Metodologia utilizada pelo Inep na elaboração do exame, a Teoria da Resposta ao Item (TRI) categoriza as perguntas em fáceis, médias e difíceis e agrupa questões relacionadas. O participante não vê essa classificação, mas ela incide sobre a correção da prova, identificando quais respostas foram conscientes e reduzindo o valor do acerto em caso de chute. É impossível calcular a própria nota com base apenas no gabarito.

O tempo é curto

Graças aos enunciados e textos longos e à predominância de questões interpretativas, o principal inimigo do candidato no Enem não é a dificuldade das questões, mas o relógio. O desafio se agrava no domingo: ganha-se uma hora extra para lidar com uma prova a mais (a redação) e 45 questões dedicadas aos cálculos. Uma sugestão comum de professores é primeiro esboçar o texto argumentativo e, só então, partir para as questões de Linguagens e Matemática.

A interdisciplinaridade

O fato de o Enem reunir diferentes ciências em uma mesma prova – geografia, história, sociologia e filosofia em Ciências Humanas, por exemplo – indica uma característica do exame: a interdisciplinaridade. Uma pergunta de geografia pode demandar conhecimentos de física e química, sem falar em história e sociologia. Da mesma forma, é muito comum que as questões envolvam, além do conteúdo aprendido no colégio, temas de atualidades, que tenham repercutido na imprensa – e na sociedade – nos últimos anos.

Imagens abundantes

Ao passar os olhos por provas anteriores do Enem, percebe-se a abundância de tirinhas, charges e fotografias. Na prova de Linguagens e Códigos, que comporta português, língua estrangeira, literatura, artes e comunicação, as imagens são muito recorrentes. A dica é prestar atenção não somente aos textos, mas à fonte e ao que mostram as figuras. Entendendo-se o contexto de criação e o sentido da informação que é apresentada (seja humor, crítica, arte), fica mais fácil acertar a resposta.

Fonte: Zero Hora