstico e planejamento, formação de gestores e educadores, desenvolvimento de soluções pedagógicas e tecnológicas inovadoras. Anualmente, capacitamos 64 mil educadores e nossos programas beneficiam diretamente cerca de 2 milhões de alunos em mais de 1.200 municípios nas diversas regiões do Brasil. Nossa maior missão é desenvolver o potencial das novas gerações, ajudando estudantes a ter sucesso na escola e a ser cidadãos capazes de responder às exigências profissionais, econômicas, culturais e políticas do século 21.

Planeta Educação: Em sua opinião, como o Brasil está posicionado em relação à tecnologia educacional quando comparado com outros países? Temos exemplos de boas práticas por aqui?

Fabiano Gonçalves: Há muito a se fazer sobre o uso das tecnologias, principalmente no que se refere à formação dos educadores e também aos objetivos de uso, que devem estar sempre alinhados com as propostas pedagógicas. Em outubro, participei de um congresso organizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) sobre Educação e Tecnologia, em Washington. Lá, tive a oportunidade de conhecer alguns projetos de sucesso e também as dificuldades de algumas Secretarias de Educação de diversos países da América Latina. No geral, pude perceber que houve um grande investimento em aquisição de equipamentos, assim como aqui no Brasil, mas quase nenhum na formação dos professores.

Além disso, ainda é necessário aprofundar como fazer uma formação que responda às necessidades da educação para o século 21, que realmente colabore com a melhoria do aprendizado dos alunos e com sua preparação para vida. Formações pontuais, abstratas e distantes das necessidades de aprimoramento do professor para dar boas aulas dificilmente colaborarão para resultados significativos no ano escolar dos alunos e na sua vida futura. Entendo que o maior desafio agora deverá ser a formação dos professores, que deve ter o objetivo de prepará-los para usarem de forma efetiva a tecnologia em sala de aula. Essa formação deverá, contudo, focar em ações práticas, que colaborem com o cotidiano escolar. Atingiremos muitos dos nossos objetivos com o uso das tecnologias no dia em que pudermos participar de eventos somente sobre Educação, ou seja, quando a tecnologia estiver realmente integrada, não será mais necessário fazer a distinção entre tecnologia e educação.

Planeta Educação: É otimista quanto ao futuro da educação em nosso país?

Fabiano Gonçalves: Sim, embora ainda haja muito trabalho a ser feito. A aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) representa um grande passo nesse sentido. Se colocado em prática, com todas as metas alcançadas, o Brasil terá uma educação muito melhor nos próximos 10 anos. Ayrton Senna dizia que “se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que se deve começar, através da educação”. É isso o que nos move e é nisso que acreditamos. A educação é o caminho para construirmos um país melhor.


Fonte: Planeta Educação / Instituto Ayrton Senna


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