Entre os benefícios que o uso adequado da tecnologia pode trazer para as salas de aula, a expectativa é que isso também deixe mais próxima a relação entre professores e alunos. Segundo dados do estudo realizado pela Penn Schoen Berland, empresa norte-americana de pesquisa de mercado e consultoria, encomendado pela Intel, 65% dos brasileiros entrevistados acreditam que a tecnologia vai estreitar os laços dessa relação.
Um dos motivos para isso, segundo 79% dos brasileiros ouvidos, está relacionado ao tempo que o professor passa com cada aluno. Para eles, os recursos tecnológicos como softwares educacionais e plataformas adaptativas vão permitir que o docente aumente sua percepção sobre os interesses e as dificuldades individuais dos estudantes.
O levantamento chamado Global Innovation Barometer entrevistou 12 mil pessoas em oito países (Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália e Japão), com o intuito de entender a percepção delas e traçar suas expectativas sobre o impacto da tecnologia e da inovação nas áreas da educação, saúde, emprego e vida urbana.
O recorte da educação, nomeado de Classroom of the Future (sala de aula do futuro, em tradução livre), revelou que os brasileiros são otimistas em relação a aplicação e uso de tecnologias educacionais e que acreditam que elas podem elevar a qualidade dos sistemas de ensino. Enquanto 69% do total de entrevistados defendem que escolas e professores usem mais recursos educacionais tecnológicos em sala de aula, entre os brasileiros o número sobe para 77%.
“O brasileiro tem um perfil bastante otimista em relação a tecnologia. Essa atitude é positiva quando consideramos sua relação com a educação, pois por meio da tecnologia é possível investir na próxima geração que será mais empreendedora e pautará a inovação dentro da nossa sociedade, desde a escola”, disse Edmilson Paoletti, gerente de desenvolvimento de negócios para educação da Intel, em comunicado oficial.
Sobre como imaginam a sala de aula daqui a 10 anos, a aposta de 60% dos brasileiros entrevistados é que não vão mais existir provas impressas, que todas as avaliações serão realizadas virtualmente. Pouco mais da metade (55%) acredita que as alunos do ensino fundamental são os que mais vão usar os recursos tecnológicos e 82% veem as atividades on-line ganhando espaço na complementação dos estudos iniciados em sala com o professor.
A pesquisa foi apurada entre julho e agosto de 2013, pela internet. Os primeiros dados disponibilizados podem ser encontrados neste documento, em inglês.
Fonte:
Porvir
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